you and me - JJ Maybank

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Cheguei em casa depois de um caminho não muito longo, abri a porta e logo a tranquei novamente, tirei meus sapatos, eu estava tentando processar e entender sobre o que aquela conversa significava. Com certeza, tem algo a ver com JJ e seu pai, afinal ouvi seus nomes. Depois de um tempo parada na frente da porta do escritório do meu pai, pensando se era realmente uma boa ideia ou eu deveria deixar para lá. Considerando os fatos, a melhor opção era entrar lá e descobrir de uma vez por todas o que estava acontecendo. Numa tentativa falha de abrir a porta, estava trancada. Merda. Depois de muito pensar em formas de abri-lá, lembrei que meu pai costuma guardar suas chaves na gaveta de seu bidê, por algum motivo. Sei disso pois costumava pega-las para roubar os doces que ele tinha no escritório de casa.
A porta do seu quarto estava destrancada, caminhei até o bidê que estava no lado da cama. Abri com cuidado a gaveta, dando uma olhada por cima para evitar tirar algo do lugar, e numa caixinha de acrílico, estava a chave. Vendo toda essa situação, do meu pai escondendo chaves, trancando cômodos, só me faz ficar ainda mais perdida.
Devagar, abri a pequena caixa, pegando a chave. Não demorei muito para ir destrancar a porta, e procurar por algo.
Assim que abri, liguei a luz, estava um pouco bagunçado, algumas caixas no chão, mas não da forma em que meu pai havia citado mais cedo.
Comecei procurando por uma pilha de pastas, dava uma olhada por cima, é muito difícil procurar algo quando não sabemos o que estamos procurando exatamente. Olhei nas caixas que estavam no chão, tinha algumas decorações e agendas, nada importante.
Bufei, estava a um tempo nisso e tudo que consegui achar foi decorações e lembretes idiotas. Fui até sua mesa, talvez lá eu encontrasse alguma coisa.
Iniciei pelos cadernos e planners que estavam em cima, tinha um monte de gráficos e contas que eu não entendia, imaginei que eram coisas sobre a empresa. Desci para as gavetas, nelas tinham canetas, borrachas, blocos de notas, algumas planilhas. Chegando na última gaveta, para minha sorte, estava destrancada. Era minha última esperança, afinal eu tinha revirado esse escritório e não havia achado nada. Em primeira vista, tinha alguns plásticos com papéis dentro, um calendário, e no fundo tinha uma envelope e uma pastas com alguns cheques. Coloquei todos em cima da mesa, eram os únicos papéis que eu não havia visto ainda.