Desejo Viking

|Cap. 9|

O CAPÍTULO CONTÉM CENAS DE SEXO OU VIOLÊNCIA EXPLÍCITOS.

Indicação de música:  Earned it (Fifty Shades Of Grey), The Weeknd 

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Sinto meu corpo tremer ao sentir o calor que o pressiona firmemente. Minha musculatura retrai em luxuria e posso escutar nitidamente os suspiros ecoarem pelo amplo quarto. Pesadas respirações, minhas e do homem que se posiciona sobre mim, enchem o quarto com a sensualidade irrestrita e o desejo acumulado. Minhas mãos se apertam em suas largas costas, minhas unhas marcam um caminho por toda pele dourada que se estende sobre mim. Meus lábios buscam atrevidos, sugam corajosos e necessitados do sabor masculino e tentador de um selvagem lindo. 

Nossos corpos se apertam em vontade, suas enormes mãos rasgam sem piedade o tecido fino da camisola que uso, seus dedos apertam meus seios ao ponto de uma estranha e deliciosa dor que só a mais ténue vontade consegue aceitar. Seus quadris se arrastam em movimentos duros sobre os meus, apertando sua necessidade latente sobre meu ventre em chamas. Me sinto não só corajosa, mas dona da própria vontade e da sabedoria do que meu corpo tão quente causa em seu corpo que treme no desespero de um homem que quer, busca e toma. 

-- Espero que tenha certeza sobre o que faz, senhorita... -- ele surge ofegante, forçando as palavras por lábios que marcam minha pele de forma impiedosa. 

-- Foi o senhor mesmo quem disse que somos adultos! -- lhe entrego um riso de provocação -- Fique tranquilo, não te levarei do quarto para o altar. -- rebato antes de puxar sua boca para a minha e marcá-lo num beijo quente, que rouba nossas respirações um pouco mais e que explora o sabor e o calor que este enorme homem pode me oferecer. -- Agora, por favor, eu preciso disso! -- afirmo com brusquidão, sem deixar espaço para que o corpo sobre o meu reaja em minhas investidas. 

-- Como desejar, Princesa. Estou aqui para servi-la! -- ele sussurra em meu ouvido, arrepiando os pelos de minha nuca e me fazendo contorcer de antecipação.

Seu quadril se acomoda melhor entre minhas pernas que o apertam destemidas, seus braços se firmam de cada lado do meu corpo. Seus olhos me procuram pouco antes de investir toda sua força em mim. Dentro de mim.

Sinto quando ele me invade, marca grosseira e deliciosamente minha pele em cada brusco contato. Seu corpo quente, sua força infindável, seu desejo estampado em olhos quentes. O movimento se torna harmonioso, meu corpo aprende a caminhar com o dele rumo ao prazer, mas minhas mãos e minha língua não se esquecem da massa firme que me prende nem da necessidade que cresce.

-- Maldição! Talvez você consiga mesmo me levar para o altar.-- ele diz duro, sem ar enquanto investe repetidas vezes sobre mim. O brilho do suor banha nossos corpos, a respiração quente é um fator a mais para facilmente nos levar ao paraíso.

Levo minhas mãos em nossa união, busco íntima entre nossos corpos o ponto do prazer e da tormenta. Traço, conhecedora, firmes e rápidos movimentos sobre a superfície quente do meu prazer. Não há palavras para descrever o que se forma, das investidas que balançam meu corpo e do ardor de algo que ameaça explodir entre meus dedos. Meu corpo reage cada vez mais, se move frenético sob a palma de minha mão e se encaminha firme para o homem tão valorosamente forte que tem em seu rosto a mesma vontade de se perder que carrego em minhas entranhas.

-- Meu Deus! -- ofego antes de me quebrar em milhares de pedaços, de me deixar ser guiada para o fim do mundo, para o espaço infinito do delicioso minuto do mais puro e avassalador prazer.

Ele parece não se ater mais, e seu corpo tremulo me abandona por segundos ao se liberar ao meu lado em um grito áspero de guerra e prazer, em um urro forte e que maldiria a sorte de todo e qualquer inimigo, para logo se deixar cair sobre meu pequeno corpo e relaxar enquanto toma vigorosos goles de ar.

O silêncio nos toma nesses segundos que seguem, a respiração pesada de ambos é o único que parece se deixar ocupar no imenso quarto. Tento sem sucesso empurrar para o lado o homem que ainda se deixa caído em meus braços. Nossos corpos suados e relaxados são contrários ao que certamente passa em nossas mentes. Palavras sugeridas antes do ato, o desejo que ocupou todos os lugares e não deixou espaço para as implicações que nossa escandalosa união acarretaria surgem, sei eu, firme e forte em nossas cabeças.  Minhas palavras se escondem entre lábios que não pensam em pronunciar qualquer som, minhas ideias ainda são livres e a esperança é que as do homem em questão também o sejam por minimamente igual.

-- Ficaremos assim, amantes do desejo. -- ele sussurra ao liberar meu corpo enquanto se deita ao meu lado.

-- Acredito que consiga lidar com isso. -- tento uma resposta calma e quase indiferente não fosse o desejo escaldante presenciado momentos antes.

-- Mas talvez eu não. -- ele diz enigmático e malicioso antes de se virar para mim e tomar mais um beijo.

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