Capítulo 109

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Três dias depois


Elena

Chegamos na Itália há dois dias e tenho que dizer que minha volta não foi muito boa. Até porque Dário veio comigo e meu querido avô parece que não gostou muito.

Flashback on:

_ Lena minha filha. Que bom que você voltou!
Diz minha mãe me abraçando.

Devolvo o abraço e olho para a porta e meu pai e meu avô estão parados ali. Olho para a face franzina de meu avô tentando achar algo que condiz com a real situação do mesmo. Mas eu não vejo nada. Meu "querido vovô" está ótimo. Digo que está até corado.

_ Tenho uma surpresa pra vocês.

Falo sorrindo e Dário desce do carro. Olho para meu pai e meu avô e como já era de se esperar a feição do meu avô muda completamente. Agora o senhor franzino tem um olhar de assassino e um sorriso macabro no rosto. Dário parece perceber a feição do meu avô e se junta a mim.

_ Que bom que está de volta minha filha. Me conta como foi a viagem.

Meu pai vem em minha direção me puxando para dentro. Olho pra trás e vejo Dário, Vanessa e minha mãe entrando com os meus filhos no colo. Passamos pelo meu avô e eu lhe dou o meu melhor sorriso.

E ele estreita os olhos mas sorri de volta. Não sei dizer se foi impressão minha ou implicância, mas acho que essa volta pra cá não foi a melhor coisa a se fazer.

Entro com meu pai e nos sentamos na sala e eu começo a contar ao meu pai sobre a viagem.

No decorrer do dia meu avô mal falou comigo, na verdade ele mal parou em casa. Quando o horário do jantar chegou o mesmo se sentou à mesa com uma carranca no rosto.

_ Está tudo bem vovô?

Perguntei ao mesmo.

_ Sim, minha Lena.

Disse dando um pequeno sorriso.

_ Não está feliz porque voltei?
Perguntei.

Ele olhou para Dário e depois para mim e deu um sorriso super falso. E disse.

_ É claro que estou, minha linda. Só estou com uns problemas. Mas Jajá os resolvo.
Disse.

_ Bom saber que o senhor está feliz com a minha volta.

Sorrio e continuo.

_ Mãe, pai, eu estava conversando com Dário e achamos que já é hora de voltarmos para o Brasil.

Digo e olho de rabo de olho para o meu avô e vejo o velho espumar de raiva.

_ VOCÊS FALARAM QUE IRIAM FICAR. NÃO VEEM QUE EU ESTOU DOENTE?!

Ele disse alterado e isso só confirmou minha certeza. Meu avô não quer que a gente vá embora, ele quer nos manter aqui por uma razão e eu já dei qual razão é essa.

_ Vovô calma e a gente vem sempre lhe visitar. Eu mesmo posso vir com Dário para o mesmo, já que ele tem empresa aqui na Itália.

_ Então é assim? Eu ajudo vocês e é assim que vocês me agradecem? Indo embora! Pois então vão.

Ele disse e se levantou bruscamente derrubando também a cadeira. Olho para o meu pai e o mesmo me olha com um olhar de decepção.

_ Eu pedi pra você não falar sobre isso na frente dele, Elena. Seu avô não está bem.

Meu pai me repreendeu. Não é possível que ninguém além de mim não entenda o que está acontecendo aqui.

Olho para Dário e o mesmo está calado, Vanessa não pronuncia nada apena como quieta, e minha mãe está olhando para meu pai com um olhar mortal.

Dom D'AngeloOnde histórias criam vida. Descubra agora