|Cap. 22|

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Um abraço,
J.B. 😁😉
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A entrada do casebre é estreita e escura. O cheiro é de mofo, umidade e solidão. A cada passo em meio ao velho meu coração se descompassa. Em cada passo em meio as paredes resistentes contra o tempo e contra a guerra, ao descaso dado ao ambiente abandonado e ao silêncio que só se quebra em função das pisadas ritmadas quase como em música das mais tristes e desoladoras eu me pergunto se terei coragem de continuar.

Seguimos apenas nós três, André, Gues e eu, ao destino reservado. Os homens de André, suas sombras bem treinadas e mortais estão todas e cada uma em seus postos demarcados, ocupando as funções e as obrigações na proteção do lugar, do tesouro que se fecha ali naquele fim de mundo.

A delicada flor da Magnólia, a jovem presa em um destino cruel foi trazida pelos homens e pelo vento que desmanchou em noite. A menina, a mulher que aceitou caminhar entro o fogo do inferno foi estrategicamente colocada nesta casa velha, abandonada e sem valor pelo homem que caminha a minha frente, que carrega meu sangue e que tem no coração as marcas de todos os pecados. Mas não sou eu também uma pecadora? Mas não sou eu a mais asquerosa entre nós? Essas perguntas tomam minha mente em cada passo, arrombam meu coração em cada golpe desenfreado que ele ousa dar para bombear o sangue e me manter viva. Assim, escutando um coração que martela alto em meus ouvidos, uma consciência que pesa em minhas ideias é que chegamos ao tão temido destino.

-- Irmã, antes de entrar, preciso que saiba algumas coisas mais. -- André me informa suave, sua voz um rascunho brando de seu temor. -- A mulher que verá agora não é confiável. -- inicia -- Sei que escutar isso, principalmente depois de tudo o que ela passa e aceitou continuar passando em nome da vida de outros desconhecidos não me dá direito de julgá-la. Mas, irmã, é justamente por isso, por ter seu destino tão malditamente traçado que não posso deixá-la se arrepender, me entende?! Ela terá que pagar o preço dos outros mesmo que isso custe o dela, ela terá que ir mesmo que se arrependa com todas as forças. -- ele termina ainda brando, sua voz não se alterando um milimetro ou um compasso, seu coração me soando frio em cada escolha enfiada goela a baixo na vida de outros.

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