Cap.18

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           — Febricolate. — ela murmurou a senha, a porta deu um barulho de destrancar, revelando o quarto dos Gêmeos.

Ela encontrou o gêmeo mais velho de costas para a porta, estava com a calça social de uniforme, sueter folgado, sua cabeça estava erguida, vislumbrando o céu estrelado daquela bela noite sem nuvens, os braços cruzados, com os punhos fechados, a ruiva tinha a visão de suas costas e ombros largos.

Ela fechou a porta lentamente, o barulho de clique como se a porta estivesse sendo trancada novamente estalou alto, a ruiva pulou assustada, olhando para a porta, depois voltando o olhar para o amigo, que mesmo após o barulho, mesmo após ela entrar, continuou parado, estático olhando para a janela em silêncio, ela murmurou um xingamento pelo susto que tinha levado, e se aproximou do ruivo, que até então, não tinha virado para olhá-la.

— Fred ? — ela o chamou baixinho, saiu quase que um sopro em seus lábios, mas foi o suficiente para ouvi-lo fungar e finalmente abaixar a cabeça, descruzando seus bracos, levantando o dorso da mão esfregando nos olhos.

— Oi, baixinha. —sua voz estava falha, e chorosa, mas ele ainda não virou.

Ela se aproximou rapidamente, abraçou a cintura do garoto, deitando a cabeça nas costas largas do ruivo, ela apertou o abraço, e sentiu a enorme mão de Fred envolver a mão que estava parada no peito, ele finalmente virou para olhar Priscila.

— Oh, Fred !— ela exclamou, odiava vê-lo daquele jeito, olheiras, olhos vermelhos e inchados, expressão vazia, ela o puxou para a cama de George que era perto da janela, e também o mais organizado. Ela o deitou na cama do irmão gêmeo, afastou o travesseiro para o lado, sentando com as pernas abertas, para se usar de travesseiro, ela encaixou as costas do ruivo, deitando-o em seu peito, apoiando a cabeça do ruivo para perto de seu rosto, ele deitou a cabeça no ombro da menina, olhando para o teto e a ouviu murmurar bem baixo em seu ouvido. — Chore, meu ruivinho. — ele assim o fez.

Ela segurou as mãos do ruivo, o ouvindo chorar em seu ombro, ela fazia leves carinhos nas veias saltadas em suas grandes mãos, contornando-as e o deixando chorar, após alguns segundos, ela o ouviu respirar mais aliviado, com um pouco de dificuldade, mas aliviado, ela beijou a tempora do ruivo.

— Vai falar o que te fez ficar assim? Ou eu vou precisar pegar minha varinha para te ameaçar? — ela perguntou, vendo o ruivo sorrir de canto.

— Na festa... a poção que eu e o George fizemos, deu certo, e vamos usar na nossa loja. — ele começou, sua voz ainda estava falha e um pouco fanha por conta do choro, ele fungou, sentindo o ar gelado, e se ajudou ao corpo da garota, que envolveu o braço esquerdo nos ombros do menino, segurando o ombro direito com a mão, enquanto a outra brincava com a veia da mão de Fred.

— Isso é maravilhoso, Freddie.  — ela tentou animá-lo, já que falar sobre a loja, sempre o deixava feliz.

— Funcionou tão bem, que encontrei Angelina chorando em um canto da festa. — Fred exclamou, engolindo em seco, um bolo se formou em sua garganta. — Quando eu perguntei o que tinha acontecido, ela explodiu comigo, falou que estava farta de carregar um falso sentimento por mim, que estava comigo pela "fama" da Gemialidade Weasley, e que estava destruída por ter visto a pessoa que ela amava beijando outra. — Fred não chorou, sua expressão estava vazia. — Me senti usado, e acabei falando sobre isso com George, que contou que ela fez o mesmo com ele.

— Ela estava com vocês dois ?— Priscila perguntou um pouco confusa, Fred apenas assentiu.

— Eu até pensei que era eu que ela se referia, pensei que ela tinha visto eu, você e George naquela sala já festa. — o ruivo continuou, Priscila estremeceu se lembrando daquele episódio.  — Mas ela disse que era outro alguém, no qual ela jamais poderia falar e que agora jamais falaria.

𝑇𝑟𝑖𝑜 𝐷𝑒 𝑃𝑟𝑎𝑡𝑎 - 𝐷𝑟𝑎𝑐𝑜 𝑀𝑎𝑙𝑓𝑜𝑦 & 𝑇𝑜𝑚 𝑅𝑖𝑑𝑑𝑙𝑒Onde histórias criam vida. Descubra agora