Cena Especial - Como Poucos

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AVISO:

             Último capítulo especial!

             É aqui que os capítulos especiais findam para o primeiro livro.

             Obrigada por voltarem aqui para acompanhar a Char.

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 Era início de tarde e a menina finalmente deixou os irmãos, seus pensamentos estavam a todo vapor enquanto caminhava até seu destino, precisava esclarecer as coisas, sua mente não suportava mais ficar sem as respostas que vinha buscando desde que descobrira o significado de sua joia e sua verdadeira origem. Havia se adaptado com o fato de ser uma Feiticeira, todavia ainda era curioso não saber dos pormenores que a levaram até onde estava naquele momento. A jovem Anciã suspirou e virou na esquina da casa de Stephen, logo entrando e encontrando senhora Ornet na sala, bebendo tranquilamente uma xicara de chá na mesinha próximo a janela.

-Olá, minha querida Chapeuzinho. –O cumprimento era verdadeiro, o que a fez dar um curto sorriso.

-Olá, senhora Ornet. –Amélia sorriu e Char sentou na cadeira da pequena mesa circular que a mais velha se encontrava.

-Acho que está na hora de nossa conversa, minha querida. Não é mesmo?

-Creio que sim, senhora Ornet. –Ela sorriu um pouco. –Eu já esperei mais que o suficiente por respostas.

Amélia ponderou e assentiu levemente enquanto via a menina se servir de chá e estudava sua expressão séria, mas de uma delicadeza inconfundível. Tudo nela expressava a seriedade que sentia naquele momento, mesmo a leve tensão nos ombros.

-E o que deseja, Charlotte? –Decidiu expressar a seriedade que a situação exigia.

-A verdade, para começar. –Foi direta e manteve os olhos na senhora. –Como sabia o que eu era? O por que me incitou a pegar a joia? O por que não me revelou a verdade? Por que me deixar cega? Como sabia que eu não havia morrido? E como sabia onde me encontrar? – Amélia sorriu e assentiu a vendo tomar um gole do chá puro, ela nunca compreendeu como a menina gostava tanto de chá e café sem açúcar, tentara tomar uma vez, todavia o gosto era terrível.

-Bons questionamentos, minha querida. –Ela parabenizou. –Você cresceu melhor do que eu poderia prever e muito mais do que eu cogitei desejar. –Sorriu abertamente. –Você se tornou uma Anciã como poucos já foram. –Admitiu. –Tenho certeza que mesmo os Anciãos que você conhece nesse momento, não possuem poder o suficiente para ensinar tudo o que você necessita saber, seu potencial é maior do que qualquer um de nós, separadamente, podemos fazer e controlar. –Foi franca. –E por isso você mesma tem grande problema em controlá-lo, já que não tem ninguém que possa lhe ajudar com isso. Os parâmetros de seus dons, minha querida, são inimagináveis para qualquer um de nossa época. Ironicamente eu vim notar isso com o aviso de meu querido amigo Ronald.

-Perdão?

-Vamos do início e por ordem cronológica, preferencialmente.

-Seja como for, só espero ter todas as respostas. –Amélia pensou um pouco, organizando sua mente e os questionamentos da menina a sua frente.

-Primeiro, eu notei o que você é quando ainda era muito jovem, por cerca de seus quatro ou cinco anos de vida. –Admitiu, fazendo-a arregalar os olhos, completamente desarmada. Charlotte nunca sentiu necessidade de disfarçar seus sentimentos em frente a Amélia, já que crescera com a senhora que sempre a aconselhou e ajudou.

Filhos do Império - Chapeuzinho Vermelho (Livro Um)Onde histórias criam vida. Descubra agora