Capítulo 49

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Alguns dias atrás….




Esdras

Desde o dia que deixei Elena no hospital com Matteo. Não tive mais coragem de ir lá. Eu vi o estado que a mesma estava.
Matteo me passava todo dia o boletim médico dela.
O que mais me impressionou foi saber que a mesma quis abortar o bebê.
Talvez fosse o melhor a se fazer. Assim ela não teria que carregar o peso do passado nas costas.
Mas confesso que fiquei mexido, se ela tirou o bebê é porque era dele.
Alexsandro Petrov!

Resolvi voltar dois dias antes da alta dela pra Itália e estou levando Alexsandro comigo. Roberto disse que o queria.
Ainda tenho lembranças de uma noite em que eu o torturei. Fiz o mesmo sofrer, como ele fez a minha mulher.

Flashback on:

_ Olha só o que temos aqui!

Falo olhando para ele que está pendurando do mesmo jeito que Elena estava.

_ Você não passa de um merda agora, seu covarde. Vamos lá! Cadê a sua valentia agora?

O mesmo sorri debochado.

_ Ficou dentro da sua mulher enquanto eu a fudia e ela gritava pra mim parar. Sabe Esdras ela tem uma buceta deliciosa, assim como quando tinha doze anos.

Meus olhos se enche de fúria. E eu o soco sem parar. Quando vejo que o mesmo está a ponto de desfalecer eu paro.

_ Você ainda irá sofrer muito. Não deixarei você apagar.

Deixo o mesmo se recuperar.

_ Sabe o que é melhor Esdras é saber que nem eu e nem você iremos ficar com ela. Eu contei tudo pra Nina, falei que foi você quem a sequestrou e a jogou naquele bordel.

Sem pensar dou outro soco nele com raiva.

_ Seu filho da puta!
Digo com raiva.

Ele começa a rir. Me irrito e pego uma mordaça e coloco nele.
O mesmo ainda está de roupa. Olho para meu irmão e Vicenzzo que estão no recinto junto comigo.

_ Tirem a roupa dele.
O mesmo arregala os olhos.

_ O que foi Petrov está com medo? Você não é tão valentão quanto eu imaginei que fosse né.

Vicenzzo e Victor tiram rapidamente as roupas deles.

_ Sabe Petrov eu percebi que você gosta de açoitar mulheres né!

Digo e vou até uma mesa que tinha num canto tiro de lá um chicote com pequenos espinhos nas pontas. Esse faz um belo estrago.

_ Eu irei descontar em você o tempo que ficou com a minha mulher. Foi um mês certo? Pois então serão trinta chicotadas, sem intervalos.
E quando eu terminar irei deixar que alguns dos meus homens brinquem com você, se é que me entende.

Digo e vou andando até o mesmo. Posso ver os olhos dele aflitos. Ele está com medo e é isso mesmo que quero causar a ele. Medo e dor!

Comecei a bater no mesmo. Quando cheguei na vigésima chicotada o corpo do mesmo não aguentava. Os olhos do mesmo estavam cheios de lágrimas. Era isso que eu queria ver.

_ Vicenzzo traga aquele balde de água com sal grosso.

Digo e Petrov começa a se debater. Ele sabe o que vem pela frente.
Assim quem Vicenzzo chega com o balde Petrov se bate mais ainda.
Pego o balde e jogo de uma vez nas costas do mesmo.
Ele se debate e posso ouvir os gritos através da mordaça. Vejo lágrimas em seus olhos e isso só me instiga a continuar.
Volto a dar chicotadas nele até porque são trinta e eu só dei vinte.
Assim que termino posso ver o estrago que fiz. As costas dele estão em carne viva, alguns pedaços da sua carne estão saindo pra fora, o mesmo desmaiou.

_ Chame um médico, mande ele dá alguma coisa pra ele. Roberto quer o mesmo vivo!

Digo e os dois assente.
Saio do galpão exausto. Vou para o hotel.
Assim que chego ligo para Matteo, preciso saber notícias dela.

_ Como ela está?

