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Ohana:

-Larissa: Eu posso? - questionou mansa assim que sentou-se na cama.

Era por volta das 6:40 na segunda, eu estava aprontando-me para ir a faculdade. Eu havia optado por ficar com ela na noite de domingo, já que os garotos ficariam na casa de Felipe quando retornassem de viagem, e isso acabou dando-nos mais tempo juntas.

Larissa abotoou os botões da minha blusa social, enquanto eu a olhava pacientemente. E então suas mãos travaram o cinto discreto na calça alfaiataria que eu vestia. Naquele momento eu soube que beijaria cada ferida da sua alma, abraçaria qualquer tempestade sua. Sem precisar de nada em troca.

-Larissa: Seu pai não pode saber. - ela disse em um sussurro, antes de erguer a cabeça e olhar-me ainda sentada na cama. - Eu sei do lance, "A família primeiro", mas... - a interrompi.

-Ohana: Eu fiz uma promessa a você. - mencionei ao tocar seu rosto com delicadeza, ainda de pé. - Irei cumpri-la.

-Larissa: E quanto ao seu irmão? - questionou baixinho ao erguer-se e manter sua boca próxima à minha, enquanto seus olhos buscavam os meus desesperadamente.

-Ohana: O propósito da vida dele, e o desejo mais implacável... - mencionei ao segurar sua cintura com a mão livre. - Sempre foi a minha compreensão.

Seus lábios afáveis tocaram os meus com delicadeza. O gosto amelado de sua boca, misturou-se com a minha prendendo-me ao seu corpo por alguns longos segundos. Onde inebriei-me com seu gosto.

(...)

As aulas haviam sido cansativas, tanto quanto as provas feitas no fim da manhã. Eu estava extremamente exausta, e meu silêncio revelava isso.

-Pietro: O que fez no fim de semana? - questionou meu irmão assim que entramos eu meu carro.

-Ohana: Nada demais. - menti, sem tanta importância.

-Pietro: Não minta. - surpreendeu-me. - Papai me ligou inúmeras vezes, perguntando-me por você.

Eu havia desligado meu celular por todo fim de semana. Afinal, com ele ligado meu pai tinha acesso a minha localização, era uma questão de segurança, e tanto eu quanto meu gêmeo sabíamos disso. Mas, eu não queria que ele soubesse sobre Larissa. Valeria a pena desligar o aparelho, e irritá-lo por dois dias, para tê-la comigo.

Quando Pietro olhou-me, assim que parei no semáforo. Percebi que havia enganado-me com o brilho dos seus olhos.... Eram apenas o reflexo dos meus.

(...)

Quando chegamos em casa, Oliver parecia desesperado, e rapidamente seu olhar buscou o meu.

-Oliver: Onde esteve? - questionou-me rapidamente.

-Ohana: Onde eu disse que estaria. - respondi calma, sem estresse algum. - Passeando.

-Oliver: Meu trabalho é cuidar de você! Entendeu? - ele questionou aproximando-se quando sentei-me despreocupada no sofá. - Seu pai já gritou comigo inúmeras vezes, por cada mentira mal elaborada. Eu confio em você e respeito sua privacidade, mas não pode exceder os limites.

-Ohana: Ah claro.. - disse paciente. - Quer a verdade? - questionei e ele assentiu com uma expressão óbvia. - Eu estava transando, quer as posições também ou é o suficiente pra acalmar meu pai?

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