|Cap. 15|

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Acordo quando o sol de uma manhã calma invade meu quarto pela ampla janela com seu belo cortinado de tecidos delicados que voam ao suave gosto de um dia agradável. Meu corpo se aperta no aconchego e na proteção de uma abraço. Mãos firmes e douradas que enlaçam minha cintura, uma sensação de segurança e amparo para o que seria o mais perfeito dia de outono dos romances famosos e terminantemente inapropriados às jovens damas de qualquer sociedade.

-- Parece ter finalmente acordado de seu vale dos roncos, minha princesa. -- a voz rouca e preguiçosamente divertida de Bjornan me tira do torpor dos sono e me lança à realidade em questão.

-- Por Deus, senhor! -- minha voz sai agitada. Tento sem sucesso me desapegar de seus braços que parecem se manter ainda mais rígidos em seu aperto, me forçando ainda mais no aconchego de seu peito amplo e firme.

-- Fique quieta, jovem senhorita! Deixe-me aproveitar de seu color por uns instantes mais. -- Ele diz simples.

- Onde está Alia? -- pergunto ao deixar o esforço da liberdade e aceitar a prisão confortável e quente. Meu corpo se deixa relaxar pelo instante, mas minha mente trabalha ainda mais fervorosa com as suposições.

-- Alia já se retirou do quarto, Helena. Pedi que me desse uns momentos contigo antes que você acordasse.

-- Deus!... -- meu rosto queima em vergonha. -- O que todos irão pensar.... Maldição, Viking! -- digo eufórica pela raiva e embaraço que me tomam em rompante, mas logo escuto a deliciosa risada que toma o ambiente e refresca meu desespero. 

-- Não se preocupe, jovem dama, os empregados não são idiotas para acreditar que permanece nesta casa com a pureza do corpo e da alma, mas eles nada dirão ao mundo exterior.

-- Maldito grosseiro! Você esquece como é a realidade para uma mulher?! Esquece que combinamos de não expor nosso relacionamento íntimo para o maldito mundo?!

-- Não se preocupe, Helena, nada sairá desta casa! Agora, por favor, não quero mais discutir com você. Já não basta o sono que não pude ter pelos seus indelicados roncos?! -- ele diz rindo ao se apertar em meu corpo, me fazer sentir a extensão e força do seu próprio. Seu rosto se aperta em meus cabelos, sua respiração quente me toma mais animada e seus mãos grandes, pesadas e firmes se espalham carinhosamente sobre minha barriga e pernas. Seu desejo aumenta o meu desejo, esquenta ao ponto das chamas meu corpo que busca ainda mais se apertar ao espaço inexistente entre nossos corpos. Minha respiração é alta e angustiante mesmo quando suas ações não são tão provocativas ou sexualmente interessadas. -- Seu corpo responde tão fácil ao meu... -- ele diz sufocado, impressionado pelo momento em que meu corpo se entrega com sinceridade para suas caricias.

-- Não, Viking!... Você me faz toda essa miséria! -- minha voz é abafada pela necessidade de seu toque firme e quente, sua respiração que me eleva ao estado de primitivo desejo.

Sem esperar muito ele me vira para si, me puxa firme contra seu corpo e cola nossos lábios em um beijo nada delicado. Sua boca toma com fome a minha, sua língua procura e acha, não deixando que nada em mim fique encoberto ou impenetrável. Minhas forças se rendem, meu corpo o aceita. Meus braços e pernas o envolvem de desejo, loucura e necessidade. -- Maldição, minha pequena bruxa! Não posso continuar com isso. -- ele diz duro e sem fôlego antes de se afastar de mim. -- Levante e arrume-se, há uma surpresa que lhe espera. -- ele diz ao se levantar da cama num impulso e caminhar a passos largos para a porta.

-- Maldito! Não me deixe assim! -- meu corpo reage pelo acontecido, me levantando agitada e disposta da cama que agora magoa áspera meu corpo sensível pelo desejo que se forma. -- O que acontece? Que surpresa é essa que o faz me deixar neste estado?! Deus... você é uma maldito demônio!

-- Não discuta, Helena. Apenas se arrume e desça ao salão principal.

-- Porque não me conta o que acontece? Está me assustando! -- sinto quando o calor se esvai, quando a vontade sucumbe às palavras do homem.

-- Não se preocupe, pequena. -- ele soa calmo ao se aproximar do lugar que estou, suas mãos segurando as minhas e seu olhar buscar delicado ao meu -- Será uma boa surpresa! -- sua voz densa ressoa o ambiente.

-- Então me conte! Por que me deixou assim se sabia o que me esperava? -- minha voz é dura de ódio e de desejo reprimido quando me afasto para o lugar onde minhas roupas estão depositadas. -- Se pensa que tocará em mim novamente... Esqueça! -- afirmo irritada enquanto retiro minha camisola sem me importar com a possível visão do belo idiota.

-- Você será minha em todos os momentos, Helena. Não ouse me tentar com ameaças infundadas, pois isso apenas atiça o mal que existe em mim. -- sinto quando ele me puxa para seu peito firme, me surpreendendo com a ação e as palavras. Seu corpo se aperta ao meu, me pressiona contra a parede a nossa frente. Suas mãos passeiam por ele, suas dedos tocam indelicados aos meus seios que se apertam em sofrimento.  As mesmas mãos que maltratam meus seios seguem para minhas pernas, meu estômago e sobem ao meu rosto. -- Que isso não se repita! -- ele diz antes de novamente tomar meus lábios com os seus, apertar seu corpo contra o meu e me fazer sentir sua força e seus desejo. A loucura me consome, a vontade me invade e se nega a sair. O quero aqui e agora. Sempre! -- Agora termine de se arrumar e desça. Você irá me agradecer por isso! -- ele rompe nosso contato em instantes, me deixando a sensação de queimar a alma pela vontade e pelo pecado, assim como descobrir a frieza que seu corpo consegue assumir para tão facilmente se afastar. Estou queimando, mas o maldito segue ileso. Isso eu prometo não deixar que se repita também.

-- Maldito! -- é o único que consigo dizer depois do abandono que me toma.

-- Você tem 10 minutos. -- ele apenas diz enquanto sai inabalável do quarto.


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