Estados Unidos de Auradon
E tudo voltou ao normal. As aulas em Auradon Prep. estavam a todo vapor, principalmente com o último ano letivo chegando ao fim, enquanto Adam convencia os conselhos a não adiar a coroação do filho.
Ben estava tão imerso em tantos trabalhos escolares e reuniões com a nobreza que nem parecia que um dia invadiu a Ilha dos Perdidos e quase matou a filha da Rainha Má. Tudo não passou de um pesadelo que esqueceu...ou quase.
— A próxima aula é com a Primavera, vocês fizeram o trabalho dela?
Chad perguntou aos amigos, enquanto andavam pelos longos corredores da escola
— Eu tenho uma reunião com meu pai.
Ben falou sem um pingo de animação.
— E eu tenho um encontro com a Fada Madrinha sobre o baile do final de ano.
Audrey falou sendo a organizadora principal dos eventos dali.
— Ou seja eu sou o único que tem que estudar. Será que existe algum lugar onde não tem escolas?
— Sinto muito Chad, até na Ilha dos Perdidos tem escolas.
Disse sem maldade alguma de poder ter dito isto na frente de Audrey.
— E como você sabe disso?
A filha de Aurora perguntou.
Foi aí que ele notou que falou mais do que deveria.
— Ah, eu...eu....eu devo ter ouvido em umas das reuniões com o conselho estudantil. —Tentou mentir. — Vou indo, porque a limusine está me esperando
(...)
Ilha dos Perdidos
Nunca em seus dezesseis anos de vida Mal se sentiu incomodada em viver na Ilha, porém agora parecia que até o mais fraco dos ventos estava a irritando. O que mais estava a animando era a sua arte nos muros.
— Ei Mal.
Um grito fino chamou atenção da garota. A voz era de uma certa azulada que estava em velho castelo
— Oi. —Sua voz desanimada dizia muito sobre como estava se sentindo. — Como está?
— Bem, apesar desse gesso ser bastante incômodo
— Sua mãe encheu o saco?
Com um de seus talentos ela escalou a parede e foi até o castelo dela
— Se ela tivesse notado, ontem foi noite de encontro entre ela e as amigas. —Não iria dizer, mas ficou feliz de Mal ter parado ali para conversar com ela. — E Malévola?
— Por incrível que pareça ela notou que eu sumi, mas é só ameaçar com meu pai que ela me deixa em paz.
— Espera, você sabe quem é o seu pai?
— Digamos que sim. — Era uma maneira dizer que Malévola sempre jogava na cara que ela era igual ao seu fraco pai. — Rainha Má não te disse sobre o seu?
— Se ela soubesse quem é.
A casa de Evie, apesar de ser afastada da parte central da Ilha também proporcionava uma ótima visão sobre todo o pequeno lugar. Mal observava como diferente de Auradon, sua adorável casa parecia ter menos de uma cor presente.
— Quando o príncipe vai voltar para tirar esse treco do seu pé?
— Depois de uma semana eu acho. Saudades?
— Você não deveria ir sozinha, ainda não confio nele.
Disse séria e ignorando o comentário anterior
— E quem iria comigo? Porque te garanto que eles não receberiam bem a minha mãe
— Se quiser, eu posso ir.
— E por que você faria isso?
Evie quis saber já que dá última vez que checou elas não eram amigas.
— Bom, eu não sou uma pessoa muito ocupada e não confio naquele pessoal
— Se você insiste.
Elas não falaram mais. Mal voltou a olhar para a rua e ver todas aquelas pessoas andando de um lado para outro parecendo não ter um sentindo.
(...)
Estados Unidos de Auradon
Rashid, o velho professor de Auradon Prep. estava correndo pelos corredores para achar a biblioteca, aliás achar Cedric.
— Graças a Deus te encontrei
Disse afobado quando viu Cedric colocando alguns livros em uma estante
— Que cara é essa? E eu sempre estou na biblioteca
Continuou com seu trabalho de colocar os livros para as estantes. No começo gostou de trabalhar ali, mas estava começando a achar tediante ficar o dia todo naquela sala
— Precisamos conversar
Falou baixo para ninguém ouvi-los
— O que foi? Falando baixo por quê? Não posso sair daqui antes das 23:00 horas.
— Cedric é sério.
A movimentada biblioteca impedia que dissesse o que queria.
— Então, diz o que tem de errado.
— O rei está atrás da Cirse.
Disse no ouvido dele que soltou o livro que carregava fazendo o forte barulho ecoar na biblioteca. Havia anos que nunca mais ouviu se quer o nome da bruxa.
— O que?
— Vamos sair daqui. Eu ouvi um papo da Fada Madrinha e a coisa é bem mais séria
Não seria ruim sair da sala, ainda mais com essa provável preocupação sobre Cirse.
(...)
Ben estava na reunião com o pai há duas horas. Não sabia o que estava acontecendo com ele, ia em reuniões desde pequeno, isso não era novidade, mas por algum estranho motivo ficar nelas estava ficando cada vez mais difícil. Ouvir as mesmas queixas, as mesmas estranhas soluções e os mesmos papos. Ele sabia o que tinha que falar para agrada-los, havia um texto pronto de todas as respostas que deveria dar.
Auradon tinha outros problemas além daqueles e se eles se atravessem a falar sobre a Ilha dos Perdidos e todos os problemas deles? Como seria se ele se atrevesse a falar de que aquelas pessoas viviam sem o mínimo de saneamento básico?
— Ben o que acha?
Seu pai perguntou aleatoriamente apenas para que o filho dissesse algo e participasse da conversa deles
— Acho que o Duque Pedro tem razão.
Sorriu para o senhor conservador que gostava de ouvir que tinha razão
Adam observou o filho e percebeu que sua mente estava distante dali uma vez que, se conhecia bem o jeito sonhador do menino ele nunca concordaria com fala do velho duque. Ben estava diferente, mas o que poderia ter acontecido que mudasse tanto o filho do rei?
...
CAPÍTULO PEQUENO, depois posto o outro
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Once Upon a Dream
أدب الهواة"Eu te conheço, andei com você uma vez num sonho. Eu te conheço, seu olhar tem um brilho familiar e eu sei, é verdade que as visões são raramente o que parecem." O amor de Ben e Mal era um amor que já estava sendo escrito há vários anos. Quando fina...