Capítulo 79

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Continuação….


Elena






Depois que os bebês foram levados para fazer os exames e Dário foi junto. Eu fui levada para o quarto.

Já faz meia hora que eu estou no quarto e nada de Dário e nem dos meus filhos. Ouço uma batida na porta e logo em seguida uma enfermeira entra empurrando um bercinho e logo atrás vem Dário empurrando o outro. Ele ainda está com a roupa da cirurgia.

_ Pronto mamãe aqui estão os seus bebês!
A enfermeira fala.

Laura está dormindo, já Eros está com os olhos abertos observando tudo.

_ Eu achei que eles ficariam na incubadora pelo fato de serem prematuros.
Falo.

_ Não foi necessário, porque ambos nasceram com o peso ideal, apesar de tudo. E tenho que confessar que eles são bem grandes para bebês prematuros.
Ela diz e nós damos risadas.

Realmente eles são grandes mesmo. Mas fazer o que, se eu tenho 1,75 de altura e o Esdras tem 1,85 eu acho. Não era pra menos.

_ Também não é pra menos com papais altos já era de se esperar que eles fossem grandes.

A enfermeira fala verificando o meu soro.

_ Vou tirar isso aqui.

Apenas assinto e ela tira o soro. Ouço o chorinho manhoso de Eros.

_ Acho que alguém quer mamar!
Dário diz.

Ele vai até o bercinho e o tira de lá, ele fica alguns segundos babando nele e depois entrega ele pra mim. A enfermeira me instrui como dar de mamar e sai.
Ficamos apenas eu, Dário e os nossos filhos dentro do quarto. Dário se senta na poltrona que tem ao lado da minha cama e puxa o bercinho de Laura para perto dele. O mesmo começa a fazer carinho na cabecinha dela.

_ Eu estou vidrado neles.
Ele diz sem tirar os olhos dela.

Não digo nada. Olho para Eros que está grudado no meu peito, e o mesmo está me olhando. Ele tem o mesmo olhar penetrante do Esdras, sorrio para o meu filho acariciando os seus cabelos.

_ Você vai trocar as roupas deles?
Pergunta Dário.

Ambos estão com uma roupinha branca do hospital.

_ Vou sim, mas depois que eles mamarem. Você me ajuda?
Pergunto.

_ É claro amor!
Ele diz.

_ Cadê Karol?
Pergunto.

_ Ela foi pra casa tranquilizar a minha avó e seus pais, eles não permitiram visitas hoje. Então ela vem amanhã com a minha avó.
Ele diz.

Dário se levanta e vem até nós, ele cheira a cabecinha do Eros.

_ Eles tem os olhos do Esdras, mas tem a sua boca e seus cabelos.
Ele diz.

E eu concordo, não tinha reparado nisso. Mas é verdade, ambos têm os meus cabelos e a minha boca, o cabelo de Esdras são mais claros.
Mas é só isso que eles herdaram de mim o resto tudo é do Esdras.

_ Verdade!
Falo.

Quando Eros se dá por satisfeito ele larga o meu seio. Dou ele para Dário, e o mesmo começa a dar leve batidinhas nas costas dele para que ele possa arrotar.

Passamos o resto do dia trocando fraldas, dando de mamar, e colocando para arrotar.

_ A nossa vida será assim daqui pra frente.
Falo e rimos.

_ Eu não ligo.
Ele fala colocando Laura no bercinho.

_ Que horas são?
Pergunto.

_ São duas da madrugada.
Ele diz olhando o relógio.

_ Meu deus, como assim?
Pergunta.

_ Pois é meu amor. A hora voou.
Ele diz.

Só aí me dou conta de que ele não comeu nada.

_ Meu amor, você não quer ir comer?
Pergunto.

_ Já vou. Vou esperar você pegar no sono para mim ir.
Ele diz.

_ Tá bom!
Digo.

Olho para os meus filhos e eles estão em sono profundo. Eu e Dário colocamos ambos no mesmo bercinho. A enfermeira falou que não tinha problema. Ela veio dar banho neles e trocar as roupinhas dos mesmos.
Agora eles estão arrumadinhos e quentinhos.

_ Dorme meu amor, você precisa descansar.

Ele diz acariciando meus cabelos. Começo a fechar os olhos e o sono me vence.



Dário




Felicidade!

Felicidade é a palavra que me define, nesse momento. Meus filhos são super saudáveis e lindos.
Sim, meus filhos!
Eu não me importo se o pai biológico é o Esdras. O que importa é que sou eu que estou aqui com eles.

Aproveito que Elena dormiu e vou até a cantina do hospital comer alguma coisa.
Depois do susto que tivemos eu esqueci de comer, de ir no banheiro. Fiquei tão vidrado nos meus filhos que esqueci do resto.

Assim que chego na cantina, peço um café grande e dois pães de queijo.
Me senti e começo a comer. Respondo algumas mensagens de alguns amigos. E ligo para minha avó.

Quando já estou terminando de comer vejo uma correria pelo hospital e eu me levanto pra saber o que está acontecendo.

_ O que houve?

Pergunto para um segurança que está vindo em minha direção.

_ Dois bebês acabam de ser roubados!
Ele diz e sai correndo pelo corredor.

E eu vou correndo para o quarto de Elena. Ao chegar lá ouço gritos.

_ EU QUERO OS MEUS FILHOS!
Ouço a mesma dizer.

Não pode ser!

Assim que adentro o quarto, vejo as enfermeiras tentando conter a mesma.

_ Cadê os meus filhos.
Pergunto olhando os berços vazios.

Elena entra em desespero e começa a chorar novamente.

_ ELE OS LEVOU!

Ela grita. O mundo para por uns segundos.
Não é possível. Como ele conseguiu entrar aqui e levar os bebês?

Vou até ela e a abraço.

_ Eu vou trazer os nossos filhos de volta. Eu juro!

Falo dou um beijo na cabeça dela.
Pego o meu celular e mando uma mensagem para Karol vir ficar com ela no hospital, ela fala que já está a caminho.
Explico por alto o que aconteceu e ela diz que vai matar ele.
Aproveito para ligar para o meu sogro.

Ligação on:
_ Alô!
Ele atende com voz de sono.

_ Ele os levou.

É a única coisa que eu consigo dizer, começo a chorar.

_ Não faça nada eu estou indo pra aí.
Meu sogro diz e desliga.

Ligação off:

Eu juro que vou matar aquele filho da puta!





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Dom D'AngeloOnde histórias criam vida. Descubra agora