capirulo 51- A aposta

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Depois de tomar banho e de experimentar quase vinte combinações de roupa, consegui me decidir.

Optei por um vestido preto e curto, justo no busto e soltinho pra baixo, que eu usaria com uma sandália de salto vermelha. Escolhi também uma argola prateada grande, que combinava perfeitamente com a pulseira que eu não tirava do pulso.

Assim que escolhi a roupa e os acessórios, fui cuidar do cabelo e da maquiagem. Fiz alguns cachos largos do meio do meu cabelo pra baixo, e me dediquei bastante na maquiagem, tentando aplicar todos os meus poucos conhecimentos.

Eu conhecia bem o bay, e pelo tempo que nós tínhamos passado sem nos ver, eu podia jurar que iríamos à algum lugar um pouco mais elegante.

Faltavam dez minutos para as oito horas da noite quando eu desci.

Noah e meu irmão estavam sentados na sala, assistindo televisão, mas esse último saiu para a cozinha antes que eu pudesse alcançar o primeiro andar. O outro continuou sentando, e me olhou quando eu atravessei a sala e me sentei na poltrona.

- tudo isso pra alguém que não vai saber aproveitar. – Noah  sorriu, divertido.

- Ele pode resolver aproveitar hoje à noite. – provoquei-o.

- Você acha mesmo que se ele não fez nada durante todo esse tempo, ele vai fazer hoje?

- Nunca se sabe o que pode acontecer, não é mesmo? – sorri.

- Sabendo o jeito dele, eu posso jurar que nada vai acontecer.

Nisso, josh entrou na sala, e nós dois nos calamos.

- Noooossa, mas essa minha irmã é muito linda. – ele sorriu.

- E esse meu irmão é muito fofo. – eu retribui o sorriso contagiante dele.

- Ow, vou subir pro computador, você vem? – ele se dirigia ao noah sentado a menos de um metro de mim.

- Vou depois. Já que você não faz o papel de irmão protetor que vigia a irmã e o namorado, eu faço. – ele sorriu, ainda se divertindo.

- Se você fosse o namorado dela, eu teria que fazer isso. – josh riu um pouco. – Mas com o bay é de boa, nem preciso me preocupar.

- Não vou discordar desse argumento. Mas mesmo assim, daqui a pouco eu subo. – noah  disse.

- Não encosta nela, hein moleque? – joah disse, enquanto subia rindo.

- Não prometo nada, hein. – ele riu também, e depois se virou para mim, que tinha permanecido calada durante a conversa deles. – Então, você viu?

- Vi o que? – franzi a testa.

- Que até seu irmão acha seu namorado meio gay. – ele disse, eu tive que rir.

- Ele é mais homem que você.

- Ah é? Então me responde: com quem você já dormiu... Três vezes? Comigo ou com ele? – noah desafiou, sem esconder o quanto se divertia.

- Isso não conta. – rolei os olhos.

- A quarta vez pode contar... E muito. – ele me mostrou meu sorriso preferido, mais malicioso que nunca.

- O que eu quero dizer, é que você não fala se um homem é realmente homem pela quantidade de vezes que ele fez sexo. Existem outras coisas.

- Já que você pensa assim, não vou argumentar.

Ficamos em silêncio por um tempo, e a discussão podia ter acabado ali. Mas tinha algo, no jeito que ele me olhava, que me fazia ter certeza do que ele pensava. E se ele queria provas, eu ia arrumar provas do quão bom o bay podia ser na cama, quão melhor e mais homem do que o noah ele podia ser.

- Qual é o valor? - eu perguntei, depois de um tempo em silêncio.

- Agora eu tenho cara de garoto de programa pra você vim me perguntar qual é o valor?

Eu podia ter rido, mas estava muito focada em outra coisa.

- Quanto você me dá se eu e o bay transarmos hoje?

- Você está apostando comigo que consegue transar com o seu namorado? Nossa, isso realmente vai me provar o quanto ele é homem.

- Eu estou apostando que ele vai fazer amor comigo, e que vai ser melhor do que você. E acho que assim, na sua concepção, ele fica sendo mais... Macho que você.

- Eu duvido que ele passe a noite com você, mas se passar... Quem me garante que você vai me falar a verdade sobre ele ser melhor que eu?

- Acho que já passamos da fase de falar mentiras um pro outro, não? – sorri.

Ele ficou pensativo por alguns segundos.

- É o seguinte: se você dormir com ele, e ele não for melhor do que eu, você me beija quando chegar em casa, mas eu paro de achar que ele é gay. – ele sorriu um pouco ao terminar essa frase. – Se você dormir com ele, e ele for melhor que eu, eu não vou mais te beijar nem tentar mais coisas com você, a menos que você queira. Agora, se vocês não transarem, você passa a noite comigo.

- Eu não vou passar a noite com você. – protestei logo de cara.

- Isso só vai acontecer se vocês não conseguirem nada hoje a noite. Cadê a confiança que você tinha nele, Sabi?

Eu pensei por alguns segundos. Por um lado, eu realmente acreditava no potencial do bay, e sabia que as coisas podiam acontecer entre a gente, como um dia quase chegaram a acontecer. Por outro lado, seria complicado. Não tinha como ele entrar e sair da minha casa sem que minha mãe percebesse alguma coisa, e nós teríamos que nos virar em algum lugar... Como o carro.

Eu sabia de todas as barreiras que nós teríamos, mas o Noah me olhava de um jeito desafiador demais para que eu não aceitasse a proposta.

- Tudo bem, se é assim que você quer. Só fique preparado para nunca mais encostar em mim. – ele fingiu não me ouvir, e se levantou do sofá.

Meu celular tocou no mesmo instante.

o melhor amigo do meu irmão-urridalgo Onde histórias criam vida. Descubra agora