capitulo 56-acabou

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Não esperei mais nenhuma palavra para desligar o telefone.

Enquanto esperava que ele chegasse, me sentei na cama e respirei fundo muitas vezes.

Precisava me manter mais ou menos calma, e com a dor que continuava a fazer meu coração latejar um pouco sob controle.

Pensar que eu iria terminar meu namoro que acabava de perder todo o brilho e perfeição me machucava de um jeito que nada nunca tinha me machucado antes.

Respirei fundo mais um pouco, e senti uma lágrima cair e rolar pelo meu rosto. Enxuguei-a e jurei que seria a última até que eu estivesse sozinha.

Não choraria na frente de ninguém, muito menos de quem tinha traído minha confiança de um jeito absurdamente doloroso. Eu fingiria para mim e para o mundo que eu era forte, não importa quantas lágrimas isso fosse me custar depois.

Fechei os olhos, repetindo minhas palavras para mim mesma até que a campainha tocou.

Respirei mais uma vez e sai do quarto, me deparando com meu irmão no corredor.

- Está tudo bem? - josh me olhou preocupado

-Vai ficar. Não deixe ninguém descer enquanto o bailey não for embora, ok? Não importa o que acontecer, ninguém pode descer.

- Você sabe que se eu ouvir alguma coisa que eu considerar pesada demais, eu vou descer.

- Sei, mas mesmo assim eu tô pedindo. - A campainha tocou mais uma vez. - Por favor.

Me virei para as escadas e desci, sem olhar pra trás. Também não queria olhar pra frente, pra não precisar encarar a verdade que se esfregava na minha cara. Me lembrei mais uma vez que eu não deveria chorar e segui meu caminho.

Era hora de acabar com meu conto de fadas.

- Oi, amor. - ele falou, já entrando na minha casa por causa da chuva. Estava um pouco molhado. - O que era tão urgente, hein? - ele tentou me dar um selinho, mas eu me virei de costas pra ele e andei para dentro da sala.

Quando me virei para ele, bailey estava me encarando com uma expressão que misturava surpresa e espanto. Não havia medo ali. Não parecia que ele tinha nada a esconder. Mas eu sabia. Tinha visto as fotos, visto a certeza nos olhos da any enquanto ela me falava que eles estavam juntos.

Respirei fundo pela última vez.

- Eu não estou procurando por uma confirmação. Eu não quero saber se é verdade ou mentira, porque eu sei que é verdade. Eu só vou perguntar uma vez, e acho melhor você me dizer toda a verdade. Só uma vez, bailey. Não se faça de bobo. Não finja que não sabe do que eu estou falando. Eu só quero... Não, eu só preciso saber... Quanto tempo?

Ele me encarou por um tempo sem dizer nada. Eu esperei pacientemente, aproveitando o silêncio para me lembrar que eu não iria chorar na frente dele, nem na frente de ninguém.

O barulho da chuva se intensificou do lado de fora, contrastando ainda mais com o silêncio. Nem no andar de cima havia barulho. A casa toda estava quieta, como se esperasse, junto comigo, a resposta que terminaria de me dilacerar.

- Não sei direito. Não chegamos a contar pra podermos comemorar ou coisa parecida... Começou quando ela e o Noah terminaram. Não era pra ter sido nada... Era pra ter terminado naquele dia, mas ela não deixou. E... no final eu nem sabia mais se eu queria. - eu me sentei. - Sabi, meu amor, eu só amei você, eu juro. Com ela era só... Não sei, curtição. Alguém pra me ajudar a descarregar toda a raiva que eu sentia quando via ele perto demais de você.

- Por favor, não... Não o coloque nessa história. - nós dois sabíamos de quem estávamos falando. E se o Noah estivesse ouvindo, também sabia que ele era de quem falávamos. - Ele não tem culpa se você resolveu me trair com a any.

o melhor amigo do meu irmão-urridalgo Onde histórias criam vida. Descubra agora