Apressei meu caminho até a praia, rezando para que JJ estivesse lá me esperando. O vento gelado se aproximou enquanto eu me aproximava da praia, me fazendo lembrar que eu ainda estava com o vestido da festa.
Me aproximando mais um pouco, observei ele, sentado, observando as ondas no mar, tomando sua cerveja. Ele ainda vestia o terno de mais cedo, que eu não pude deixar de notar o quão bonito ele fica com ele.
JJ: Você veio! — ele sorriu, enquanto eu me aproximei.
Sorri fraco, me sentado ao seu lado na areia.
JJ: Eu não tive a oportunidade de dizer, mas você está linda, como sempre. — sorri, como agradecendo. — Ei, você quer um gole? — se referiu a cerveja que estava na sua mão.
Neguei com a cabeça, evitando contato visual com ele. O silêncio tomou conta, eu estava pensando em uma forma de perguntar para ele sobre os cheques do meu pai e tudo mais.
Emma: JJ? — chamo sua atenção. — Hoje, depois da festa, eu fui até o escritório do meu pai, e... eu achei uma coisa. — falei calmamente.
JJ: O que você achou? — perguntou, com seu olhar desentendido.
Sem falar nada, entreguei o cheque que estava dobrado em suas mãos, ele me olhou sem entender, mas logo abriu o papel. Ficou encarando por um tempo, parecia não saber o que fazer ou dizer.
Emma: Encontrei alguns documentos, informações da sua família e, também um calendário, todo dia dez meu pai te manda dinheiro, por quê? Tipo, já faz uns meses que isso vem acontecendo. — ele me olhou.
JJ: É meio... complicado, Emma. — engoliu em seco.
Emma: Bom, eu posso ver. Eu não consigo imaginar um motivo para meu pai te dar dinheiro, e não é uma pequena quantidade. — falei. — Você pediu ajuda para ele ou algo do tipo? Eu não ficaria brava com você se você tivesse pedido para mim.
JJ: Eu sei. Mas talvez você fique brava com seu pai. — ele falou, franzi a testa.
Emma: O que você quer dizer? — perguntei.
JJ: Lembra aquela vez que ficamos fora da ilha por alguns dias? — assenti.
Emma: Lembro.
JJ: Então, você também lembra que nós fomos para aquela boate do meu tio?
Emma: É, eu lembro. — assenti novamente.
JJ: E ele disse "diz para seu pai que eu não esqueci"? — assenti mais uma vez. — Bom, meu vô tinha bastante dinheiro, e é claro que meu pai sabia, e meu tio também. Então, teve um dia que, meu pai ficou muito, muito chapado. Ele chegou em casa muito louco, e tinha uma arma, e sem pensar duas vezes, ele atirou no vovô. — enxugou algumas lágrimas, enquanto eu olhava para ele assustada. — Ele matou meu vô, e culpou meu tio por isso. Chamou a polícia, disse à eles que meu tio tinha feito isso e depois fugido. Os advogados tiveram certeza de que a história não vazaria, e ninguém nunca iria descobrir sobre isso. Depois disso, meu pai ficou com o dinheiro, mas gastou quase tudo para ter certeza de que meu tio ficaria longe, afinal ele sabia a verdade.
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you and me - JJ Maybank
Teen FictionEmma Fontine é uma adolescente de 16 anos, que vive em Seattle. Durante suas férias de verão, como combinado com seus pais, ela passaria suas férias inteiras em Outer Banks. Ela é de uma família rica, que tem contatos e relações com outras famílias...