Um encontro com o destino

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21 anos atrás

Os cabelos já não eram azuis flamejantes e não brilhavam como antes, assim como os olhos que ganharão um aspecto, que em sua opinião eram mortais demais. Esses fatores pareciam supérfluos, perto da fraqueza que sentia. Nunca soube como era ser um humano, geralmente eles eram jogados no rio e quando isso acontecia nem tinham mais seus corpos cheios de fraquezas e limitações. Dor, isso ele conhecia, entretanto, não a física. Dos seus novos cabelos até a unha do pé, tudo doía intensamente

— É o seu corpo, ele precisa se acostumar a essa nova natureza. — Hestia que era quem o levaria em segurança para longe do Olimpo via como parecia exausto. — Hades, quero que saiba que nem todos concordam com Zeus.

— Do que adianta falar isso agora, irmãzinha?

Zombou, mesmo que até para falar doesse.

— Sabia que nunca vim aqui? — Tentou puxar assunto, enquanto ele guardava as suas poucas coisas. — É um lugar interessante.

— Quem cuidará daqui?

Perguntou preocupado com o reino que cuidou por tanto tempo.

— Ainda não sei, na verdade. — Poderia nunca ter amado viver ali, mas Hades sabia que o Submundo deveria ser cuidado. —Não precisa se esforçar tanto. — A irmã avisou vendo como estava difícil para ele se manter em pé. — Pode ir com calma.

— Hestia, posso te pedir algo?

— Sim, claro.

— Me deixe ver Moros.

Sua voz pouco saía. A força que ainda estava em seu corpo estava esvaindo. Entretanto, ainda que estivesse assim Hestia ouviu bem o pedido.

— Hades...

— Eu já perdi tudo, não tem mais nada que me reste. Me deixa saber pelo menos o que me espera.

— Está bem. — O irmão deixaria de ser deus, sendo assim, que perigo poderia causar a ela ou qualquer um do Olimpo? — Mas, que seja breve.

(...)

— Eu não quero vê-lo e você sabe disso, por que me obrigar?

Mal reclamava, enquanto andava pela Ilha sem saber ao certo o caminho que percorriam.

— Porque quero voltar a ter paz. — Rashid resmungou. Internamente queria usar seus poderes, mas não poderia fazer isso agora, o que era uma grande lastima. — Você reclama demais, por que não pensa no que vai dizer quando ver ele?

— Não tem nada que pensar, nunca pensei que o encontraria.

— Duvido, sempre queremos saber de onde viemos.

Andar pela Ilha dos Perdidos era quase como desbravar Maravilhas, com a diferença que ninguém sorria, tudo era cinza e o sol não brilhava.

— Eu sou filha da Malévola o que mais deveria querer?

— Pergunta, sua mãe que o baniu?

— Não, acredito que não, se ela pudesse tinha matado ele há muito tempo.

— E você? Alguma já desejou matá-lo?

— Não, como desejar matar alguém que não conheço?

— Touche! Então, já pensou no que irá falar com ele?

— Não, claro que não...quer dizer, gostaria de saber por que ele me abandou e por que nunca me procurou e se fez isso por uma razão, por que?

— Guarda tudo isso, porque chegamos.

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