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Ohana:

"Teus lábios são o caminho para o pecado. Teu corpo desperta o meu desejo. As tuas curvas ascendem a chama da minha luxúria. Teus olhos intensos e profanos, percorrem minha alma.

Te desejo, mas sei que não posso te ter.

Te vejo e te quero, mas não posso te deixar perceber. Tu és como um demônio que desperta o meu querer. Mas ainda assim sei que não posso te ter." - Natália Rafaela.

Encarei-a do outro lado do balcão, enquanto tomava água. Oliver havia deixado algumas compras antes de notificarem pelo aparelho telefônico, via mensagem, que não ficaria em casa no domingo. Havíamos combinado sobre isso na semana passada, onde eu o liberei. Entretanto eu não prepararia nada, pensava em levá-la a um café no centro de Los Angeles.

-Ohana: O que foi? - questionei baixinho assim que ela colocou-me contra seu corpo e o balcão.

Deslizei as mãos por dentro da blusa larga que vestia, contornando sua cintura e os quadris bem feitos, brincando com a fina calcinha de renda em seu corpo posteriormente. Seus lábios tocaram os meus com maestria em um beijo lento e calmo.

Até mesmo o beijo do demônio tinha o gosto amelado do céu.

Suas mãos seguravam-me pela nuca com tamanha devoção, enquanto seus lábios deslisavam-se com os meus em um beijo tentador.

-Pietro: Você mentiu pra mim! - a voz grossa do meu irmão soou em ignorância, assustando-nos.

Larissa afastou-se rapidamente, assustada. Virei-me de frente para Pietro, enquanto sentia o corpo nervoso da empresária encostar-se ao meu por trás. Os olhos do meu gêmeo estavam furiosos, carregados de um brilho odioso que eu conhecia bem.

-Pietro: Papai me contou a verdade, QUE VOCÊ SEMPRE SOUBE! - ele gritou severo.

Até onde eu sabia, não era pra ele ter chego tão cedo. Mas sua curiosidade foi maior que o teor alcoólico em seu corpo. Sua malevolência foi mais alta em julgar proteger-me, ao deixar-me decidir o que era melhor pra mim.

-Ohana: Eu não menti, Pietro. Eu omiti. - reformulei sua frase.

-Pietro: Sai da nossa casa. - ele olhou-a mais tranquilo, mandando de maneira paciente com a voz um pouco sútil. Diferente de como se dirigia à mim.

-Ohana: Ela não vai sair daqui! - o repreendi, levando minhas mãos de forma protetora até suas coxas, a mantendo perto de mim. - Além do mais, não deveria estar gritando comigo. Eu não sou seu animal de estimação.

Sua postura séria mostrava-me sua irrelevância quanto a minha fala, carregava uma expressão de repulsa enquanto encarava-me com toda fúria pela omissão feita por mim.

-Pietro: Ela é uma fugitiva, é um perigo pra você e pra nossa família. - ele apontou enquanto suas palavras soavam rudes. - Papai está certo. Pela primeira vez em vida eu tenho que concordar com ele.

-Larissa: Você acha que eu não entendo o sentimento de medo do seu pai? - ela questionou paciente e educada, entretanto insegura.

-Pietro: NÃO, VOCÊ NÃO SABE COMO É ESSE SENTIMENTO! - ele gritou com uma ignorância tremenda, sem respeito algum. - Seus pais estão mortos, você não tem família.

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