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Larissa:

Depois que finalizei tudo que tinha pra fazer, fomos juntas a Rodeo Drive, uma longa rua em Beverly Hills, com inúmeras lojas de grife. Uma das áreas mais caras do mundo, entretanto um dos lugares mais bem conhecidos pela patricinha. Confesso que passamos um longo tempo, qual ela fez inúmeras compras. Que totalizando deu um valor absurdo. Eu havia pego algumas coisas, mas nada comparado ao valor pago por ela.

-Ohana: Onde você quer jantar? - questionou após guardamos as compras no carro.

Sua mão em minha cintura, acariciava vagarosamente, antes que deixasse um beijo no topo da minha cabeça. Por estar de tênis, e ela de saltos, Ohana ficava consideravelmente um pouco mais alta. Caminhamos até um restaurante mexicano não tão distante, e ela pediu uma mesa reservada. Optou por sentar ao meu lado, e não na minha frente. Sua mão delicada repousou sobre minha coxa, quando deitei vagarosamente a cabeça em seu ombro e apoiei meu corpo no seu.

-Larissa: Amanhã não tem aula e eu não vou trabalhar, deveria inventar uma bobeira e dormir comigo hoje. - sussurrei enquanto brincava com as anéis em seus dedos.

Ela bebia vagarosamente uma taça de vinho tinto, enquanto pela enorme janela na lateral, observava o mediano movimento lá fora.

-Ohana: No hotel ou na sua casa? - questionou carinhosa, com um sorriso inigualável ao olhar pra mim.

-Larissa: Na minha casa. - respondi paciente.

Comemos pacientemente e no fim, acabamos dividindo uma sobremesa mexicana qual sentimos curiosidade. Aqueles momentos pareciam tão bobos, mas eram tão importantes pra mim, e acho que pra ela também...

(...)

Ela foi em casa, tomar banho e trocar de roupas. Além de que, precisava também deixar as "milhares" de sacolas. Kalil foi buscá-la no restaurante mexicano após finalizarmos, e então eu segui pra casa sozinha. Nicolas já havia saído e Matteo estava se arrumando, o que me fez sentir-me mais segura devido ao fato de ter chamado-a sem ter certeza que eles sairiam.

-Matteo: Fecha tudo cedo, ok? - referiu-se as trancas da casa. - Vai ficar sozinha, porque mesmo tendo segurança no condomínio, nos preocupamos.

-Larissa: Eu não tenho 10 anos, Mat. - o chamei pelo apelido e ele sorriu bobo.

Ele abraçou-me carinhoso como sempre era, sem toda aquela marra que fingia. Seus lábios tocaram minha bochecha em um beijo afetuoso, e um "eu te amo" foi sussurrado antes que saísse. Eu respirei fundo quando isso aconteceu. Apesar de todas as dificuldades que enfrentei, tê-los pra mim, foi minha maior recompensa. Eram cuidadosos, gentis e extremamente amorosos, mesmo que as vezes esse amor todo virasse ciúmes.

Aproveitei o tempo pra tomar banho e vestir algo confortável.

Ohana:

Meus pais haviam saído pra jantar, e dessa vez tão pouco me importei em deixar explicações. Apenas peguei algumas coisas, tomei um banho e vesti algo mais casual, e segui em direção a sua casa.

As luzes estavam parcialmente apagadas quando entrei, apenas algumas luzes de LED espalhadas pela decoração da casa iluminavam os distintos ambientes. As portas de vidro que separavam a área de lazer da mansão, encontravam-se fechadas, assim como todas as outras trancas digitais. Larissa guiou-me para seu quarto, com paciência, devido ao fato de não ter ninguém em casa... quais mesmo também avisaram não voltar durante a noite.

Deitamos-nos em sua cama após fecharmos a porta e apagarmos as luzes. Larissa deitou a cabeça em meu peito, após jogar os cabelos vagarosamente para o lado. Evitando contato. Deixei um beijo rápido em sua testa, quando ela colocou uma das pernas sobre meu corpo.

