Foi Só um Sonho

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Aquele sonho foi só o começo, porque a partir daquele dia Ben não teve uma noite de sono completa. Entretanto, para a sua possível alegria, nem sempre eram pesadelos, as vezes tinham belos sonhos, mas só as vezes.

"Desta vez não estava naquela estranha floresta, porém o local era tão estranho quanto. O lugar era tão sujo e escuro, como se não tivesse nenhuma fonte de luz, fosse ela elétrica ou solar. Onde podia estar? Ben começou a andar e descobriu que este era de longe o ambiente mais assustador que já esteve. Um ambiente sombrio se instalou, uma nuvem de fumaça e um frio que nem nos invernos de Auradon sentiu. Estar ali o arrepiava todo, mesmo que, a mesma sensação de familiaridade permanecesse nele.

Nem se daria o trabalho de chamar por alguém. Enquanto o seu sono o prendesse tentaria descobrir onde estava. Assim fez, continuou a andar pelas ruas esburacadas, sujas e tortas. Como poderia um carro passar por esses becos? Se é que alguma coisa ou pessoa andava por ali. Havia lojas, mas vazias, casas que pelo seu estado deveriam estar abandonadas, nada com vida parecia ter existido nesse lugar.

— O futuro rei de Auradon aqui?

Aquela doce voz disse de novo. Ela não falava com ele há alguns dias. Ao mesmo tempo que começará a gostar do som dela, ouvi-la sem mais nem menos estava começando a irritar.

Ah, então você sabe disso, você sabe o meu nome, de onde vim e até agora não faço ideia de quem você é.

Estava começando a achar que estava no mínimo louco, uma vez que, parecia que estava falando sozinho.

Enquanto ainda vagava sem saber ao certo para onde estava indo ou se aquela voz falaria com ele outra vez. Ele percebeu uma sombra passar por ele uma e outra vez. Aquele lugar que já propiciava o medo só fez a situação piorar. Quando finalmente conseguiu ao menos tocar na pessoa que o rodeava, tudo que viu foi um tufo de cabelo roxo passar em sua cara."

E aí fim, acordou.

Sentou-se na cama com raiva. A pior parte era essa, quando acordava sem entender nada, porém pelo menos dessa vez tinha mais que uma voz, se é que aquilo foi alguma coisa.

Ben levantou e foi lavar o rosto. Em uma hora seu despertador deveria acordá-lo, mas lá estava ele olhando no espelho e se perguntando se estava ficando louco.
Uma coisa tinha que admitir, ouvir aquela voz era tão bom e reconfortante. Como filho do rei conhecia quase todo mundo da realeza, já esteve em praticamente todos os Estados e diariamente conversava com centenas de pessoas, então faria sentido pensa que conhecia a pessoa, porém também sentia que nunca ouviu nada igual. Era isso, ele estava ficando louco.

(...)

Fada Madrinha foi chamada com urgência no dia que Ben teve o primeiro sonho. Desde aquele dia tentava descobrir, através da descrição do menino se realmente existia uma floresta daquela forma, o que ficou claro para a fada era que realmente tinha razão, a maldição da Feiticeira começou a se cumprir, agora era descobrir como ela agiria no herdeiro ao trono.

(...)

Tempos depois

Os meses que se passaram foi só isso. Sonhos e mais sonhos. Ben nem acreditava mais ser o mesmo. Cada vez mais dormia menos e não prestava atenção ao mundo ao seu redor, se estava acordado queria dormir e se dormia desejava acordar de pesadelos.
Não queria incomodar mais os pais, porque as vezes os pesadelos eram tão horríveis que sem perceber falava sozinho e gritava no meio da noite e se isso acontecesse enquanto estava no Castelo, Bela e Adam imediatamente iam nele, por isso todo este sofrimento ficava com ele

— Ben, tudo bem?

Doug perguntou. Amigo de infância e parceiro na aula de química.

— Ah? — Ele estava pensando no pesadelo da noite anterior, ou estava só dormindo, difícil dizer. — É, estou bem.

Once Upon a DreamOnde histórias criam vida. Descubra agora