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Ohana:

"O Diabo não vestia Prada. Ele usava Armani, e eu costumava chamá-lo de papai."

Arrepiei-me por inteira quando o solado do sapato Gucci tocou o porcelanato aquela noite. Vestido em um conjunto de terno Armani, e com um perfume de origem francesa ele adentrou a casa. Sua expressão cansada revelava-me que não teríamos frustrações aquela noite.

-Sidney: Gostei do seu cabelo. - ele disse ao avistar-me, com sua voz grossa e eloquente. - Ficou magnificamente linda.

-Ohana: Obrigada. - agradeci em educação, antes que nos abraçássemos pela saudade notória.

Seus lábios tocaram minha testa em um beijo demorado, enquanto seus braços envolviam-me com segurança e respeito. Um sussurro questionando se eu estava bem, foi o suficiente para que eu respondesse que sim. Tornando incapaz qualquer destino que aquilo levasse.

-Pietro: Estávamos com saudades. - confessou Pietro, após soltar nossa mãe e deixar que eu a abraçasse.

-Ivana: Como tem sido a faculdade? - questionou amorosa quando nos separamos.

-Pietro: Incrível. - meu irmão respondeu calmo. - Temos sido excepcionais como sempre.

Os dedos delicados de minha mãe tocou minha face, eu podia ver a galáxia em seus olhos escuros. Ela trazia-me uma paz inigualável. Sua voz doce soou dizendo que amava-me e eu sorri ladina, contemplado internamente todo seu afeto por mim.

(...)

-Ivana: Ficaremos por 15 dias, e então iremos pra Las Vegas, tenho alguns contratos a negociar e o pai de vocês um caso pra assumir. - ela revelou enquanto sentada ao meu lado na chaise.

Por Deus! Eu não iria aguentar ficar metade de um mês sem foder aquela mulher em todas as posições imagináveis.

O céu já estava escuro e as estrelas brilhavam como sempre. Desta vez, parecia até que eu podia vê-las do quarto de Larissa. Senti quando a mão delicada tocou minhas costas, fazendo um carinho lento enquanto desfrutava de um magnífico whisky irlandês.

-Ivana: Como está a vida emocional de vocês? Isso também me importa. - ela disse tranquila após retirar os lábios da taça, com sua voz regulada e carinhosa como sempre.

Meu pai havia subido pra suite que o pertencia, estava cansado e todos entediamos isso. Geralmente ele tinha dias extremamente cansativos, estando no escritório ou não.

-Pietro: Estamos bem. - meu irmão respondeu quando fiquei em silêncio por tempo demais. - Pelo menos eu estou bem.

-Ivana: E você? - olhou-me atenciosa. - Sei que o questionamento sobre aquela mulher não foi atoa. Não minta pra mim, seu olhar mudou.

-Ohana: Eu diria confusa... - resumi meus pensamentos e sentimentos tendenciosos. - Mas os colocarei em ordem.

-Ivana: Eu sugiro que seu pai nem se quer a veja com ela. - relatou calma. - Sabe como ele é irredutível, além do mais eu não sou babá dele para instituí-lo sobre o que fazer. Eu não irei intervir nas atitudes dele.

-Ohana: Que seja. - mencionei um pouco chateada com o seu posicionamento. - Ele não quer vê-la próxima de nós, e coloca-nos na escola qual parte de 50% é dela. Incrível!

Levantei-me desvencilhando-me do seu toque, e então respirei fundo enquanto ela olhava-me confusa.

-Ohana: Vai deixar ele fazer o que quer sem importar-se com quem seja? - questionei e ela assentiu convicta.

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