Pergunto assim que ele atende.

_ Oi irmão também estou bem e você?
Diz Matteo debochado.

_ Estou falando sério Matteo como está Elena?
Pergunto irritado.

_ Ela está bem fisicamente, mas emocionalmente já não sei. Ela parou de perguntar sobre você. Talvez já percebeu que você não venha.

_ Eu sei Matteo. Mas agora tudo mudou, Petrov me confessou que contou pra Elena que fui eu quem a sequestrou e a jogou lá no bordel.

Digo com pesar e posso ouvir meu irmão chingar baixinho.

_ Irmão eu acho que se ele tivesse contado mesmo. Ela nem iria querer lhe ver.

Ele diz, pode até ser verdade. Mas eu não consigo olhar pra ela! Minha culpa está me consumindo cada dia. E se eu olhar pra ela vai ser pior.

_ E melhor deixar assim irmão!
Digo.

_ Você é quem sabe.O médico disse que daqui a dois ou três dias ela terá alta.
Diz por fim.

_ Ótimo vocês voltam com ela. Preciso levar Petrov antes. Roberto quer ele.

_ Ok irmão! Boa viagem.

_ Pra vocês também. Qualquer coisa me liga.

_ Pode deixar.

O mesmo desliga. Fico olhando para o celular.
É o certo a se fazer tenho que me afastar dela!

Flashback off:

Estou voltando pra Itália.
Assim que chegamos no aeroporto meus homens tiram Petrov do avião o mesmo não consegue nem andar. E isso me deixa satisfeito.
Vou direto pra casa do meu pai. Assim que chego o mesmo está sentado conversando com Roberto.

_ Que bom que você voltou. Acho que agora precisamos acertar as contas não acha!
Diz meu pai.

Eu sabia que esse dia iria chegar. Dois seguranças do meu pai aparecem.

_ Levem ele pro galpão!

Meu pai diz, os seguranças me seguram pelo braço e me levam para o galpão.

Fico horas esperando meu pai. Mas o mesmo não aparece, quem vem é o meu tio. Roberto está vestido totalmente de preto e a sua mão posso ver um soco inglês com o símbolo da Camorra.

_ Agora somos eu e você!
Fala Roberto.

O mesmo vem até mim. E desfere um soco no meu rosto. Não me mexo e nem protesto.
Eu estava merecendo isso.
Roberto manda que tirem minha blusa.
Ele pega uma barra de ferro e leva até ao fogo.

_ Isso é por você ter ido mexer com a minha filha.

Ele pega o ferro e coloca bem na minha barriga. Fecho os meus olhos e minha boca afim de reprimir um grito. Sinto minha pele ferver.
Quando abro meus olhos Roberto desfere outro soco, só que dessa vez foi na minha costela, perco o ar, e ele desfere outro só que do outro lado.
Ele pega um charuto e acende. O mesmo traga o charuto enquanto me desfere mais socos.
Quando o mesmo vê que já estou machucado o suficiente o mesmo para.

_ Isso é pra você aprender que apesar da sua posição, toda atitude e ato que fizer sem pensar irá haver consequências!

Ele fala e apaga o charuto no meu peito.

_ Podem soltar ele!

Ele diz e os homens me soltam.
Fico jogado no chão. Roberto me deu uma bela de uma surra, não consigo nem me levantar. Algum tempo depois o motorista e segurança do meu pai entra e me ajuda levantar.
Assim que chegamos em casa meu pai me olha e diz.

_ Eu ti avisei bem antes de você assumir o cargo de Capo, que tudo que você fizesse iria pesar sobre você alguma hora.

Diz.
Não digo nada apenas peço para Carter me levar para o quarto.
Quando chego no mesmo me arrasto até o banheiro.
Tomo um banho só pra tirar o excesso de sangue que está no meu corpo. Quendo termino me olho no espelho e vejo o estrago que Roberto fez. Vou até o meu aguarda roupa e coloco apenas uma cueca e me jogo na minha cama.

Dom D'AngeloOnde histórias criam vida. Descubra agora