capitúlo 6 - festa na piscina parte 2

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- Prazer, sabi. Tudo bem? - ele me cumprimentou com os típicos três beijinhos.

- Tudo e você? - respondi, impressionada com a sua beleza, ele era muito mais bonito de perto.

- Melhor agora. - ele deu um sorriso.

Logo que percebeu que estava sobrando, a joalin foi embora e nos deixou sozinhos.

Ficamos conversando ali por um tempo, ele era muito fofo, e com um papo ótimo. Depois de quase cinquenta minutos de conversa, ele me puxou pela mão pra um lugar um pouco mais afastado, leia-se: uma mini quadra de basquete atrás da piscina. Era separado da área da piscina por umas grades, ele era basicamente todo cercado. Não era difícil entender o que ele queria.

- Sabe, eu gostei muito de você. - ele parou de andar e virou para me olhar. Seus olhos eram castanhos

- Eu também gostei muito de você. - disse sincera, pepe era um cara legal, tinha uma família típica e piadas engraçadas.

Ele pegou uma mecha de cabelo minha e colocou atrás da orelha com uma das mãos, enquanto a outra ainda segurava minha mão. Eu sorri.

- Eu sei lá sabe? Você é meio diferente das outras meninas que eu conheci. - ele continuava me olhando daquele jeito: como se existisse apenas nós dois ali.

- Diferente como? - sorri de canto.

- Além de mais bonita, é bem mais divertida e interessante. - sem que eu percebesse, ele se aproximou um pouco.

- Ah, para. Eu tenho vergonha. - podia sentir minhas bochechas ruborizarem.

- Mas é verdade. E sabe... - ele colocou a minha mão em seu pescoço e passou a outra pela minha cintura - Eu realmente quero ficar com você.

- E talvez eu queira ficar com você. - eu sorri, passando minha outra mão pelo pescoço dele.

- Talvez? - ele deu um sorriso de lado.

- É, talvez - eu sorri de volta.

Foi tudo exatamente como um filme. Nós dois estávamos sorrindo e nossos rostos foram se aproximando lentamente. O sol ainda estava brilhando no céu e nos aquecendo. Nossos lábios se tocaram devagar e o sorriso foi substituído por um encaixe praticamente perfeito. Nossas línguas se entrelaçavam quase como se dançassem a mesma música e uma das mãos dele subiu para o meu cabelo, enquanto a outra descia um pouco pela minha cintura e me apertava ao mesmo tempo que levava meu corpo de encontro ele.

Mas alguma coisa me faz parar a cena do meu filme no meio. Eu parei o beijo de repente e abaixei a cabeça.

- O que foi? Eu fiz alguma coisa? - ele questionou meio perdido.

- Não, você foi... ótimo. É só que... eu... eu já volto.

- Sabina, espera!

- Não... Desculpa... É que... Desculpa.

Eu tentei sair dali o mais rápido que uma pessoa podia sair depois de uma ficada sem machucar o outro com quem ela tinha ficado.

Entrei na cozinha, peguei um copo de coca-cola e fui pra sala, precisava me sentar.

Tomei um gole. Por que eu tinha feito aquilo com o pepe? Estava tudo tão perfeito.

Tomei outro gole enquanto eu considerava minhas opções, que até o momento eram:
- Eu tinha um tipo de distúrbio desconhecido que me fazia evitar caras lindos e que beijam super bem.
- noah.

Tudo bem, essa última era completamente ridícula, eu sei. Ok, completamente ridícula era pouco pra isso. Tomei o resto da coca-cola em um único gole e voltei lá pra fora. O pepe estava conversando com os amigos dele. A sabina veio falar comigo.

- Sabina. - ela já estava com aquela voz de quem iria levar um sermão.

- Amiga, eu sei. Mas eu vou conversar com ele, ok?

- Estou esperando. - joalin conseguia ser bem insistente quando queria, mas não foi a minha intenção fugir dele assim. Eu não sei o que aconteceu.

Eu andei até o grupo dele, e com um pouco de vergonha cutuquei as costas dele. Ele olhou pra mim. Estava com uma cara meio triste.

- Ér... Eu posso falar contigo? - hesitei, não queria levar um fora na frente de todos.

- Pode, claro. - ele não estava sorrindo.

Nós andamos para um lugar mais distante e nos sentamos em uma das mesas mais afastadas. Eu olhei pra ele. Ele estava de cabeça baixa.

- Eu só queria te pedir desculpa.

- Não foi nada, sério. - ele não me olhava.

Eu peguei na mão dele com cuidado, não queria que ele me afastasse.

- Olha, não é nada com você ok? Eu juro. - ele finalmente olhou pra mim.

- Então porque você saiu daquele jeito? - ele perguntou, me mostrando o quanto estava machucado.

- É só que eu tô passando por umas coisas, e acho que isso ta mexendo comigo, está me deixando estranha. Mas você foi perfeito, eu tô falando sério.

Ele deu um sorriso de leve. Um sorriso que não chegava aos olhos.

- Então isso quer dizer que é só amizade né?

- Por enquanto sim. Não tô dizendo que vai ter que ser sempre assim.

Agora sim, o sorriso dele foi completo.

- É bom saber pepe. - sorri, sentindo aquele lugar da minha pele queimar.

A festa continuou por mais um tempo. Mas, assim que o sol foi completamente substituído por um céu limpo e cheio de estrelas as pessoas começaram a ir embora. Não era mais hora de ficar de biquíni né? Me despedi de todos normalmente. De alguns com acenos e de outros com beijinhos no rosto. Só o do Pepe foi diferente.

- Então, a gente podia combinar de sair um dia. Como amigos, claro. - ele sorriu.

- Claro pepe. - sorri.

- Então tá bom, depois a gente combina.

E ele me deu um beijo no canto da boca. E por vários segundos depois daquilo eu me arrependi de ter dito para sermos só amigos.

Depois que todo mundo foi embora, a joalin me ajudou a varrer o chão e a limpar mais ou menos a piscina. No outro dia o rapaz vinha e deixava realmente limpo. O pai dela chegou e ela deixou pra mim só o serviço de recolher os copos plásticos de cima da mesa. Coisa rápida.

Me despedi dela com um abraço e agradeci por tudo, e, é claro, fui começar o meu trabalho. Recolhe daqui, recolhe de lá, e foi quando eu cometi meu erro: olhar pra porta.

o melhor amigo do meu irmão-urridalgo Onde histórias criam vida. Descubra agora