Once Upon a Dream

Uma brecha no tempo

Nem todos os Contos de Fadas foram contados, algumas histórias se perderam no tempo e quando isto acontecia o guardião sabia que tinha fracassado em seu papel.

— Você sabe, tem seis meses que não como bem, imaginei que quando meu melhor amigo voltasse ganharia pelo menos um croissant.

Rashid disse chegando perto de Cedric que estava voando em suas angustias

— E quem te disse que comi bem nesses meses?

— Você é o guardião, aposto que comeu risoto toda a semana.

— É, tem razão. Entretanto, vivi num cúbico que só tinha uma janela.

— Sério? Essa é a sua reclamação?

— Estou orgulhoso, não é mais o rato egoísta e prepotente do País das Maravilhas.

Falou conhecendo bem sua personalidade que foi adquirindo com os anos.

— Prepotente? Acho mesmo que estou evoluindo?

Evoluir moralmente significa voltar a conviver com Chapeleiro Maluco e sua louca família.

— Disse que você seria importante.

— Para um cara que odeia contos de fadas me dei bem, não é?

— Ajudou muito a Mal, Rash, ela jamais saberia do passado sem você.

— Ela é uma menina especial, espero que o mundo a conheça.

Demorou, mas reconheceu que a filha de Malévola era uma grande heroína.

— Ele vai, assim como o professor de magia dela.

— Parabéns guardião, sua história está quase no felizes para sempre.

Sorriram gratos pelo final estar a caminho.

(...)

— Era mais fácil quando só tínhamos o Livro para nos preocupar.

Ben disse a abraçando sua namorada.

— Sim, saudades de me preocupar com você nos meus sonhos.

Confessou o beijando.

— Nada de mal vai nos acontecer. — Beijou a bochecha dela, que o abraçou fortemente. — Nada pode nos destruir, lembra?

— Mini fera, será que posso conversar com a minha filha? — Hades apareceu e diante o olhar assustador, Ben saiu. — De todas as centenas de anos que vivi, os melhores foram os últimos dezessete, sabia?

— Por que pode ficar longe de seus irmãos?

Ironizou.

— Porque te conheci. Mal, sempre me orgulhei de ser um deus e me achava superior a todos, porque sabe, eu tinha um reino com o meu nome. Mas, viver naquele lugar era horrível. — Confessou rindo e segurando o choro. — Não tinha ninguém, Zeus recebia toda glória e amor, enquanto eu vivia entulhava no meio de mortos. Não havia vida e quando eu achei que tinha ganhando o mínimo de amor, fui traído.

— E sair de lá e vir para a Ilha foi melhor?

Olhando por essa ótica seu pai também teve um passado difícil.

— O melhor que me aconteceu. Malévola não foi meu grande amor, mas me rendeu boas risadas e principalmente, ela me deu você. Mal, não sei qual será sua escolha, mas confio em você e no destino.

— Destino? Por que confiar nele?

Desde sua conversa com Cedric passou odiar todos os envolvidos que escreveram sua vida.