Capítulo 112

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Elena





Aquele velho quer guerra é guerra que ele vai ter.
Esdras prometeu me ensinar tudo, não só ele, mas meu tio e primos também irão me ajudar.
Só que agora eu tenho uma missão mais difícil para cumprir.

Estou no meu quarto com Vanessa, Esdras e meus filhos.
Estou com um tablet na mão, pensando se ligo ou não para Karol. Preciso contar à avó de Dário que o mesmo não está mais entre nós.

_ Lena? Está tudo bem, estamos aqui com você.
Diz Vanessa.

Assinto e decido ligar para a minha amiga. Depois do terceiro toque ela atendeu.
Minha amiga está linda. O cabelo está um pouco mais curto e mais claro.

_ Oi, Lena. O que devo a honra da sua ligação?
Pergunta empolgada.

_ Karol a dona Arminda está por perto?
Pergunto.

_ Sim, ela está aqui!

Ela fala e vira o celular pra ela.

_ Dona Arminda eu preciso falar uma coisa pra senhora.

Um nó se forma na minha garganta e meus olhos se enchem de lágrimas.

_ O que foi minha filha? Está tudo bem?
Pergunta preocupada.

Balanço a minha cabeça em negativo.

_ Não, não está. Dona Arminda eu quero que a senhora me perdoe, me desculpa eu tentei fazer de tudo. Mas eles não deixaram.

Falo num tom de desespero.

_ Calma Elena. Assim você vai ter um treco.
Diz Karol.

_ O que houve minha linda?
Pergunta à avó de Dário.

_ Hoje mais cedo eu e Dário fomos fazer um piquenique aqui na Itália, só nós dois e quando estávamos chegando perto do local o nosso carro foi cercado por bandidos. Eles fizeram a gente descer. Os homens queriam me levar, só que Dário não deixou. Só que eram muitos homens só para nós dois, Dário reagiu…

Começo a chorar e a avó de Dário também. Vanessa vem até mim e me abraça.

_ Eu juro que eu não queria que isso tivesse acontecido, eu juro. Eles atiraram bem no peito dele. Não deu tempo de socorrer. Me perdoa.

Choro copiosamente e a avó do de Dário balança a cabeça.

_ Elena, você não tem culpa de nada. Meu neto que não deveria ter reagido. Nós sabemos que aí na Itália existem muitas gangues e máfias e essas pessoas são perigosas.

_ Amiga eles fizeram alguma coisa a você?

Pergunta Karol aposto que ela suspeita que quem nos atacou foi Esdras. E eu não tiro a razão da minha amiga.

_ Eles iriam me estuprar, só que Dário não deixou.
Digo.

_ Meu Deus! Mas você está bem né. Eles não bateram em você?
Pergunta Arminda.

_ Estou bem sim. Karol e dona Arminda, só peço a vocês que não conte nada aos meus pais eles ainda não sabem. Quero contar pessoalmente. Eu queria contar pra senhora pessoalmente, mas infelizmente não dá.
Digo triste.

_ Filha não se preocupe com isso. Cuide de você, não iremos falar nada aos seus pais. Só peço uma coisa. Enterre ele no jazigo da minha família. Fica com Verona. Se você conseguir eu irei lhe agradecer muito. Queria estar aí com você, mas temo não dá tempo.

Diz ainda chorando.

_ Pode deixar eu irei fazer isso. Me desculpa! Eu amo tanto o seu neto que a senhora não sabe o quanto está sendo difícil pra mim. Eu o vi, ele morreu nos meus braços.
Digo entre soluços.

Dom D'AngeloOnde histórias criam vida. Descubra agora