Capítulo Quarenta e Cinco - Marcas

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Alfred tomou um banho rápido e enquanto Charlotte procurava uma roupa para usar, saiu do quarto indo encontrar Mark e deixando a garota tomar seu banho. O ruivo estava somente de calça e secando o cabelo quando ele entrou no quarto que deveriam compartilhar, mas que o mais alto ainda não dormira nenhum dia. As coisas ainda estavam no mesmo lugar que ele deixou quando saiu do Vale Vermelho com para ir ao Vilarejo, sua casa esteve intocada desde aquele dia. Parecia fazer muito mais tempo do que realmente fazia.

-Você fede a sexo. –Mark acusou franzindo o nariz e jogando a toalha sobre a cama, puxando a camisa preta para vestir.

-Espero que o faro de Christopher não esteja tão bom quanto o seu. –Alfred comentou, coçando a nuca.

-Pobre infeliz que tem esperança. –O ruivo debochou tranquilamente. –Ele deve ter sentido quando foi chamar vocês, talvez antes, provavelmente quando entrou na tua casa.

-Caralho! –Alfred sentou na cama e passou a mão no rosto.

-Troca de roupa e passa uma colônia, talvez, com pouca, mas bem pouca mesmo, probabilidade, o cheiro de sexo amenize. –Mark sorriu e Alfred o encarou de cenho franzido.

-Você não ajuda em porra nenhuma, já falaram isso? –O ruivo sorriu de canto e deu de ombros.

-Você e a Lottie tendem a falar isso bastante.

-E? –Mark sorriu abertamente e encarou o companheiro.

-E... E eu ignoro vocês. –Ele deu de ombros, alisando a camisa no corpo.

Alfred rolou os olhos e decidiu seguir o conselho de Mark, apesar das provocações sabia que o ruivo lhe dera um bom conselho e logo trocou a camisa, tentando mascarar o odor de Charlotte em seu corpo com colônia, mas o cheiro da garota, suave e agradável, ainda estava nele, entranhado em sua pele.

-Diga a Christopher que suas intenções com ela são boas. –Mark debochou ao notar a preocupação estampada no rosto do outro.

-E quem disse que são? –Ele riu.

-Melhor ainda. –Charlotte surgiu na porta, usando um bonito vestido laranja, assustando aos dois. –Quem disse que minhas intenções são boas? –Isso fez Mark gargalhar e Alfred rir.

-Como você chegou sem ser notada? –Alfred questionou, ajustando a gola da camisa para esconder as marcas que ela causara.

-Não é porque são Lobos que são imbatíveis, por favor. –Bufou a menina. –Agora as donzelas podem me acompanhar? –Arqueou a sobrancelha. –Estou curiosa pra saber o que Christopher quer.

-Provavelmente tirar a pele de Alfred. –Mark zombou e Char encarou o ruivo, os olhos verdes brilhando de diversão.

-Será que ficam boas como luvas? –Ela entrou na brincadeira.

-Vocês dois são insuportáveis! –Alfred soltou. –Porra.

-Obrigada. –Ela sorriu.

-Vamos lá. –Mark seguiu até a porta e deu o braço para Char. –Mas eu realmente acho que ele vai querer fazer luvas de pele de Lobo.

-Vocês, Feiticeiros, são tão insuportáveis. –Alfred esclareceu.

-Pelo menos eu não vou fazer ninguém de jantar. –Mark revidou enquanto Char entrelaçava seu braço ao dele.

-E pra minha sorte eu sei que sua carne é ruim até na forma de Lobo.

-Fico feliz em saber que não corro o risco de ser devorado por você.

Filhos do Império - Chapeuzinho Vermelho (Livro Um)Onde histórias criam vida. Descubra agora