O que não pode ser destruído

763 63 22
                                    

Do menino que corria pelo castelo para o quase rei que tentava acompanhar Jay em uma corrida pelos becos. Ben nunca se sentiu tão livre e feliz em toda a sua vida.

— Você não aprendeu a correr em nenhuma de suas aulas de príncipe?

Jay perguntou vendo o quão exausto Ben estava por correr por alguns minutos.

— Entre aulas de piano e esgrima não tenho muito tempo para as de atletismo. — Tentou falar enquanto retomava o fôlego. — Tem água por aí?

—Limpa? Não por agora. Tem que esperar para chegar pelo porto.

— Nossa! Isso não é vida.

Sua vergonha por ser auradoniano e parte da coroa só crescia.

— É a nossa vida. A Mal deve ter achado um atalho e provavelmente está na nossa frente agora.

— Mas ela está sozinha.

Os cinco amigos estavam apostando uma sutil corrida, contudo dado o local em que faziam isso, a simples corrida virou um verdadeiro campo de atletismo cheio de obstáculos e desafios. Carlos e Evie corriam de um lado, Jay e Ben do outro e Mal estava sozinha.

— É a Mal, ela estar sozinha é uma ajuda a mais.

(...)


País das Maravilhas

— Então, como você conhece a minha história? — Horas passaram e Malévola não conseguiu esquecer o fato de que tinha sido enganada, ainda que indiretamente. — Se a história foi manipulada e não existe mais, como a conhece?

— Isso, bom, alguém me contou.

Disse tímido e ficando cada vez mais vermelho

— Quem?

— Parte Cirse e outra parte fadas que conviveram com você.

— Você não sabe mentir.

Era mestre em mentira, sabia distinguir um bom mentiroso.

— Há um livro, não como o de Contos de Fadas, mas um livro clandestino que foi escrito. Claro que ninguém da realeza sabe, apenas magos e bruxos sabem que ele existe.

— Então, Merlin, você e companhia sabem?

Mais pessoas sabiam de sua vida e não sabia se gostava disso.

— Sim, mas como te disse ele não é de conhecimento geral.

— Legal.

Malévola estava confusa e isto não era normal a ela.

— Olha, sabe o que acho? Embora, haja vilões e heróis, quem quer que seja que escreve essa bagunça toda quer que tudo seja revelado. E de certa forma, a sua história continua sendo contada, mas através da perspectiva de outra pessoa.

Rashid queria falar sobre Mal, pois acreditava de fato que de alguma maneira mágica o Livro tinha escolhido a garota por causa de sua mãe.

— Está falando sobre a Mal?

— Como sabe?

— Sou incrivelmente poderosa e você lerdo.

Resumiu deixando-se levar pelos pensamentos sombrios e preocupados.

— Só para você saber, sou um mago e bruxo incrível. Não cheguei a conversar com Cedric sobre isso, mas observando todo o cenário, me parece óbvio isto. Você era uma personagem importante, a principal, e foi retirada de dentro do seu próprio conto. Mal ser escolhida não me parece ser uma coincidência da vida.

Once Upon a DreamOnde histórias criam vida. Descubra agora