Tchau Auradon

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Logo que amanheceu todos no castelo estavam tomando café. Mesmo sem dormir mais do que cinco horas Ben  se apresentou na mesa com um grande sorriso.

— Alguém me diz por que acordamos tão cedo? Já está na hora de irmos?

Carlos perguntou ainda com sono

— Come primeiro e perguntas depois.

Jay diz com os olhos brilhantes com a mesa posta.

— Eu pensei que, se quisessem, poderiam conhecer Auradon antes de irem.

Ben  ofereceu entusiasmado.

— Eu ainda não sei o que tem de tão interessante aqui.

Mal disse em seu mal humor matinal.

— Poderíamos ver alguns castelos?

Evie pergunto parecendo a mais animada dentre eles

— Se quiserem. Tem muitos lugares interessantes e coisas que com certeza não viram na Ilha dos Perdidos.

— Por mim tudo bem. Assim que minha mãe me vir vai querer que eu limpe seus casacos mesmo, por que não aproveitar?

Carlos pensou.

— Não vejo porque não

— Mal?

Ben  perguntou receoso pelo que ela iria dizer.

— Tudo bem por mim.

— Ótimo.

Depois do último sim. Ele  pediu para arrumarem a limusine para saírem. Eles não poderiam ir há muitos lugares, já que, o povo estava pelas ruas e Ben  não queria que ninguém vesse as meninas e meninos.

— Então, para onde vamos?

Mal perguntou tirando atenção das ruas. Ela gostou da quantidade de cores que aquele lugar tinha.

— No fliperama

— Flip o que ?

— Vão ver quando chegarem

Ele nunca tinham visto coisas tão estranhas, porém bastou Ben  explicar como se jogava cada game que eles voltaram a infância. Pulavam de vídeo game a outro, felizes e empolgados com tudo. Evie não gostou muito, principalmente por causa dos meninos, que vez ou outra esqueciam que se tratava só de jogos. Contudo, Mal não, ela se divertia com os rapazes. Ela e Jay sendo tão amigos jogavam de tudo e envolviam Carlos também.

— Joga comigo?

Ela perguntou a Ben , que estava parando somente assistindo.

— Não sei se devo.

Disse receoso ao ver como Jay e Carlos estavam após uma partida com ela. A garota era bem mais competitiva que todos juntos ali, incluso Jay.

— Com medo?

Aquele sorriso travesso que geralmente assustava as pessoas só fez com que ele quisesse jogar mais ainda.

— Vocês também estão vendo a Mal jogar com o príncipe de Auradon né?

Evie perguntou assustada e recebeu uma resposta igual dos meninos. Contudo, os dois estranhos estavam imersos no próprio mundo, mesmo que, envoltos por uma máquina velha de fliperama.

(...)

Dali seguiram para uma sorveteria. Se seu palpite tivesse certo eles nunca haviam experimentado a sobremesa

— O príncipe aqui? É um prazer receber o senhor.

O dono do estabelecimento disse contente por ter alguém da realeza em sua loja.

— O prazer é meu lhe garanto. Você poderia me servir cinco copos de sorvete de chocolate?

Se outra vez estivesse certo eles não sabiam de vários sabores, por isso pediu o seu sabor preferido

— Por que isso é tão gelado ?

Jay reclamou e ao mesmo tempo todos os outros quatro fizeram cara feia ao colocar a primeira colher na boca.

— Mas, é muito bom

O filho de Cruella disse ao pôr a segunda colher na boca.

Ben  poderia dizer com certeza que ver a alegria deles ao comer algo que ele conhecia desde de pequeno era fofo.

(...)

Adam voltando para casa com um semblante de raiva exposta na sua cara. Até quando viveria dessa forma? Ele estava com medo e receoso de algo acontecer com seu filho.

