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Depois de alguns minutos esperando, finalmente o ônibus chegou. Eu não tinha ideia de onde estávamos indo, por não conhecer nada daqui, mas tenho a sensação de que vai me fazer sentir melhor. Respirar um pouco longe do meu pai e a pressão que ele coloca em mim, longe do Topper...
Eu realmente gosto do Topper, mas eu não quero que meus sentimentos confusos machuquem os deles. Talvez esse tempo fora de tudo, possa me fazer enxergar melhor as coisas como elas são, e talvez entender meus sentimentos melhor.
Meu pensamentos são interrompidos por JJ, que me deu um tapinha no braço.
JJ: Ei, você está com fome? — fala baixinho.
Emma: Não, por que? — respondo no mesmo tom de voz.
JJ: Eu só queria saber. Não posso mais ser gentil? — brincou.
Emma: Pode me explicar porque você está falando baixo?
JJ: Você quer que todo mundo escute nossa conversa? — olhei em volta.
Emma: JJ, são quatro da manhã, só tem uma senhora sentada bem afastada de nós, e eu garanto que ela não quer saber da nossa conversa. — ele riu.
JJ: Tá bom, você ganhou. — dei uma piscadinha.
Acabei adormecendo em seu ombro. A sensação de estar em paz que eu estava sentindo era incrível, mas eu acabei acordando com uma freada brusca que o motorista do ônibus deu.
Emma: Merda. — resmunguei.
JJ olha para mim, enquanto eu levanto minha cabeça que estava em seu ombro.
JJ: E eu estava tomando todo o cuidado do mundo para não te acordar. — brincou.
Forcei um sorriso, eu não raciocino bem quando acordo. E eu odeio ser acordada assim.
Emma: Ei, onde a gente tá? — perguntei confusa.
JJ: Eu acho que já estamos quase chegando. — abri a cortina da janela ao meu lado, me assustei ao ver que o sol já estava nascendo.
Emma: Meu Deus. Por quanto tempo eu dormi? — esfreguei os olhos.
JJ: Faz algum tempo. — deu de ombros. — Eu estava contando uma história para você, mas parei quando eu percebi que você não estava me ouvindo.
Fiz um biquinho para demonstrar pena.
Emma: Eu vou adorar que você conte essa história para mim. — sorri. — Mas depois que eu me alimentar. — completei.
Ele riu da minha cara, voltando à olhar para frente.
O tempo passou, o sol foi nascendo, passamos por uma placa que indicava que estávamos chegando no nosso destino, o destino que eu ainda não sei qual é.
O ônibus parou, e então JJ e eu levantamos. Ele estava muito animado, desceu pulando do ônibus, enquanto eu estava incomodada com o peso da minha mochila e o sol batendo no meu rosto.
Emma: JJ, para com essa dancinha, você está me envergonhando. — digo enquanto observo fazendo uma dança ridícula.
Ele revirou os olhos. Esticou sua mão, se oferecendo para levar minha mochila. Agradeci mentalmente.

you and me - JJ MaybankOnde histórias criam vida. Descubra agora