capitulo 55-é montagem

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Um pouco envergonhada, eu a convidei para entrar e a levei até o meu quarto.

- Mas então, o que você faz aqui? – eu perguntei.

- Eu só... Eu precisava conversar com alguém. E você é a pessoa que ficou mais tempo do meu lado, então... – ela disse depois de quase um minuto.

- Então... Vamos conversar. – eu me sentei na cama. – O que foi? – ela se sentou na cadeira, de frente para mim.

- Eu devo ter algum problema. Ninguém que eu quero me quer, Sabi. Entende?

- Eu... – ela não me deixou terminar.

- Mas o que é que eu estou te perguntando. É claro que você não entende. Você tem o namorado perfeito.

- Isso não quer dizer que eu não te entenda, any. – eu falei pacientemente. – Já houve uma época em que ninguém me queria. Eu conseguia realmente espantar todos os homens. Já você, sempre pôde e ainda pode ter qualquer um. Se eles não te querem, você apenas está escolhendo homens burros.

- Não são burros, Sabi. Aparentemente, eu só cheguei tarde demais. Mas é que... Eu tentei de tudo para consegui-lo, entende? Tudo mesmo. Até tentei ficar com outros garotos pra esquecê-lo, ou pra deixá-lo com ciúme, mas nada adiantou, NADA.

- Provocar ciúme, any? Nós não somos mais crianças. Existem outras maneiras de conquistar um cara, e acho que você as conhece.

- Se eu soubesse como ganhar o garoto que eu quero, Sabi, eu já teria ganhado a muito tempo.

- Você gosta tanto dele assim?

- Muito. E já faz muito tempo. Acho que nunca vou conseguir superar.

- Não sei, any. Não é bem assim. Um dia, você vai ter que superar. Se você não ficar com ele, a vontade de ficar não vai durar pra sempre.

- Eu é que não sei. Já fiz de tudo, Sabina. Aparentemente, eu sou um pouco sem graça demais pra ele. Não consigo dar o que ele quer, não sou boa o suficiente.

- Então ele não te merece.

- Por favor, ele merece qualquer garota que ele quiser. E ele consegue qualquer garota que ele quiser. Mas, aparentemente, uma delas é mais interessante que todas as outras. Mais interessante que eu.

- Pode parecer idiota, mas tenta conversar com ela. Quem sabe ela te ajuda?

Any abaixou a cabeça. Quando voltou a falar, mal pude ouvi-la.

- É o que eu estou fazendo agora.

- O que? – eu me assustei.

- Como você faz, Sabina? Como consegue deixar o Noah daquele jeito? Qual é o segredo?

- O menino é o Noah? – eu estava surpresa.

- É. E você é a menina que conseguiu prendê-lo por mais tempo. Ele enjoa de todas muito fácil, mas de você não. Como Sabina ?

- E quem disse que eu já tive alguma coisa com ele?

- Por favor. Você tem alguma coisa com ele. E bem grande por sinal.

- any, você não sabe o que está falando. Eu... Eu não tenho nada com o Noah. – eu tentava falar de uma forma convincente, mas ela tinha certeza do que dizia. Se levantou para poder falar com mais vontade.

- Pare de negar! Aquele dia na escola, quando vocês dois entraram para o vestiário juntos, eu vi. Ontem, vocês dois estavam na piscina juntos. E quando eu cheguei hoje, você estava pulando em cima dele. Isso sem falar no que eu não devo ter visto.

- Nós somos amigos, e é isso. Isso não tem nada a ver com você.

- Você tem namorado! – ela quase gritou, e eu me levantei, ficando cara a cara com ela. O barulho de chuva chegou até os meus ouvidos, e eu olhei rapidamente para fora. Estava chovendo, como eu tinha previsto.

- E isso ainda não tem nada a ver com você!

- Tem, porque sou eu que tem que aguentar enquanto ele sofre por você. E você nem vê isso, só tem olhos pro seu Noah.

- CALA A BOCA! Você não sabe da minha relação com o Noaj, nem da minha relação com o MEU namorado. Você nem conversa com ele pra saber.

- Sei mais da relação de vocês dois do que você pensa, Sabininha. – ela tirou o celular do bolso, e procurou alguma coisa nele. Depois o mostrou pra mim. – E converso mais com ele do que você pensa também.

Eu peguei o celular. Quando olhei para o visor, senti como se alguém estivesse abrindo o meu peito e arrancando meu coração de lá. A dor pelo menos, era a mesma. A foto que aparecia ali era clara, bailey e any juntos, trocando um beijo apaixonado. Segurei as lágrima dentro dos meus olhos e a encarei.

- É montagem. – falei.

- Eu não perderia meu tempo. Pode ver mais fotos. Tem muitas minha e dele aí.

Como uma idiota, eu vi algumas fotos a mais.

Havia fotos dos dois rindo juntos, abraçados, trocando mais beijos, e algumas outras. Eu fechei o celular, e instintivamente, o joguei no chão.

Ela sorriu ironicamente.

- Pena que o noah nem sentia ciúmes dele. Ele nos viu juntos muitas vezes e nunca falou nada, nem chegou a demonstrar que me ver nos braços de outro garoto o incomodava. Foi inútil.

- Sai da minha casa. – eu falei pausadamente.

- Mas, se pensarmos bem, o bailey era até legalzinho. Conseguia me entreter, se quer saber.

- Sai. Da. Minha. Casa.

- O que foi, Sabi? Não aguenta a competição? Só porque eu consegui um pouco de tudo que você tem? Sua escola, Noah, bailey... E por sinal, isso é só o seu veneno voltando contra você. Eu percebi o que você fez. Há, e ainda consegue falar que não é invejosa. Só esperou que eu fosse embora pra pegar o Noah pra você. E quando ele não foi suficiente, escolheu um namorado com o mesmo nome do meu ex. Aposto que isso te fez sentir melhor do que eu, não é? Como deve estar se sentindo agora, hein, Sabi? Sabendo que eu consegui o que você tinha e o que te era tão amado.

A dor continuava a me cortar, e meus olhos já ardiam devido ao choro segurado. Eu não resisti mais.

Pegando-o pelo braço, arrastei-a para fora do meu quarto, e puxei-a escada abaixo. Quando alcancei o primeiro andar, joguei-a para fora da minha casa, assim que pude abrir a porta.

Ela entrou na chuva que caía fortemente, mas ainda ria. Não deixei que a tristeza me abatesse. No lugar disso, deixei que a raiva tomasse seu lugar.

Subi as escadas num raio, e tive um leve relance do meu irmão e do noah abrindo a porta do quarto onde eles estavam para ver o que estava acontecendo.

Eu entrei no meu quarto sem dar importância a eles, e peguei o telefone.

Estava trêmula e tive que recomeçar a discar umas 3 vezes. Tive que engolir o choro mais uma vez antes de começar a falar.

- Oi, meu amor. – a voz de bailey soou pelo telefone.

-Eu preciso que você venha aqui em casa agora

- você ja viu o quanto ta chovendo?

- agora bailey

-tudo bem,eu dou um jeito amor

o melhor amigo do meu irmão-urridalgo Onde histórias criam vida. Descubra agora