Cap.62

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                  Seus olhos abriram rapidamente em uma expressão assustada, seus lábios se abriram puxando o ar gélido e sujo com violência para seus pulmões causando ardência violenta neles, ela visualizou o céu, coberto de núvens cinzas, com partículas negras sobrevoando o ar como fagulhas de algo que tinha sido queimado, parecia que iria chover, seu corpo dolorido, ouvir as risadas, lhe causou um certo arrepio, ela virou o rosto, uma escuridão onde ela viu uma pequena figura de uma mulher elegante, usando saltos finos, jeans preto, roupa decotada e casaco de couro, ela desfilava e seu cachos castanhos dançavam conforme ela caminhava até o corpo imóvel da ruiva.

— Elena ?  — Priscila questionou assustada, mas o olhar era diferente, o jeito de andar, vestir.

— Você é muito inteligente, Potter, gostei de você. —  a mulher falou como se não tivesse escutado o questionamento da ruiva, que já estava em um outro lugar, parecia uma cafeteira. — Por que não pede essa ajuda ao Damon e a Rebekah ? Eles não são teus pais ?

— Eu não contaria com a ajuda deles para isso, jamais aceitariam. — a ruiva falou, vendo a mulher sorrir.

— E o que eu ganho em troca ? — a mulher perguntou com o cenho franzido, e carregando um sorriso convencido nos lábios.

— Sua tão desejada liberdade, você conseguiu a cura mas meu padrinho não vai lhe entregar o que quer.

— Não? Ele quer a cura para a doce e inocente Elena voltar a ser humana, e poder criar mais dos bebês híbridos dele.

— Não nego que você é inteligente, Katherine, sua ideia de entregar a cura ao meu padrinho em troca da sua liberdade é inteligente, mas você não tocou no ponto mais sensível de Klaus Mikaelson.

— E o que seria esse ponto sensível? — Katherine perguntou interessada.

— Eu. — o sorriso da ruiva para Katherine foi o suficiente para que ela exclama:

— Acho que temos um acordo, Potter.

Ela tentou falar mais alguma coisa, mas a visão da mulher a sua frente desapareceu, tomando conta conta escuridão, até que sentiu o toque de alguém em seu braço, e abrindo novamente seus olhos, se deparou com Harry lhe acordando, tinha se passado algumas semanas desde a declaração de Riddle sobre o retorno de Voldemort, desde a carta, e a despedida de Draco e Tom, e logo na primeira semana do mês de Novembro, as coisas começaram a ficar mais sinistras.

A vinda dos búlgaros e francesas a escola fora como sempre um espetáculo, a ruiva tinha notado uma diferença no olhar dos meninos, desde a carta ela os observava, eles não tinham alterado memória, os olhos brilhando quando a viam, um sorriso discreto mas abobalhado, podia lembrar de ter esbarrado em Draco na Comunal quando voltava apressada para preparar algumas aulas de bloqueio da mente com Harry.

— Desculpa. — ela murmurou trauma, e ao olhá-lo sentiu uma dor ao lembrar do que ele escreveu na carta, mas seu olhar ainda permanecia o mesmo, e com muitas olheiras, provavelmente até piores do que as que já tinha. — Você não apagou sua memória , não é?

— Esta sendo mais difícil do que pensei, minha rainha. —  ele murmurou entristecido, ela sorriu ao ouvir a forma que ele a chamava, sentindo seu coração aquecer. — Fico feliz e muito aliviado em saber que estou perdoado.

— Sinto sua falta, minha vida. — ela murmurou, Draco sorriu amoroso para ela, como ele sentia saudades de ser chamado daquela forma, ele virou o rosto pelo salão, vendo que estavam sozinhos, e não vacilou, Draco segurou o pulso dela puxando-a de encontro a ele, suas mãos rapidamente foram para o rosto dela, e em um completo desesespero, Draco a beijou, ambos suspiraram entre o beijo que iniciou lento e cheio de saudades, Draco desceu a mão para o quadril dela, enrolando seus braços em sua cintura, sentindo-a abraçar seu pescoço, ambos abraçando um ao outro na necessidade de se sentir, a respiração começando a vacilar e mesmo o ar fazendo falta eles não se separaram, se degustando mais do beijo Draco desceu os beijos para a jugular, pescoço e se permitindo aspirar o cheiro dela, enquando ela se deliciava passando os dedos nos fios loiros soltando suspiros de saudade. — Não me solta, minha vida. Não me deixe, por favor ...

𝑇𝑟𝑖𝑜 𝐷𝑒 𝑃𝑟𝑎𝑡𝑎 - 𝐷𝑟𝑎𝑐𝑜 𝑀𝑎𝑙𝑓𝑜𝑦 & 𝑇𝑜𝑚 𝑅𝑖𝑑𝑑𝑙𝑒Onde histórias criam vida. Descubra agora