Cap 60

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David Foster

Ver Diana com aquele olhar, quebrou todo meu coração. Seu esforço pra manter a calma, me fez ver o quanto ela é forte. Nesse momento eu só queria fazer com que o desespero que ela escondia acabasse.

Eu não pensei duas vezes, em entrar em contato com todos que poderiam ajudar naquele momento. Por mais que eu tenha um relacionamento horrível com Liam, isso não muda o fato de que ele ainda é o melhor amigo dela, ela já teve muitas perdas, e eu jamais seria egoísta ao ponto de deixar que algo acontecesse com quem ela ama.

Depois de um dia exaustivo, lá está ela dormindo num sono profundo. Da sacada eu admiro a luz da lua refletir sob sua pele...

Quando eu poderia imaginar que amaria tanto uma mulher... Ela simplesmente me faz me sentir o cara mais sortudo do mundo, é como acertar na loteria duas vezes seguidas, eu daria minha própria vida, por ela. Eu a amo! Um amor tão forte, que chega me faltar palavras, é genuíno e surreal sentir algo assim. Sou grato! Infinitamente grato, por essa dádiva!

Alguns minutos depois me deito ao seu lado, e logo adormeço.

O dia amanhece como um estalar de dedos... Eu me levanto e vejo que Diana já está de pé.

- Já ia te chamar querido... - ela sorri me entregando uma xícara de café, que ela acabara de fazer.

- Como se sente meu amor? - pergunto lhe dando um beijo em cima de sua mão.

- Me sinto bem melhor. Liam vai passar mais um dia no hospital, e amanhã terá alta. Decidimos levar ele pra se recuperar na mansão do Sr Parker, já que seus pais não estão na cidade. - ela fala enquanto procura uma roupa no closed.

- Ótimo lá ele terá os cuidados necessários. Vou verificar se a equipe da polícia já conseguiu mais alguma pista do motorista do furgão. - entrego a xícara pra ela e vou fazer minha higiene pessoal.

- Amoooor... Separa algo pra eu vestir também!? - grito do banheiro.

- Tá bom, querido! - ela responde.

Nos arrumamos e logo saímos. Deixo ela no hospital, e sigo pra empresa.

Subo como de costume, entro na minha sala e vou organizar minhas tarefas diárias, eu preciso muito de um assistente.

Logo recebo uma ligação.

Chefe de polícia: Senhor Foster, encontramos o rapaz que causou o acidente do sr Price.

Eu: Ótimo estou indo aí!

Saio às pressas e vou de encontro Departamento de polícia.

Ao chegar, entro numa sala. Eu o vejo atravéz do vidro. Um rapaz aparentemente jovem 19 anos no máximo, branco, alto e magro. Seu olhar estava baixo e ele parecia tranquilo.

Logo um investigador começou falar com ele.

- Seu nome? - investigador pergunta.

- Ethan Hurt, senhor.

- Sua idade? - investigador fala calmo.

- 19 anos, senhor.

Minha suposição estava certa.

- O que tem a nos dizer sobre o acidente que causou ontem? - o investigador pergunta sem rodeios.

- Eu não queria causar o acidente senhor, eu estava atrasado pra fazer umas entregas, aí acelerei quando o sinal estava amarelo pra poder passar, pensei que daria tempo de passar antes de fechar, mas infelizmente acabei batendo no carro que parou no sinal. - ele fala olhando para as mãos, como se ainda estivesse dirigindo o furgão.

- E porque não parou pra prestar socorro, e mais ainda porque seu furgão foi encontrado num ferro velho afastado da cidade.

- Tinha muitas pessoas, e eu fiquei com medo de represálias. Quanto ao furgão eu deixei lá pra que um amigo arrumasse sem que meu pai soubesse, ele me mataria se descobrisse que eu estraguei o furgão dele. - ele suspira, tentando disfarçar a preocupação.

O investigador pergunta mais algumas coisas e logo dirige o elemento pra carceragem.

Bem ele confessou o que fez, agora vai ser punido. Isso é um alívio pra todos nós, embora eu ache que ele ainda esconde alguma coisa. Meu sexto sentido de advogado está em alerta.

Vou até o hospital contar tudo a Diana. Logo que chego pergunto na recepção por ela, a Recepcionista me diz que ela está no quarto de Price, eu meio que sinto um certo desconforto, afinal se eu não tivesse a conquistado, ela estaria prestes a se casar com ele.

Vou em direção ao quarto, e quando olho no vidro da porta, lá está ela o ajudando comer. Ele parece bem melhor, e ela sorri alegremente.

Bato na porta e a abro alguns centímetros pra que vejam que sou eu que estou ali.

- Entre querido, venha ver como Liam está se recuperando rápido! - Diana fala empolgada.

Eu entro, meio sem graça. Liam não esboça nenhum tipo de reação. Tudo bem, pelo menos não jogou o prato de sopa na minha cara.

- Tenho novidades sobre o acidente de Price, podemos conversar um instante? - falo num tom agradável.

- Tudo bem Foster, eu já estou melhor! Você pode falar aqui mesmo. - sou surpreendido com o pedido de Price.

Diana assente positivamente com a cabeça, pra que eu fale.

- O garoto que causou seu acidente foi encontrado, ele confessou o crime, ao que ele disse foi um infeliz incidente, não era nada pessoal, ele só estava atrasado pro trabalho. Mesmo assim foi detido por ter causado seu acidente, e ter negado socorro. Ficará um bom tempo na cadeia. - assim que acabo de falar vejo Diana dá um suspiro de alívio, e ele olhar pra ela com admiração.

- Agora é só você se recuperar, pra tudo voltar ao normal. - Diana fala gentilmente.

- Bom já que tudo foi resolvido, estou de saída. - Diana se levanta pra me acompanhar.

Ela agarra minha cintura, me abraçando forte numa forma de agradecimento. Ela olha no fundo dos meus olhos e posso ler seus lábios, que não saem voz, ela dizer: "Eu te amo"!

Quando chegamos na porta, Price fala:

- Obrigada Foster, você não precisava me ajudar e mesmo assim ajudou, sei que fez pela Diana, mas ainda assim agradeço, por ter passado por cima do nosso relacionamento ruim e resolvido algo que pra mim seria impossível no momento! - somos surpreendidos com o agradecimento de Price.

- Tudo bem cara, sei que faria o mesmo! - dou um beijo na testa de Diana e saio ainda confuso com esse agradecimento repentino de Price.

Volto a empresa e sigo meu dia, que está totalmente atarefado.

O dia passa numa rapidez extraordinária. Eu nem pude buscar Diana no trabalho, e quando cheguei ela estava deitada no sofá, adormecida com seu livro preferido sobre o seio, o aparelho de som ligado numa melodia de chuva, e uma taça de vinho meio bebida na mesa.

Eu a peguei no colo e a levei pro quarto. Deitei ela na cama, e fui tomar um banho. Ainda refletindo naquela confissão. Foi tudo muito fácil, é como se ele tivesse ensaiado aquelas respostas. Tem alguma coisa errada e eu não vou descansar até descobrir...

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