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Ohana:

Quando levantei-me pela manhã, direcionei-me ao banheiro e fiz as higienes matinais seguidas de um banho demorado. Vesti algo leve, entretanto sofisticado e então sai da suíte. Ao descer as escadas, e adentrar a sala de jantar, encontrei Oliver sentado. Qual mexia no celular e tão pouco foi capaz de notar minha presença.

-Ohana: Bom dia. - mencionei com um sorriso ladino, chamando sua atenção.

Ele respondeu rapidamente e sorriu fraco. Sentei-me na ponta principal da mesa, qual era meu lugar de costume. E então comi em sua presença, enquanto conversávamos brevemente sobre assuntos pautáveis em relação a mim e Pietro. Ele questionou-me sobre como estava indo a questão educacional, e as relações amigáveis feitas por lá.

-Ohana: Digamos que eu não seja a melhor pessoa pra se ter amizade. - revelei sorrindo ladina, e então ele fez o mesmo.

Oliver tinha a função de cuidar de nós e ser os olhos e ouvidos dos nossos pais. Entretanto tínhamos com ele uma relação amigável, ele nos entendia e era respeitoso. Cumpria as ordens dos nossos pais, mas sem invadir nossa privacidade e acabar sendo inconveniente. Eu encontrava nele um pequeno afeto de gratidão, devido sua paciência comigo, afinal eu não era fácil de conviver. Oliver lidava com minha falta de demonstração emocional a muito tempo, e compreendia que não era fácil pra mim. Não que isso explicasse minha falta de empatia em certas ocasiões, mas ele tinha em mente que eu não era uma pessoa ruim.

Desvencilhei-me de sua presença assim que finalizei minha primeira refeição. Entretanto tive uma manhã nada produtiva, onde passei parte do tempo assistindo filmes infantis que contradiziam toda minha personalidade maldosa.

(...)

Eu estava me afogando enquanto meu individualismo pedia em sussurros mentais que eu tentasse nadar. A maré batia ao meu redor, de novo e de novo. Eu estava me afogando há um tempo e aquele maldito corpo feminino continuava a me puxar pra baixo. Larissa estava me arrastando pro fundo do seu oceano, impedindo-me de nadar.Eu queria ter Larissa naquele momento, mesmo sem entender o motivo disso. De alguma forma eu só a desejava ali. Mas tão pouco abri mão do meu ego para não parecer emocionada. Optei por aguardar ela tomar essa decisão, porque eu sabia que tomaria.

E não demorou muito para que isso acontecesse.

-Oliver: Onde você vai? - questionou-me assim que desci as escadas com o celular em mãos.

-Ohana: Vou passear?- questionei óbvia, em completa farsa.

-Oliver: Preciso levar você? - questionou prontificando-se para pegar as chaves do Cadillac. Entretanto eu o interrompi rapidamente, negando seus serviços.

Caminhei para fora de casa e logo avistei meu carro estacionado um pouco distante pelo fato deu ter usado-o muito ultimamente. O adentrei sem pensar duas vezes e me direcionei até o condomínio de luxo.

As coisas haviam ficado parcialmente diferentes desde a pequena discursão que tivemos, mas estávamos nos entendendo aos poucos. Sem pressão alguma.

(...)

-Ohana: Estava com tanta saudades assim? - perguntei fazendo-a sorrir, após encarar-me descaradamente quando desci do carro, que estacionei em sua garagem.

-Larissa: Sei que sempre que eu chamar 'cê vem. - respondeu-me envolvendo minha cintura e colando seus lábios nos meus. - Essa onda de marrenta... não cola comigo.

Larissa afastou-se vagarosamente após desvencilhar seus lábios dos meus, com uma mordida alucinadora. Segurando minha mão, guiou-me para dentro de casa. Empurrou-me no sofá, arrancando-me um sorriso vitorioso e orgulhoso. Sentou-se em meu colo, enquanto suas mãos adentravam meus cabelos puxando-os lentamente, ao mesmo tempo em que minhas mãos apertavam sua bunda sem dó alguma.

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