O Livro e a verdade parte 2

770 65 7
                                    

Era impossível, mas eles estavam em um mundo em que literalmente tudo era possível.

- Será que agora podemos conversar com tranquilidade?

Merlin perguntou quando depois de um breve tempo de convencimento Ben, Mal e Rashid voltaram para a cabana.

- Não, vocês agora vão explicar tudo, sem meias verdades e histórias sem contexto

Ben pediu quase que como se tivesse ordenando.

- E vão responder todas as nossas dúvidas

Mal acrescentou.

- Não é assim que funciona moçada

Rashid provocou vendo os jovens mandando neles

- Ok, pode ser. - Merlin concordou se dando por vencido. - Iremos dizer tudo, o tempo passa cada vez mais rápido.

- O que quis dizer com isso?

Ben perguntou

- Não tem nada haver com vocês. Bom, acho que agora que já sabem de tudo fica mais fácil. Bom, a Feiticeira, aliás, Cirse, fez uma profecia que falava da união de vocês e não, eu não vou falar da profecia. O que interessa a vocês saberem é que desde que nasceram até hoje, todos os seus dias foram escritos no Livro.

- Na verdade, não são todos os dias, são  os dias que conduzem vocês até agora.

- Então, esse Livro aí determinou de quem seríamos filhos ?

Mal perguntou

- Não necessariamente

- Eu posso falar disso ?  O Cedric comentou certa vez comigo

Rashid perguntou já tomando lugar de fala

- Na verdade, quando Cirse jogou a profecia sobre seu pai, a história já tinha começado a ser escrita. Todavia, quando ela fez isso, automaticamente houve uma projeção em Ben que já estava programado para acontecer. Da mesma forma Malévola, ela teria você, de uma forma ou outra, o Livro só te viu e designou você como uma  personagem principal dele.

- Então, ele quis nos escolhe ?

Ben questionou para ver se em algum momento tudo isso teria sentido.

- Sim, foi opção dele ter vocês como  personagens. Vocês precisam saber, tem muita coisa que nem nós e nem ninguém sabe. - Merlin continuou a explicação. - Agora,os anos passaram e o Livro tinha que se encarregar do encontro de vocês. Então, ele deu a oportunidades para você Mal, se interessar por Auradon e você Ben, criar curiosidade pela Ilha.

- Fomos atraídos então?

Ben perguntou olhando para Mal

- Sim. Quando no tempo determinado vocês foram efetivamente apresentados um para outro.

- Quando ? No dia do acidente?

- Não, os sonhos.  Inicialmente foi Ben, seus sonhos te condiziam a uma zona totalmente diferente da sua e te apresentava uma moça dos olhos verdes, cabelos roxos a quem você se sentia fortemente atraído e com vontade de cuidar. - Mal olhou para ele que tinha as bochechas rosadas. - A você Mal, demorou um pouco. Mas, nos seus sonhos, você via um lugar que conseguia viver em paz consigo mesma, enquanto conhecia um rapaz que só pela voz te transmitia confiança e sentimentos que você até aquele momento não conhecia.

- Tá bom, chega. - Mal interrompeu o mago. - Por que isso? Qual a necessidade ? Isso não foram sonhos, foram pesadelos. Não tem graça, não somos joguetes para esse livro idiota. - Mal não aguentou e se alterou.

- Concordo com Mal, qual a necessidade disso? Passamos meses perdidos tentando entender tudo aquilo. Não teve graça, tínhamos uma vida e durante esses pesadelos tudo parou. Eu tenho um reino e preciso aprender a governa-lo, se querem saber

Ben também jogou os pratos na mesa

- Eu não vou fazer parte disso. Tenho uma vida e não vou deixar um livro decidir o que devo fazer

A filha de Malévola morrendo de raiva levantou daquele banco de madeira que estava e foi em direção a saída.

Merlin com uma raiva enorme da imaturidade deles e um nervoso que deixava seu coração na mão, fez um rápido feitiço, que lançou um vento e trancou a porta. - Sentem aí agora! Irão ouvir tudo, depois se quiserem sumir e esquecer tudo é responsabilidade de vocês. - Ben e Mal se olharam e concordaram em voltar. - Escutem, tudo até agora, foi detalhadamente planejado. Os sonhos, as inquietações, as dificuldades. Tudo a volta de vocês foi fornecido para que vocês se encontrassem.

- Até o acidente? Quer dizer, o dia em que eu sem querer atropelei a Evie?

- Foi aí que as coisas começaram a desandar. Cedric deveria ficar escondido na floresta, assim como todos os outros guardiões ficam, mas algo aconteceu e para proteger o Livro se mudou para Auradon. O propósito era fazer com que vocês se conhecessem fosse como fosse. Ben, naquela semana você estava confuso, preocupado e querendo atingir em você um extinto que geralmente não usa, uma vez que, sua razão é o que grita em você. Aconteceu de uma forma que não devia, mas a história se manteve, vocês se conheceram.

- Merlin, acho melhor você adiantar.

Rashid pediu, pois se caso o mago falasse demais, tudo bem, eles já falaram muito mais do que deveriam, mas tinha um limite.

- Ok. Vocês se apaixonaram. - Mal e Ben se olharam envergonhados e preocupados por alguém sabe tanto da história deles, além deles mesmo. - E até aí tudo bem, mas atmosfera mudou, o Livro se viu ameaçado e começou a adiantar muitas coisas, tudo para que a história continuasse.

- Você fala de história, afinal que história? Uma filha de vilã e um príncipe? Não me parece algo  pelo que alguém morreria.

- A  história, aliás, o contexto e a finalidade só é revelada para o guardião. Vocês  tecnicamente são personagens

Rashid esclareceu para eles.

- Cedric começou a enfraquecer quando o Livro começou a correr perigo.

- Por que o Livro corria perigo?

- Alguém interferiu na história. Alguém soube que havia uma nova sendo escrita e de uma alguma forma soube de vocês e conseguiu interferir. Quando seu pai soube que você e Mal estavam se encontrando, não estava planejado. Vocês se separaram e causaram uma interferência em todo o contexto.

- Quem foi ?

- Não sabemos ainda. O que aconteceu foi que, quando um terceiro interferiu nas páginas, isso afetou Cedric, que para proteger todo mundo e vocês, entregou o livro para Rashid...

- Espera, então basicamente estamos aqui por que o Livro está em perigo?

Ben interrompeu o mago

- Sim.

- Você disse que era uma escolha nossa acreditar e acatar.  A minha escolha é não, eu não acredito e vou voltar para o meu lugar, a Ilha dos Perdidos.

Mal disse se levantando de novo.

- Vocês...

- Olha, essa casa é de madeira, não é tão difícil destruí-la. Nos deixem ir. Agora

Mal ordenou e Rashid viu Malévola ali.

- Tudo bem

- Tudo bem ?

Rashid perguntou aflito

- É uma escolha de vocês. Mas, está tarde e aqui não tem energia elétrica e Rashid se teletransporta mal durante a noite.

Merlin disse a eles

- Ok, passaremos a noite aqui.

Ben disse e Mal concordou com ele, mesmo que, naquele momento quisessem distância um do outro.

Gostaram? Próximo capítulo tem #bal

Once Upon a DreamOnde histórias criam vida. Descubra agora