Cap 77

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Diana F Clark

Depois de uma manhã incrivelmente relaxante com meu futuro esposo, voltamos aos nossos afazeres. A Sra Foster, se prontificou ajudar vovó com o almoço, estão todos evitando que eu fique perto de qualquer coisa que possa me fazer ficar enjoada. Paul e Liza estão fazendo as marcações dos convidados, David e Sam estão numa conferência online, e eu aqui fingindo está conferindo a lista de convidados, mas na verdade estou preparando um piquenique, no lugar preferido da mamãe e papai.

Todos lavam as mãos e se reúnem a mesa. Estão todos bem familiarizados. Incrivelmente o humor de Paul conseguiu arrancar sorrisos do vovô.

Já estamos na sobremesa, quando David sussurra em meu ouvido.

- Você sabe que podemos ficar aqui, se você quiser, não sabe!? - ele fala com um leve sorriso.

- E a sua empresa, sua mãe, nossa casa? - pergunto surpresa.

- Eu posso mudar a sede da empresa pra cá, mamãe sempre foi muito livre, então pode vir pra cá quando quiser, e quanto a nossa casa, só precisamos colocar a venda e comprar outra aqui. Eu só quero deixar claro que você tem escolhas, que você pode fazer as coisas diferentes, se assim quiser.- ele beija minha mão carinhosamente.

- Você só me surpreende! E eu amo você, por ser tão cuidadoso comigo! - eu o abraço.

- Aliás preparei algo pra gente, quero que conheça um lugar. - sussurro em seu ouvido e ele assente que sim com a cabeça.

Enquanto todos vão pra varanda para o descanso que minha avó exige sempre que terminamos uma refeição, eu subo pro meu quarto, pra me trocar.

Visto uma calça Jeans e uma blusinha branca curta. Tenho vestido muitas roupas soltinhas, isso pode acabar causando suspeita, já que meus avós sabem que eu adoro roupas que não precisam usar sutiãs, e que me dêem liberdade pra sentar sem mostrar nada indevido. Solto meus cabelos que estavam preso num coque e passo um batom vermelho, pra realçar um pouco minha pele, que anda meio pálida, depois de ter passado semanas trancada na cobertura. Um pouco de vitamina D é necessário.

Desço, pego a sexta de piquenique e vou até a varanda.

- Então já que estão todos descansados sugiro um piquenique pelos campos! Aliás isso não é um pedido! - falo com um tom de exigência e todos se levantam.

Logo todos estão prontos. Vamos numa caminhada alegre. Os meninos levam as cestas enquanto as meninas levam toalhas pra grama.

Quando chegamos ao campo, forramos a grama e colocamos tudo arrumado pra uma tarde bem relaxante.

Chamo David para uma caminhada a cavalo. Seguimos até o lugar preferido dos meus pais.

Uma árvore gigantesca. Suas raízes são visíveis, sob o solo. Suas folhas lindas e verdes. Ele me ajudou descer do cavalo. E parou na frente da árvore, a olhando com admiração.

- Ela é mesmo linda, não é querido? - eu o interrompo.

- Quem te convenceu, a morar em Manhattan? - ele debocha.

- Não seja maldoso... - eu dou lhe um tapinha e o puxo pra ver a árvore de pertinho.

- Aqui está! - ele olha surpreso.

- São as iniciais dos seu pais, não é? - ele arregala os olhos.

- Sim, querido! Vou abreviar a história. Eles escreveram as iniciais deles aqui, no dia que contaram aos meus avós que mamãe estava grávida. Aqui eles prometeram amor eterno. - falo com nostalgia, ao lembrar de mamãe contando essa história.

David pega um arame que está no chão, e começa a riscar a árvore.

- O que está fazendo? - eu pergunto curiosa.

Ele não responde, só continua riscando. Alguns minutos depois, ele assopra o tronco da árvore e logo aparece nossas inciais dentro de um coração.

- Diana, aqui diante de você, das nossas testemunhas, (ele sorri, apontando pros cavalos), a lembrança dos seus pais, eu prometo te amar e te proteger até meu último suspiro. - ele me abraça apertado, enquanto eu não tenho palavras.

- Eu jamais poderia ter escolhido alguém melhor. Você é literalmente minha alma gêmea! - eu o beijo.

- Eu não queria falar sobre isso. Não hoje, na verdade eu não queria falar nunca. Eu simplesmente gostaria de deletar da minha cabeça. Mas seria egoísmo não te falar. - David está apreensivo.

- Querido, você está me assustando. - eu falo.

- Hoje quando você estava no banho Liam te enviou uma mensagem. Eu pensei que fosse alguma novidade da delegacia, mas não era. Eu não tive reação. Eu nem cheguei responder. Não quero que pense que eu quis te esconder, então pegue seu celular e leia por favor. - o semblante de David agora é triste e preocupado.

Eu pego meu celular e abro minha caixa de mensagens. No início achei que era exagero, mas a cada palavra que eu lia eu percebia o quão louco era aquilo tudo. Esse tempo todo Liam estava esperando que eu terminasse com David, mesmo sabendo que ele me faz feliz. É tão egoísta da parte dele. Eu estive anos a sua disposição, e ele nunca me deu o mínimo de chance. E depois que eu encontro alguém que eu realmente amo, que decido me casar, que vou ter um bebê, ele me diz que está disposto a me aceitar? Que merda de mensagem é essa? Que tipo de pessoa doente, Liam se tornou!?

- Pequena? - David interrompe meu devaneio.

- Tudo bem, querido. - dou um sorriso cativante tentando afastar a preocupação do rosto dele.

- O que você vai fazer? - David questiona ainda preocupado.

- Pensei em responder, mas não vale a pena. Então vou apenas ignorar, e se ele não quiser aparecer aqui, tudo bem. É inacreditável saber que ele me enganou esse tempo todo, ele realmente deixou a máscara cair. Ele não me quer bem, ele me quer com ele. Agora entendo o porque dele não mencionar sobre minha gravidez. Tão egoísta. Vamos só esquecer tudo isso, e seguir em frente. Eu te amo, e nada e nem ninguém vai mudar isso. - vejo ele suspirar de alívio.

Voltamos para o campo e compartilhamos do piquenique com os demais. A tarde passa, e voltamos pra casa, felizes e se sentindo recompensados por estarmos juntos com as pessoas que amamos.

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