Capítulo 116

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Esdras

Impressionado!

Essa é a palavra certa pra dizer como eu estou me sentindo. Nunca imaginei que Elena fosse se tornar uma legítima mafiosa. Mas vendo ela naquele jantar foi demais. Confesso que fiquei excitado.

Mas voltando ao que realmente importa. Sim! Eu agora sou definitivamente casado com Elena. Não sei como isso irá funcionar. Quando eu propus essa ideia eu achei que Elena não fosse aceitar, mas me impressionei quando ela me disse que aceitava.
Eu não sei o que senti, sei que ela só aceitou por causa do plano que ela estava armando contra o avô. Mas se vocês acham que eu me importo com isso. Eu nem quero saber só quero saber de estar perto dos meus filhos e agora da minha mulher.

Nesse momento eu e Elena estamos indo pra casa, a mesma está encostada no meu peito. Ela foi muito forte, não vi ela titubear uma vez. Mesmo que ela quisesse chorar ela se segurou e engole o choro e se manteve firme.

_ Senhor, chegamos!
Diz o motorista.

_ Elena, Chegamos.

Digo sacudindo ela devagar e a mesma se espreguiça e levanta.

_ Me desculpa acabei cochilando.
Diz envergonhada.

_ Sem problemas. Vamos entrar, estou doido para ver os meus filhos.
Digo.

Saímos do carro e entramos na casa de Elena. Assim que passo pela porta vejo meu irmão sentado ao lado Emília, os dois riem por alguma coisa que meu irmão contou. Quando eles notam a nossa presença param de rir.

_ Elena está tudo bem?

Emília levanta com uma cara preocupada.

_ Está sim! Agora só quero subir e ficar um pouco com os meus filhos.

Elena diz e some do nosso campo de visão. Estou louco de saudades dos meus filhos, mas creio que esse momento seja só deles. Então decido subir depois. Tiro meu paletó e me sento no sofá e respiro fundo.

_ O que aconteceu lá irmão?
Pergunta Victor curioso.

_ Aconteceu tudo que você pode imaginar. Mas o ponto alto da noite foi descobrir que a nossa avó não está morta e que o avô de Elena sabia o tempo todo.

Falo e meu irmão me olha como se eu tivesse duas cabeças.

_ Como assim, Esdras? Conta essa história direito.
Pede.

_ Não sei como e quando, só sei que Elena descobriu que nossa avó não estava morta e sim internada em uma clínica psiquiátrica.

_ Meu Deus. Isso é louco, mas como ela foi para lá? Tem que ter uma explicação.
Falo Victor sem acreditar.

_ E tem. O velho não disse o porquê na verdade ele deu uma resposta fajuta que não me convenceu. Mas segundo ele, depois de uma surra que o mesmo deu nela ela ficou doida. E então ele decidiu internar ela.

_ Mas porque forjou a morte dela, então?

Pergunta Emília que estava até agora calada.

_ Essa resposta só ele ou ela irá dizer. Mas temo que a mesma não consiga dizer. Depois do que aconteceu ela entrou em uma depressão profunda e vamos dizer que os medicamentos que deram a ela não ajudaram muito na recuperação da mesma. 

Diz Elena descendo as escadas descalças.

_ Talvez a dor de ter que se afastar do filho tenha sido maior do que a sanidade.

Diz Elena olhando para Emília que assente. Não sei dizer, mas acho que foi uma indireta.

_ Mas isso é muito pouco, tem algo por trás disso, não é possível.
Diz Victor.

Dom D'AngeloOnde histórias criam vida. Descubra agora