Mitch Rapp
Deite. Os olhos ansiosos e a firmeza no sussurro quente eram o comando perfeito. Um comando incontestável. Engoli, alguma emoção nova se alastrando em meu interior, minhas entranhas se contorcendo de ansiedade. Deus... como eu a queria. O gosto de sua boca ainda formigava em minha língua, e minha cabeça já estava tomada pela névoa que só Lydia conseguia soprar para dentro.
Eu já não podia pensar em nada, e admiti para mim mesmo que não ansiava tanto assim por qualquer tipo de controle. Aquela mulher era todo o domínio que eu precisava, e não existia receio em deixá-la tomá-lo como queria. A vi mordendo a boca enquanto estudava meu silêncio, talvez procurando por algum indício de que poderia ter me desagradado ao pedir para que eu cedesse ao chão.
O rubor em suas bochechas diminuiu e eu me esforcei para decifrá-lo. Talvez vergonha, receio, mas definitivamente desejo. Imaginá-la molhada por baixo daquela calça apertada fez o sangue drenar em meu quadril, fervendo. O quarto de Lydia estava no fim do corredor e eu pensei em sugerir para irmos até lá, mas minha consciência perversa me evaporou o mero pensamento. Eu gostava de sexo no chão. Gostaria ainda mais com ela.
Como se quisesse me incentivar a tomar uma atitude, Martin esticou o braço até uma das caixas em nossa volta e pescou uma almofada, estendendo para mim. Eu a ignorei por um segundo. Puxei minha camisa para cima e a reservei ao lado, sem interesse.
Peguei o objeto de suas mãos e me deitei, apoiando minha cabeça na almofada. Ela encarou meu tronco de imediato, olhando minhas cicatrizes, meus músculos tensos, e umedeceu a boca grossa com um suspiro.
Era quase como se estivesse em transe. Eu sufoquei uma risada. Lydia mordeu os lábios e seus olhos verdes correram ao nosso redor, em silêncio. Queria perguntar o que ela estava pensando, mas eu me mantive cativado em observá-la por todo os segundos possíveis que ela optou pela quietude.
– Suponho que você não tenha nenhum problema com isso. – Disse ela, e o misto de provocação e bom humor me fez sorrir.
Lydia se aproximou de mim, suas mãos macias tocando meus joelhos enquanto ainda me olhava. Ela examinou minhas cicatrizes e estudou cada curva possível do meu corpo, formigando minha pele em ansiedade. A fome tímida em seus olhos fez meu pau latejar.
– Não, Martin. – Respondi, a dando um sorriso. – Não tenho nenhum problema com você em cima de mim no chão do seu apartamento novo.
Suas mãos pressionaram meus joelhos quando ela se inclinou para a frente, aproximando-se, e meus músculos amoleceram quando seus doces lábios tocaram os meus. A língua macia acariciando a minha, a saliva quente despertando minhas entranhas com prazer, seus cabelos ruivos fazendo cócegas em meu rosto. Porra..., eu gosto dessa mulher.
Eu segurei seus cabelos, amontoando os fios ruivos em uma mão em punho, livrando meu rosto do excesso de suas pontas lisas. Ela arfou quando a segurei atrás da cabeça, seu corpo pequeno parecendo desejar ceder ao meu. Porra, linda, você pode ceder.
Martin grunhiu quando chupei seu lábio inferior, tornando a tocá-la com minha língua em seguida. Eu estava a um passo de deslizar uma mão para baixo e a tocar quando ela se afastou, as mãos em meus joelhos deslizando para cima no jeans.
Vi sua garganta engolir enquanto ela olhava para baixo e quando procurou meu rosto outra vez, eu percebi que apesar de nervosa, Lydia também estava corroída em desejo quase primitivo. Seus olhos escorriam luxúria, engoliam tudo de mim, e nossas ansiedades eram cúmplices de todas as formas possíveis.
Seus dedos trabalharam em meu jeans, abrindo os botões e puxando o zíper. Eu poderia gemer de alívio quando sua mão pequena me envolveu pela primeira vez.
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Crow's Flight
Mistério / SuspenseApós o término do namoro, Lydia Martin segue uma rotina monótona e apesar de todas as tentativas, não consegue esquecer o ex. Suas maiores preocupações eram reatar com Henry e recuperar as notas da faculdade, até que sua vida é desestruturada com a...