|Cap. 50|

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Eu sempre prometo para não cumprir. Haha

Mas vejam bem, estou fortemente tentando!

A esperança é um capítulo por semana (quem sabe dois!), e o sonho é terminar esse livro e ir para o outro. É tanta coisa, tanto acontecimento e tanta história que acabo ficando frustrada de não conseguir escrever tudo o que meu cérebro pensa. 

Também estou encucada com essas capas dos livros. Vocês, o que acham delas? Minha ideia era uma cor só e o título todo floreado em letras de carta e algum símbolo real (daí eu inventaria um que representaria a casa Korcwovski. Hehe), mas nunca tenho tempo para perder caso dê ruim.

Enfim, espero que sigam gostando dos capítulos e me desculpem as mensagens rabugentas que vou deixando neles. Haha

Um abraço e até a próxima,

Jane B.

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Bjornan me guia pelo amplo e abarrotado salão enquanto rapidamente cumprimenta conhecidos com um leve aceno de cabeça. Paramos uns instantes em um dos cantos da sala, aceitamos taças de champanhe bem servidas por empregados que circulam magistralmente pelo ambiente quente e cheio. Seu olhar varre natural todo o espaço, seu corpo firme parece me esconder parcialmente no mundo que nos cerca.

-- Te darei alguns minutos antes de um turbilhão vir nos cumprimentar, Helena. -- Bjornan diz logo após dar um longo gole  em sua bebida.

-- E como conseguirá me dar algum tempo, senhor? -- burlo de suas falas insensatas diante dos olhos curiosos e dos corpos energizados que parecem loucos para nos apertar na parede a minhas costas e arrancar toda a verdade do mundo de nossos lábios.

-- Veja bem, senhorita, não sou um homem fácil. E eles, todos esses belos espécimes da alta sociedade francesa, conhecem essa verdade que significa o meu mal gênio. -- ele diz num pequeno e sensual sorriso.

-- Acredito poder concordar fielmente com tais apontamentos, senhor. -- o respondo atrevida, meus olhos se divertindo de suas palavras e minha pele se sensibilizando com seu alhar quente que percorre meu corpo.

-- Minha bela Helena, fico feliz que se sinta energizada e tão fortemente incentivada a concordar com os presentes. Espero que guarde um pouco dessa energia para o final da noite. -- suas palavras queimam o oxigênio que nos circunda, me acendem e me envergonham ao serem proferidas em público. -- Não tenha medo, não escutaram. -- ele segue sussurrando, seus olhos verdes fixados aos meus, sua intensidade me consumindo rapidamente. 

-- Senhor... por favor!... -- tento acrescentar sem jeito, envergonhada e aquecida diante de suas palavras, seu olhar firme e a promessa futura.

--Não se acanhe, Princesa. Apenas use sua elegância, inteligência e doce beleza pra conseguir respostas. 

-- Agora sabe usar meu título, senhor?!

-- Vamos, Helena, não desfaça o divertimento que tão amavelmente tomava seus olhos e acalentava meu corpo ao ter a sorte de vislumbrar. 

-- Acha que eles logo não descobrirão que mentiu?

-- Estou apenas nos dando tempo. Seria impossível ter algum momento para buscarmos respostas se soubessem com quem estavam lidando. Seria todo um burburinho, toda uma bagunça. E os falatórios sobre a ausência de uma dama acompanhante... Deus, estou nos dando tempo para lidar com o que vier no futuro, senhorita.

-- E só pensou nisso agora, depois de me trazer aqui sem acompanhante? -- digo provocativa, o sorriso se insinuando em meus lábios com a ideia iniciada. Sou conhecida como uma mulher independente, uma solteirona convicta e possivelmente a maior vagabunda da realeza por não ser casada e sempre ir a bailes desacompanhada de honrosas e velhas damas.

-- Talvez eu queira que eles pensem algo, que eles insinuem algo que me faça tentar angariar sua mão em casamento. -- Bjornan acrescenta num sorriso sexy ao tomar conta de minhas palavras provocativas.

-- Sinto, senhor, mas declinaria sua oferta tão rápido quanto a escutasse. Não me casei até hoje, mesmo tendo todas as boas opções do mundo, então não seria pela força de qualquer obrigação social que despejaria a minha felicidade na mão de um homem.

-- Minha doce diaba russa, talvez seria eu a exigir que reparasse minha honra pelo casamento. -- ele ri -- Mas agora precisamos ir, o tempo já foi mais do que suficiente diante dessa multidão em pavorosa. Vamos, rode as saias desse seu vestido bonito e caro, cintile seus sorrisos como as joias que carrega e encare comigo o desafio desta noite. -- ele diz pouco antes de brindar nossas taças num ato repentino e divertido. E sem me dar tempo para qualquer protesto, se vira para o público e acena naturalmente a cabeça como dando um silencioso consentimento para que os convidados se aproximassem. 

-- Então, senhor, te vejo no fim da noite. -- acrescento num sussurro ao seu lado antes de abrir um enorme sorriso aos corajosos que se disponibilizam a nos cortejar uma primeira conversa.

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