— Adam, eu posso ir até o Olimpo de novo e tentar conversar

Fada Madrinha ofereceu, mesmo que, não ajudasse em nada, ver a raiva do rei naquele momento lhe assustava mais do que os próprios raios de Zeus.

— Não, esquece isso, esquece tudo.

Sua voz suave causava arrepios na diretora.

— Adam talvez se...

Bela passou as mãos pelos ombros do marido

— Por favor não falem mais nada.

Pediu antes que a esposa terminasse a fala. Só queria ficar quieto pensando nas suas teorias fossem essas boas ou más. Amanhã seria um novo dia e talvez repensasse a ideia, mas agora não.

(...)

No final do dia Ben  levou as crianças de volta para o castelo. Eles podiam dizer que estavam exaustos do dia que passaram, porém felizes e para os Vk’s era uma sensação estranha estar se sentindo tão bem em território inimigo. A alegria era por terem experimentado novas comidas, jogando um jogo e terem um dia em que não machucaram ninguém.

— Se quiserem tomar um banho, a limusine chega daqui umas duas horas.

Ben  disse a eles que continuavam em êxtase pelo que vivenciaram.

— Está bem

Jay e Carlos foram ajudando Evie que precisa de apoio, enquanto Mal parou no último degrau.

— Só para deixar claro eu deixei você ganhar na última rodada.

Mal disse quando sobrou os dois andando pelo  castelo

— Ah? Você deixou?

— Claro, você é o filho do rei, considere meu primeiro ato de bondade

— Então, acho que teremos que jogar uma próxima vez para que eu ganhe de você de forma justa.

Ben  sabia que tinha uma namorada e não deveria ter dito aquilo e não foi proposital, mas sim, ele queria ver Mal mais vezes.

Mal também sabia que não veria ele tão cedo, porém não deixou de sorrir com a afirmação dele.

(...)

— Gus, separa meu carro para mim, por favor.

Ele pediu ao seu criado.

— Sim, senhor. A propósito seu pai chegou

— O que?

Seu coração parou quando ouviu isto. Adam deveria chegar mais tarde.

— Sim, tem uns dez minutos

Seu rosto branco ficou mais pálido ainda e sua única reação foi correr. O castelo era enorme e ele queria ter a sorte de que os pais não encontrassem seus amigos.

— Mãe! Pai! — Gritou tentando mostrar uma falsa animação. — Vocês chegaram! — Abraçou eles

— Acho que nunca te vi tão feliz nos vendo chegar

Bela falou recebendo o abraço feliz e sem nenhuma desconfiança

— Estou realmente muito feliz! Quer saber, vou dar espaço para vocês, vou ali

Antes deles contestarem ele correu até quarto onde Mal e os outros estavam hospedados

— Tudo bem aí ferinha júnior?

Jay perguntou ao ver o nervosismo de Ben  ao fechar a porta.

— Meus pais chegaram

Ele disse com a voz ofegante por ter corrido pela escada

— O que nós fazemos ? O rei não ficaria feliz em ver os filhos de vilões aqui

Carlos perguntou já desesperado

— Você tem um plano?

Mal perguntou tentando não mostrar seu medo para os demais

— A gente precisa do controle que fica na limusine e ninguém pode ver vocês, meu pai principalmente

Ben  disse todos os dados, mas com certeza não havia um plano

— Ok, precisamos de uma distração para passarmos pelo castelo.

Mal falou.

— Jay! — Ben  gritou parecendo ter um plano ao ver o garoto. — Eu te apresento como um primo do Aziz

— E nós três?

— Eu vou distrair eles e vocês passam e vão para a garagem. Sabem chegar lá?

— Espero que sim.

(...)

— Mãe, eu vou levar o meu amigo para conhecer a Auradon Prep.

Ben  disse para a mãe que estava parada na sala conversando com Lumiere

— Amigo? Este eu não conheço.

