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-Larissa:

Deve-se tomar cuidado com pessoas bonitas que sabem que são bonitas. Elas são espertas e se favorecem disso! Geralmente não precisão de muito carisma ou gentileza para que gostem delas. Pois quando criam uma visão angelical dela, automaticamente todos em sua volta são persuadidos.

Pessoas assim sabem que com um sorriso, são capazes de abrir portas pro mundo.

Os gêmeos Lefundes haviam se tornado "rei e rainha" de um egocentrismo mais que relevante. E que Deus proteja quem desrespeitasse a "rainha".

-Larissa: Seja essa marquesa ou qualquer outra pessoa através desse celular... - sussurrei ao seu ouvido, com um ar enciumado que de fato carregava. - Somente eu sei te levar aos céus em questão de segundos.

Pude sentir o corpo arrepiado e nervoso assim que a encaixei por trás.

-Larissa: É conspícua a tensão que tem, apenas ao sentir meu toque. - sussurrei outra vez. - E sabe disso...

Ohana era uma santa com os lábios de uma pecadora. Era um anjo com um beijo diabólico.

-Larissa: Ela faz seu tipo? - questionei assim que minhas mãos invadiram a blusa larga, tocando seu abdômen definido e firme.

-Ohana: Ela não faz meu tipo. - respondeu vagarosa ao derrear a cabeça e deita-la em meu ombro. Ao mesmo tempo em que eu beijava demoradamente seu pescoço. - Você faz.

Eu sentia sede de desejo, suas palavras atiçavam minha fome por seu corpo. O leão em minha mente rugia, movendo-se, calculando passos sigilosos à espera de que pudesse dizer. "Ela é finalmente minha".

Alguém quebrado é incapaz de amar outras pessoas, porque passou a maior parte de sua vida tentando juntar os pedaços que restaram de si mesmo. E eu entendia isso, porque havia dedicado todo amor que tinha, para o meu próprio eu. Entretanto... Ohana era minha excessão.

(...)

Descemos juntas até o andar principal quando as refeições pedidas chegaram. Fiz o pagamento digitalmente e então comemos em silêncio na cozinha mesmo. Ohana ainda vestia minha blusa, e apenas uma fina calcinha de renda, a mesma que eu havia tirado em outrora, enquanto eu, havia trocado a toalha branca por um robe de seda, em tonalidade escura. Tínhamos segurança em andar pela casa até mesmo nua se quiséssemos, já que as vidraças eram impossível de dar visão de tudo que acontecia dentro da casa para quem estava fora.

-Ohana: O que vai fazer amanhã? - questionou-me antes de levar o garfo com um pedaço de pizza até a boca.

-Larissa: Nada. - respondi paciente após sentir suas mãos seguraram firmes em minha cintura, ao mesmo tempo em que apoiava seu rosto em meu ombro. - Quer ficar fazendo nada comigo até segunda pela manhã?

-Ohana: Hum rum... - respondeu positivamente em um resmungo, antes de beijar meu pescoço de maneira sútil.

Levei o garfo até sua boca, alimentando-a e em seguida ela sorriu pra mim.

Acho que aos poucos ganharia a patricinha...

Ohana:

Eu tinha algumas roupas no carro, e bem, não me colocaria oposta aquele questionamento outrora respondido positivo. Afinal ficaria sozinha em casa.

Larissa sentou-se no sofá e eu sentei-me ao seu lado. Recordei-me de que teria o início das provas a partir da segunda feira, e ao comentar com Larissa, de forma gentil ela ofereceu ajudar-me a aprimorar meus conhecimentos. Bem, ela era super inteligente e eu não tinha dúvida disso.

-Ohana: Aceito. - respondi com um sorriso fraco antes de beijar sua boca em agradecimento.

(...)

Ela me ajudou com as matérias qual eu tinha mínimas dúvidas. Explicou-me maneiras mais complexas de resolução teórica e até mesmo deu dicas de como solucionar alguns cálculos mais longos, de forma mais fácil. Usávamos a plataforma digital, disponível pela Harvey, onde fiz inúmeras anotações no caderno digital. E passamos um longo tempo fazendo isso.

-Larissa: Se tiver dúvidas, podemos aprimorar um pouco mais. - revelou gentil, assim que levantei-me da cama para guardar o Ipad em minha bolsa.

-Ohana: Eu não tenho mais dúvidas. - a respondi educada. - Além do mais... sou bem inteligente pra este teste bimestral.

Larissa sorriu ao levantar-se e me acompanhar até o banheiro, onde tomamos um banho juntas. Demorado, pelo fato de termos tornado ele um ato sexual. Mantive-me em baixo do chuveiro, enquanto tinhas as mãos repousadas em seu abdômen bem definido, ao mesmo tempo em que seus braços envolviam meu pescoço. Naquele curto tempo, pude analisar as tatuagens espalhadas por sua pele delicada e bronzeada, eram lindas. E carregavam significados, qual eu não questionaria agora.

Era por volta das 18:40 quando deitamos-nos na cama. Por mais que eu tivesse roupas na bolsa, optei por vestir peças íntimas limpas e uma outra blusa larga sua. Ela vestiu uma calça moletom e um cropped básico, qual deixava seu abdômen a mostra.

-Larissa: Vem cá... - chamou-me baixinho, e então deitei a cabeça em seu peito, envolvendo sua cintura. Eu sentia-me segura de certa forma, e então não me opus quando tive a oportunidade de envolver-me a ela.

Eu nunca havia imaginado que estaria na cama de uma mulher, coberta com ela pelos seus edredons, tendo ela 24 anos e sendo mãe do meu melhor amigo. Sentindo-me pela primeira vez em vida, segura nos braços de alguém que não fosse Pietro. E por mais que não sentisse nada, em relação a afeto amoroso, eu me sentia em paz, mantendo esses curtos espaços de tempo que passávamos juntas.

Senti beijos demoramos e fracos serem deixados em minha cabeça, ao mesmo tempo em que sua mão segurava sutilmente em minha cintura. A morena assistia algo na TV em seu quarto, e enquanto observava o filme americano, eu apenas dava atenção ao que fazíamos naquele exato momento. Talvez fosse loucura da minha parte, deixar-me realizar atitudes nunca realizadas com outro ficante.

Isso talvez levaria-me a queda interior, e Larissa seria a culpada disso.

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