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Acordei com um galo cantando, e o sol batendo no meu rosto. Abri meus olhos, tentando raciocinar aonde eu estava.
JJ: Bom dia, princesa. — diz se aproximando com uma xícara de café. — Eu sei que não é o café da manhã chique que você está acostumada. Mas é do fundo do meu coração, e eu não faço isso para qualquer uma.
Emma: Bom dia, carinha amassada. — pego a xícara de suas mãos. — Obrigada. — sorri fofinho.
JJ: Pelo visto você gosta né? — o encarei confusa. — Da minha carinha amassada, você sempre fala dela.
Emma: Talvez eu goste. — ele me olha nos olhos por algum tempo. — Ah, meu Deus, que horas são?
Lembrei que meu tinha me dito que eu deveria estar em casa meio-dia.
JJ: Ah, umas onze e quarenta? — diz com dúvida. — Por quê?
Emma: Eu preciso ir pra casa. — dou um gole do café rápido, e acabo me engasgando.
JJ: Por quê? Alguma coisa aconteceu? — diz confuso ao me ver correndo pela casa recolhendo minhas coisas e colocando meus sapatos.
Emma: Eu preciso estar lá antes do meio dia. — coloco a xícara em cima da mesa e pego minha bolsa.
JJ: Emma, se acalma.
Emma: Tchau, meu bem. — dou um beijo em sua bochecha. — Avisa os outros que precisei ir, mas deixei um beijo.
Ele apenas assenti, confuso. Eu realmente chamei ele de meu bem? Ok, eu não tenho tempo para me preocupar com isso. Tenho menos de vinte minutos para chegar em casa.
Fui caminhando apressada, tentando desviar de conhecidos, afinal não tinha tempo de parar para conversar.
Acabei chegando em casa antes do esperado.
Eu já estava preparada para a bronca que eu ia levar, então tentei passar despercebida pela cozinha, mas obviamente minha tentativa falhou.
Ryder: Emma. — diz aliviado. — Achou que iria passar aqui sem conversarmos?
Emma: Oi, pai. — forcei um sorriso, me aproximando da cozinha.
Ryder: Nós temos muita coisa para conversar, mas, primeiro, uma briga, com uma arma? — diz revoltado. — Você poderia ter se machucado, Emma.
Emma: Não, pai. Você não sabe o que aconteceu. Rafe estava afogando o John B.
Ryder: E essa é uma boa para seu amigo sair por aí com uma arma? — abre os braços.
Emma: Não, pai, não é. Mas eu acho que nessa situação foi compreensível. — tento argumentar.
Ryder: Você não pode mais sair com esses caras. — olhei para ele incrédula.
Emma: O quê? — olhei para ele confusa. — Pai, eles são meus amigos.
Ryder: Não, eles não são seus amigos. Quando mais cedo você entender isso, vai ser melhor.
Emma: Sim, eles são. — insisto.
Ryder: Eles são Pogues, Emma. Não ligam para gente, é eles por eles. Na primeira oportunidade de fazer algo que possa nos ferrar, eles vão. — franzi minha testa.
Emma: Desde quando você se importa com essa merda de Pogues e Kooks?
Ryder: Eu não vou mudar de idéia, você não pode mais sair com eles. — nunca tinha visto meu pai tão revoltado. — Agora vai pro seu quarto.
Emma: Pai... — digo na esperança de fazê-lo mudar de ideia.
Ryder: Eu já decidi, Emma. — aponta em direção a saída da cozinha, sinalizando que era para lá que eu deveria ir.
Eu dei uma risada irônica, e sai revoltada, em direção ao meu quarto. Bati a porta. Eu estava chorando, de raiva. Fechei os olhos e suspirei fundo.

you and me - JJ MaybankOnde histórias criam vida. Descubra agora