— Não? Ele é primo do Aziz e veio conhecer Auradon

— Prazer, sou a mãe dele, Bela

Ela disse sorridente e estendeu a mão para Jay que não pegou na mão da rainha e ficou olhando para Ben . Jay geralmente não ficava com medo, mas agora estando frente a frente com a rainha de Auradon sentiu um leve calafrio

— Ele não fala nossa língua. Mora bem longe de Agrabah, por isso as roupas.

— Jura? Não sabia que Aladdin e Jasmine tinham parentes além da fronteira. — FOI UM PRAZER TE CONHECER. —A rainha tentou gritar e fazer gestos para que o menino a entendesse.

Antes que tivesse um colapso nervoso na frente da mãe, pegou Jay pelo pulso e correu para longe.

(...)

— Gente? — Ben  sussurrou já dentro da garagem. — Tem alguém aqui? — Perguntou e sentiu alguém puxar sua gola da camisa . — Aí! Graças a Deus.

— Deu tudo certo?

— Mais ou menos, aliás a rainha é maluca.

Jay não perdeu a oportunidade de dizer

— Vamos cair fora logo.

Mal pediu antes que eles fossem pegos

Os quatro entraram rápido no carro do príncipe, enquanto ele ia pegar o controle que abriria a barreira. Como suspeitava Potter estava dormindo serenamente na parte de trás da limusine, graças a isto, foi fácil pegar o controle.

Como era noite não teria muitos problemas para passar com o carro pelas avenidas principais.

— Como vamos contar para os outros que viemos para Auradon?

Carlos perguntou já dentro do carro e em segurança.

— Não vamos.

Jay afirmou

— O que? Por que? Foi a maior aventura da minha vida.  

— Viemos em Auradon e não causamos nenhum dano. Sem brigas, roubos ou maldade. Não seria bom para nós .

Jay disse a ele e as meninas

— É, minha mãe não ficaria feliz de saber que passei três dias em um castelo e não me apropriei dele.

Evie lembrou de sua mãe e a vaidade dela

— E você Mal,  não vai querer jogar na cara de Uma que ficou longe da Ilha por três dias?

— E daí? Ficamos presos em um castelo. Jay tem razão, o melhor é fingir que nada disso aconteceu.

Eles não sabiam, mas Ben  ouvia tudo e ficou chateado de saber que eles queriam esquecer de Auradon e dele.

— Pronto, chegamos.

O príncipe disse quando a barreira se abriu para eles.

O carro passou com tranquilidade dessa vez para alívio do jovem

— Lar doce lar.

Mal disse ao pisar o chão da Ilha. Poucas vezes esteve tão feliz

— Estão entregues.

Ben  sorriu com as bochechas rosadas feliz por ter conseguido ter trago para casa.

— Obrigada Ben . —Evie agradeceu contente. — Pelas muletas, hospitalidade e todo resto. — Ela dizia como uma verdadeira princesa

— Não fiz mais do que minha obrigação, aliás eu que peço perdão por ter te atropelado e todo o inconveniente depois disso, perdão a todos vocês

— Relaxa mini fera. Toda a comida já compensou.

Carlos brincou.

— Evie eu volto daqui duas semanas para você tirar o gesso. Te encontro aqui?

Ele lembrou a ela

— Sim, é melhor.

— Tudo bem, foi um prazer conhecê-los.

Ele disse, porém seu olhar estava na menina dos cabelos roxos.

— Igualmente, foi bom conhecer quem será o próximo rei idiota de Auradon.

Ele riu do comentário sarcástico dela. Poderia não saber, porém ela realmente foi feliz de conhecer o príncipe.

— Amei conhecer você mais ainda Mal, futura rainha da Ilha. — Ele ousou a dar um beijo na bochecha dela. Como foi de surpresa, não deu tempo para ela esquivar ou dar um soco nele. — Tchau.

Toda a imagem que teve foi dele olhando para trás com seu sorriso tímido, mãos nos bolsos e tentando não cair nas poças de água no chão.






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