Impensado

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Ohana:

Acordei sozinha depois de um sexo intenso que tivemos, antes mesmo dela sair para o trabalho. A cama estava bagunçada, parte do lençol de seda em tonalidade bege ia ao chão. Eu encarava o ambiente meramente escurecido, devido as cortinas fechadas e relembrava de cada toque recebido mais cedo.

Inalei fundo e suspirei pesado, o perfume doce da morena ainda emanava em meu quarto. Sentei-me na cama e ergui o lençol de seda, cobrindo minha nudez. Busquei o celular ao lado, e notei que haviam mensagens suas confirmando o café da tarde com minhas tias. Eram melhores amigas da minha mãe, moravam em Washingtone só tinham tempo para me ver àquela tarde, por ser uma passagem rápida em Los Angeles. E eu queria que conhecessem, minha garota, assim como elas insistiam em vê-la.

Tomei um banho quente, e por estar suspensa, me dei o luxo de deixar os estudos para a noite e tomar um café da manhã em minha própria e solitária companhia. Em uma cafeteria no centro de Los Angeles, fiquei por cerca de meia hora. Meu pedido foi simples, um croissant e um café com leite. No fim, uma sobremesa com frutas vermelhas.

Ergui o óculos ao rosto após pagar a conta e direcionei-me em passos vagarosos até meu carro particular. Permiti-me ficar ali por alguns minutos, enquanto tinha o celular em mãos e na tela bloqueada observava a minha foto ao lado da morena. Ela tinha um sorriso simplório, mas ditador de muitos sentimentos. Seu olhar era morno, doce, carinhoso, direcionado a mim com demasiada atenção. Seu braço descansava sobre meu ombro, enquanto dispersa eu analisava a paisagem. Era algo espontâneo... de certa forma.

Larissa:

Era por volta das 16:00 quando Ohana adentrou minha sala de reunião. Todos ali fitaram-a com impacto, surpresa. Ela olhava-me indecente, carregada em irritação.

-Ohana: Já são 16:00 horas, você está meia hora atrasada. - ela soou rouca.

-Larissa: Meu bem... - chamei paciente mantendo-me na mesma postura, tendo em mãos os papéis, e na tela enorme a frente, o slide qual era transmitido os novos projetos. - Estamos ocupados aqui, pode sair?

-Ohana: Nós precisamos ir, minhas tias estão esperando. - disse paciente, apoiando-se.

-Larissa: Estou pedindo pra você esperar.

-Ohana: Já disse que não posso esperar. - ressaltou com inexpressão facial.

-Larissa: Nesse caso, peço educadamente que ligue para suas tias e cancele. - pedi paciente. - Meu amor, é importante.

-Ohana: Prometemos que íamos ao café. - ela disse dando passos vagarosos a frente, e a porta de vidro atrás de si, fechou-se.

-Larissa: Você percebe o que está acontecendo nesta sala, agora? - questionei devido a tamanha insistência vinda da patricinha.

-Ohana: Sim, e depois do café você termina essas papeladas. - ela ressaltou, ao mesmo tempo em que fitava todos ali sentados em volta da enorme mesa de vidro. - Agora, vamos.

O meu olhar atencioso, lançado sobre a loira, foi o suficiente para levar alguns dos presentes ali, a sorrir descaradamente.

-Anitta: Não me olhem assim... - reclamei, caminhando em direção a loira.

Sabiam quem de fato mandava, e com complexa certeza... não era eu.

(...)

Narrador:

O caminho até uma cafeteria de Los Angeles, não foi tão curto. Ohana tinha a destra repousada sobre a coxa da empresária, que contrapartida, dava sua completa atenção a pista.