Deslizei a mão por sua coxa desnuda, subindo até sua bunda também despida. Devido a fina calcinha de renda que usava. Larissa estava vestida apenas em um moletom longo, branco, e essa bendita calcinha.

-Larissa: Obrigada por ter me defendido hoje. - mencionou baixinho, enquanto eu ainda acariciava sua perna.

-Ohana: Eu pretendo fazer isso sempre que puder. - especifiquei enquanto dedilhava a pequena tatuagem em sua bunda. Um minúsculo coração.

Suas mãos invadiram meu moletom, acariciando meu abdômen levemente. Suas unhas arranhavam fracamente, levando-me a arrepiar. Seus carinhos afetuosos levavam-me a sentir segurança, de certa forma aquilo me transparecia que o amor, idealizado tão distante pra mim, talvez estivesse perto demais.

Deixei um tapa firme em sua bunda, e um aperto com pressão, após deslizar minha mão por sua coxa, fazendo a sorrir.

Nos dávamos tão bem, que as vezes chegava a ser questionador. Como? Eu era tão difícil sentir-me simpatizada por alguém ao ponto de sentir vontade de conviver. Mas Larissa parecia fazer isso ser tão fácil.

-Larissa: Me chamou de amor hoje... - sussurrou ainda acariciando meu abdômen por baixo do roupa. - Acho que a gente está começando a dar pequenos passos...

-Ohana: Não me arrependo de dar esses "passos" com você. - sussurrei em resposta. - Talvez eu os queira, bem mais do que possa imaginar.

-Larissa: Está falando sério? - questionou ao erguer-se parcialmente, olhando-me com intensidade e deixando um sorriso lindo escapar.

-Ohana: Com toda certeza, meu bem. - respondi.

Larissa sentou-se em meu colo, e inclinou-se sobre mim, selando meus lábios em um selinho rápido. Enquanto ambas sorriamos. Dei início a um beijo afetuoso, demorado e lento, sem segundas intenções.

-Larissa: Eu acho que prefiro você... me chamando de amor. - soou baixinho, com seu tom de voz doce e tranquila.

Coloquei alguns dos seus fios de cabelo atrás da orelha, enquanto ainda a observava sorrir boba, pra mim. Aquele olhar intenso como a noite estrelada, era longe uma das minhas maiores paixões. Tanto quanto aqueles lábios róseos que pareciam chamar insistentemente por mim.

Talvez eu já não fosse tão egocêntrica assim... havia um pequeno espaço meu que a pertencia.

-Ohana: Você é perfeita, sabia? - questionei enquanto mantinha minhas mãos em suas coxas, ainda tendo-a em meu colo. - Cada minúsculo detalhe em você...

Sua beleza era de fato exuberante. Eu não diria como "padrão latino", porque era algo único. Larissa não se comparava a nenhuma garota de Hollywood ou qualquer outro lugar do mundo, e eu sabia isso. Cada traço angelical seu instigava o pecado em mim. Seus lábios carnudos eram tão viciantes a ponto de levar-me aos céus, seu corpo esculpido, suas curvas magníficas e bem desenhadas eram os melhores traços feitos por Deus ou qualquer outra divindade existente. A pele bronzeada destacava-se de longe, seus lumes castanhos encaravam-me como se eu tivesse a galáxia nas palmas das mãos. A bunda grande e os seios fartos, as costas bem definidas como o resto do corpo e as pequenas tatuagens. Os cabelos longos, ondulados ou lisos, sempre se encaixavam bem. Ela era perfeita.

Ela sorriu tímida, escondendo o rosto na curva do meu pescoço e rapidamente levei a mão até sua nuca, acariciando vagarosamente enquanto sorria junto com ela.

(...)

Acabamos nos confortando em uma conchinha, enquanto ela me abraçava por trás. Eu podia sentir meu corpo completamente colado e encaixado ao seu. Enquanto seus lábios tocavam meu rosto em beijos sutis, e sua mão repousava em minha cintura.

-Larissa: Boa noite, meu amor. - sussurrou, e eu sorri sonolenta.

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