Entrando em caos

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Mal olhava encantada para Ben, que dormia na sua antiga cama. Queria tanto ter total certeza da sua decisão, mas isto parecia ser a coisa mais difícil que estava fazendo em sua vida. Passeava os dedos nas bochechas dele pensando em seu futuro.

— Bom dia.

Quando viu o sorriso dele se alargar, o beijou antes que tivesse a chance de dizer alguma coisa.

— O melhor bom dia.

Comemorou a beijando outra vez. Estando ainda na cama e com os lábios unidos aos dela, Ben passou os braços ao redor dela e a puxou de volta para cama.

— Ben!

Ele a puxou para cama outra vez.

— O que?

— Não podemos ficar aqui.

— Você disse que depois que passarmos a barreira tudo será diferente. — Tirando os fios do cabelo púrpura de seus olhos a encarou seriamente. — O que quis dizer?

— Uma vez me pediu para confiar em você, hoje sou eu que te peço,
confia em mim.

— Vou tentar.

Beijou as mãos dela, embora quisesse saber o que aconteceria. Algo dentro dele temia pelo que aconteceria quando saíssem da Ilha e fossem para o tal Templo de Eros.

— Amo você, sabia?

— Suspeitava. — Brincou ganhando um leve tapa dela. — Também te amo, princesa da Ilha.

— Principezinho mimado.

(...)

— Malévola sabe de Mal e isso com certeza não é um bom sinal.

Hades passou a informação para os amigos da filha,

— E por que ela não veio atrás de nós ainda?

Jay perguntou preocupado.

— Não sabemos e não vamos ficar pensando o porquê disso.

— Onde estavam?

Evie perguntou a amiga.

— Preciso da concentração de vocês. — Hades voltou a dizer começando a ficar com raiva com a falta de atenção dos adolescentes. — Obrigado. — Rashid, você levará Mal e Ben até o templo. — O menino de Maravilhas levantou a mão para perguntar o que fez o professor bufar de raiva. — O que foi coisa laranja?

— Como posso levar eles há um lugar que não conheço? Até onde a minha curta memória de gato me lembre nunca fui ao templo de Eros.

Rashid avisou.

— Às vezes esqueço que vocês mortais não sabem muito da minha Grécia.

— E também esquece que não é mais um deus grego.

Mal falou recebendo as risadas dos amigos e o olhar fulminante do pai.

— Obrigada filha, pela maravilhosa lembrança. O templo de Eros não existe de forma física. — Todos olharam para ele com cara de desentendido. — Não existe um templo de Eros. Em todo mundo há ruínas da Grécia, elas existem para conectar os humanos aos deuses.

— E como sabe que Eros vai querer vir falar com eles?

— Como estava dizendo, ou tentando dizer, enquanto Mal e Ben estiverem lá, vocês tomaram conta para que nada, incluso Malévola atrapalhe Mal a pegar a flecha.

— Por que isso? Não foi tão difícil pegar as outras duas.

Mal perguntou, enquanto se mantinha abraçada a Ben.

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