Ohana:
Quando a palestra finalizou, sai ao lado de Pietro e tão pouco dei atenção ao moreno ao meu lado. Ele também não fez questão, revelando a reciprocidade. Apenas me olhou calmo, e então seguiu ao lado do gêmeo para fora do auditório.
-Pietro: Você é mesmo imprevisível. - revelou com a voz grossa e angelical de maneira paciente.
Sorri de canto sem dá-lo tanta atenção. Felipe nos acompanhou outra vez, e enquanto mantínhamos um assunto aleatório em pauta, meu irmão simplesmente observava entediado para as pessoas e o lugar.
-Ohana: Como se chamam os gêmeos? - questionei mudando completamente o assunto, os encarando de maneira discreta.
-Felipe: Sério que não sabe? - ele questionou confuso. - São os irmãos Machado.
-Ohana: Me pareciam irrelevantes. - revelei, fazendo o brasileiro sorrir.
-Felipe: Estudam aqui a pouco mais de um ano. Entramos praticamente juntos. - ele explicou-me. - Nicolas e Mateo são um tanto quanto intimidantes e persuasivos como a mãe. - ele revirou os olhos, ao comenta-la.
-Ohana: Os conhece bem... - revelei tentando saber um pouco mais. E ele assentiu.
-Felipe: Nossos país mantêm negócios em comum, digamos que eu os tenho por perto quase sempre. - ele evidenciou.
Apenas assenti revelando meu desinteresse em continuar aquele assunto.
(...)
As mesas eram separadas por duplas, devido a este fato mantive-me na companhia do meu irmão. Um pouco antes da aula começar, os gêmeos chegaram. Evidenciei o garoto de moletom branco, colocar o capuz segundos antes de praticamente jogar a mochila sobre a mesa com completo desinteresse sobre a aula que iniciaria-se.
-Nicolas: Se fizer isso outra vez, vou jogar você através dessa janela. - revelou o garoto alto, que permaneceu de pé.
-Mateo: Tenta. - revelou encarando-o com seus olhos castanhos e malevolentes.
Eu não conseguia diferencia-los ainda. A personalidade entre os dois parecia ser completamente igual. O garoto de moletom idêntico, entretanto vermelho, rebateu-o com um tapa fraco e implicante sobre a nuca do gêmeo. O provocando.
-Ravi: Os dois, parem. - comentou o professor assim que entrou na sala em passos apressados, fechando a porta da mesma maneira. Repreendendo-os sequencialmente. - Enfim, aos alunos novos... - ele passou o olhar olhar encarando a mim e Pietro, sequencialmente a duas garotas nas primeiras carteiras. - Me chamo Ravi, sou professor de geotécnica, solo e topografia. Será um prazer participar da evolução de vocês.
Aquela aula era tediosa, ademais prestamos bem atenção. Nossos pais não partilhavam do desgosto em sermos ruins quanto a educação. Entretanto anotei somente o necessário, e me coloquei na obrigação de revisar tudo aquilo posteriormente. Eu estava cansada e sonolenta, não havia dormido bem. Ao sair de Ravi, observei o pequeno confronto entre as garotas a nossa frente, o que fez revelar um sorriso fraco em meus lábios
-Melissa: Bom, eu tenho mais coisas pra fazer do que ficar pensando na roupa que vou usar. - revelou a marquesa, dispersa e desinteressada com a provocação de Arielle.
-Arielle: Claro, você deve estar pensando nas roupas que vai arrancar do próximo morto de fome que pegar, né querida? - questionou óbvia, antes de revirar os olhos.
-Pietro: Adorei este lugar. - meu irmão sussurrou com um sorriso vitorioso.
Observei o garoto na primeira mesa erguer-se parcialmente e dar dedo para a veterana. Seu nome era Ariel, bem.. as fofocas corriam rápido e eu já sabia do envolvimento do bolsista com a marquesa. O que tinha virado piada para sua exemplar reputação. Seguidamente olhei em volta e o sorriso orgulhoso surgia nos lábios do garoto de moletom branco, qual tinha de maneira desajeitada a postura e brincava com a caneta em sua mão.
