Once Upon a Dream

Espero te ver de novo

Ben nem sabia o que fez ao certo. Ele só obedeceu a seus instintos. Não foi longo, mas foi intenso. Um beijo que não esqueceria tão facilmente e com certeza não tão rápido.

Quando os lábios de ambos soltaram um do outro, eles se olharam com medo e sem saber o que dizer. Ele com medo do que ela poderia fazer, enquanto Mal não entendeu o que tinha acabado de acontecer. Sim, foi um beijo, mas por quê? Por que o príncipe fez isso e por que tudo parecia um nevoeiro em sua cabeça? Muitas informações e depois deste fatídico beijo mais confusa estava.

— Eu vou entrar.

Malévola disse afastando-se dele, que ainda não sabia o que dizer e estava surpreso por ela ter dito só isso

— Eu também, quer dizer eu também vou, também vou dormir, eu vou para o carro.

Envergonhado e confuso Benjamim saiu de perto e foi para o seu automóvel.

(...)

Não foi uma noite fácil, para nenhum dos dois. Como entender que a voz e os olhos de um sonho podiam ser reais? Não podiam negar, eram os mesmos. A idêntica voz e o semelhante olhar. E agora este beijo.

Mal, a menina explosiva que já se meteu em uma briga só por causa de uma lata de spray ficou sem reação em relação ao ocorrido. E Ben, o leal menino acabará de trair a sua namorada e mesmo com a consciência estalando a sua cabeça, gostou do beijo.

(...)

Castelo da Fera

Adam estava em casa. Isto raramente acontecia, porém lá estava o rei de Auradon. Sentado em seu escritório ele estava fingindo ler um livro, enquanto sua cabeça vagava em um mar de preocupações.

— Madame Samovar fez seu chá.

A voz angelical de Bela chamou sua atenção

— Como sabia que estava aqui?

Perguntou nitidamente feliz por vê-la ali

— Bom, digamos que ter o rei em casa é quase que um evento. — Serviu a bebida para ele que descansou na cadeira. — Então, você e eu sabemos que não está lendo este livro, o que está acontecendo?

— Ben. Estou preocupado com nosso filho, Bela. — Confessou e quando ouviu isto a mãe preocupada sentou ao lado do marido para ouvir. — Ele não é o mesmo. Não sei explicar, está desatento nas reuniões.

— Mas disse que os ministros começaram a ceder

— Sim, mas não sei Bela. Não sei explicar, porém aquele não é o nosso Ben

(...)

Pela manhã Evie acordou e se deparou com Mal já acordada, podia não conhecer tão profundamente a filha da Malévola, contudo sabia que ela não era uma pessoa matutina.

— Já acordada?

Para Evie era como acordar em um doce sonho. Cercada de pássaros, céu azul e uma cama maravilhosa, enquanto para Mal sonhos deveriam ser esquecidos e casos isolados.

— Hã? Sim, é meio difícil dormir por aqui

— Jura? Mesmo com essa maravilha de cama? Você é estranha Mal. Ontem vi você entrando tarde, por que ficou lá fora?

— Nada, será que sua médica já chegou?

Ela levantou rápido, mas não sabia se seria bom ou ruim sair lá para fora.

— Bom dia, eu já ia bater. — Clara disse com a mão quase já na porta, porém Mal já tinha aberto. — O Ben disse que eu poderia entrar, ele avisou que foi ver se conseguia algo para vocês tomarem café. — Clara falava o mais rápido que podia, pois só o olhar da garota parada na porta a assustava. — Posso entrar?