Capítulo 87

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Continuação…

Elena

Depois de devidamente arrumada desci para encontrar com o meu avô.
Quando chegamos na sala aquele senhor franzino que Dário havia dito de manhã, não existia mais, ele deu lugar a um homem todo vestido de preto e com um arsenal pesado e um olhar sombrio.

_ Você tem certeza de que é isso que você quer fazer?

Dário perguntou baixinho perto do meu ouvido.

_ Absoluta!
Digo.

_ Ok! Estarei aqui esperando você.

Ele me vira pra ele e sela nossos lábios dando um selinho demorado.

_ Eu te amo, se cuida!

_ Pode deixar!

Me viro para o meu avô e o mesmo está com um sorriso indecifrável e um pouco macabro.

_ Está preparada minha Lena?
Pergunta.

Respiro fundo e dou o meu melhor sorriso de assassina, que até o meu pai se assusta.

_ Mais do que nunca!

_ Papa acho que isso não vai ser bom!

Meu pai diz num tom de advertência, mas meu avô o ignora.

_ Então vamos!

Vamos para frente da casa onde tem cinco carros estacionados e vários homens armados. Meu avô abre a porta traseira de um dos carros pra mim entrar. Meu pai vem em nossa direção mais meu avô o barra.

_ Essa noite é só dela!
Diz.

_ Papa, por favor deixa eu ir, Elena vai precisar de mim depois.

_ Por isso mesmo, ela precisa de você aqui. Sabemos muito bem que você irá perder a cabeça ao ver o D'Angelo. Você pode ser parecido comigo, mas herdou o temperamento da sua mãe. Eu vou cuidar dela, eu prometo!

Ele diz entrando dentro do carro sem dar chance do meu pai continuar a falar.
Meu avô segura minha mão direita e deposita um beijo na mesma.

_ Se for de mais pra você me avise, minha Lena!

Diz carinhoso e eu sorrio. Foi tanto tempo sem ver meu avô que eu acabei me esquecendo o quanto é carinhoso quando se trata da família.
Em falar em família preciso saber onde está meus filhos.

_ Vô será que ele vai dizer a onde estão meus filhos?

Pergunto preocupado e meu avô pensa por um instante e me olha.

_ Se ele não falar por bem irá falar por mal!

Quando meu vô fala isso um arrepio passa pela minha espinha. Apenas o olho e balanço a minha cabeça ficando em silêncio.
Após trinta minutos chegamos em um lugar que parece ser um angar de aeronaves, só que abandonado.
Olho para meu avô sem entender.

_ Ele está abaixo de nós!

Ele diz como se lê-se os meus pensamentos, apenas assinto e seguimos adiante entrando no angar.
Quando chegamos meu avô me apresenta aos seguranças e alguns capangas torturadores. Os próprios "demônios", eu diria. São cinco homens e eles estão com as roupas todas sujas de sangue. Mas um deles me chama atenção, parece que eu o conheço de algum lugar.

_ Lena lembra do Pierre?

Meu avô pergunta e só aí que minha ficha caí. Pierre era filho dos melhores homens do meu avô, lembro-me de brincar com ele quando pequena. Agora ele já está um homem feito, e tenho que confessar, que homem é esse senhor!
Limpo os pensamentos quando me dou conta de que estou o encarando demais.

Dom D'AngeloOnde histórias criam vida. Descubra agora