(...)
Depois da aula, fui com Pietro e Felipe até o restaurante tailandês não tão distante do campus. Pedimos por algo e enquanto esperávamos, pude perceber que era bem frequentado pelos alunos da Harvey Mudd. Eu mexia no celular pacientemente enquanto não dava tanta atenção a conversa mantida na mesa. Felipe tinha um ar doce e gentil, aquilo era surpreendente pelo fato de convivermos entre pessoas mesquinhas e egocêntricas. E eu não podia negar que também era assim.
-Felipe: Não quer beber nada? - o garoto loiro questionou após pedir uma bebida ao garçom que nos atendeu.
Me peguei pensativa por alguns segundos até buscar em mente o que queria.
-Ohana: Pode trazer um coquetel Sgroppino? - questionei e após ele afirmar que tinha, assenti em agradecimento e sussurrei um obrigada quase inaudível.
Era uma bebida adorada por mim, com um sabor discreto de uvas paulistas, atenuado no fraco sabor das folhinhas de hortelã. O sorvete de limão qual compunha a receita, deixava o sabor excêntrico e suave, ademais revelando sua tonalidade branca.
-Felipe: Gosto peculiar. - o loiro revelou com um sorriso fraco.
Assenti com um sorriso quase não notório. Desviei minha atenção assim que os gêmeos adentraram o espaço e de forma "folgada" sentaram-se conosco. Seus olhares foram focados em Felipe que rapidamente revirou os olhos em completa irritação.
-Felipe: O que querem? - questionou malevolente, entretanto, calmo.
-Nicolas: Lipe... não seja rude. - mencionou com uma falsa feição de chateação, levando seu gêmeo a sorrir de forma sútil.
-Felipe: Vamos Nic! - revelou o apelido, e então cheguei a conclusão de que o garoto vestido de vermelho era Nicolas, o mesmo qual havia sentado ao meu lado.
-Mateo: Queremos carona. - revelou o de branco com uma expressão eloquente. - Mamãe bloqueou nossos cartões e fez questão de dizer ao motorista que não viesse caso chamássemos.
-Nicolas: Relembre que foi por culpa sua. - o gêmeo revelou o olhando persuasivo e então Mateo assentiu com um ar de sinceridade.
-Mateo: Enfim... como mora próximo, pensei que pudesse levar-nos. - ele foi paciente com sua voz doce e convincente. - O que acha?
-Felipe: Que seja. - ele respondeu tedioso. - Vão ficar me devendo uma.
-Nicolas: Claro. - sorriu fraco.
Permaneceram conosco, e enquanto eu desfrutava da bebida que havia pedido, observava a tensão entre Nicolas e Felipe. Carregavam olhares cheios de desejo e eu já até mesmo podia imaginar. Ao evidenciar minha percepção, o gêmeo Mateo olhou me calmamente e deu início a um assunto para desviar minha atenção.
-Mateo: Pietro, não é? - questionou baixo e meu irmão assentiu. - Sobre o trabalho de geotécnica... podemos fazer na minha casa? - questionou.
-Pietro: Ok, tudo bem. - respondeu sem muita euforia.
Eu tinha completamente me esquecido dessa bobeira. Entretanto recordei-me de como havia insistido a Ravi que deixasse-me fazer com Pietro, já que éramos irmãos e vivíamos juntos. Entretanto ele argumentou sobre socializar, dividindo-nos. Pietro faria com Mateo, e bem... eu com Nicolas.
-Nicolas: Sendo assim... Ohana, acho que podemos fazer no mesmo dia. - ele sugeriu e eu assenti ainda em silêncio.

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Impensado
FanfictionIvana Lefundes e Sidney, haviam tido gêmeos... e bem, eles haviam crescido com educação invejável, e padrões comportamentais ensinados. Mas será que fariam jus ao nome da família tão renomada e honrada? E quanto a Larissa? Quando apareceria no cami...