A Scared Child

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 Voldemort suspirou, e sim, Lordes das Trevas suspiram. Me atrevo a dizer que Lordes das Trevas suspiram muito mais do que pessoas normais, especialmente Tom, que estava cercado por incompetentes.


ele fechou a porta atrás de si, sabendo que seus comensais só piorariam as coisas. No chão, Harry já havia parado de diminuir e se contorcer de dor. Demorou quase cinco minutos para os olhos cor Avada se abrirem novamente, olhando ao redor com uma curiosidade infantil, que só podia ser descrita como fofa.


Harry não sabia aonde estava. Ele vagamente se lembrava de estar em seu armário, e do nada, ele abriu os olhos nesse lugar desconhecido. Seu corpo todo parecia doer, mas ele não se importou muito, isso era normal. Suas roupas pareciam diferentes, e quando ele tomou coragem para tirar os olhos das paredes estranhas cheias de frascos e plantas, ele notou que estava usando o que ele achava que era um vestido, mas logo percebeu que se tratava de uma camiseta grande.


- Potter - uma voz assustadora falou, fazendo com que Harry se virasse rapidamente. Um suspiro de alivio saiu de seus lábios antes que Harry pudesse impedir, não era Vernon!


- s-sim, S-Senhor? - Harry estava feliz por não ser seu tio em sua frente, mas o homem de olhos vermelhos parecia levemente bravo, e Harry temia que fosse sua culpa, afinal, ele estava em uma sala estranha, que provavelmente pertencia ao homem cinza. Harry se perguntou se a falta de nariz influenciava no mau humor do homem.


Tom suspirou mais uma vez. Ele apontou a varinha para si mesmo, fazendo com que a cara de lagartixa fosse embora. Em seu lugar, um Tom Riddle de vinte e poucos anos apareceu, a única semelhança com sua forma de cobra eram os olhos vermelhos. Os olhos Avada brilharam ao ver Tom fazer magia, mas o medo não foi realente embora. Algo no fundo da mente de Tom lhe dizia que o medo da criança não tinha nada a ver com sua aparencia.


Harry encarou o homem em sua frente, e se perguntou se o dono dos olhos vermelhos era uma aberração como ele, mas Harry logo mandou esses pensamentos embora. O homem não parecia uma aberração. Ele esperou pacientemente pelo que pareceu uma eternidade para ver se o homem brigaria com ele, já que ele claramente sabia quem Harry era, mas ele não falou nada, o que deixou Harry ainda mais apreensivo.


Voldemort olhou para a bagunça que Potter havia feito em sua sala de poções preferida, e se segurou para não sorrir. Mesmo inconcientemente, Potter sempre achava uma forma de estragar tudo. Mais da metade da poção estava esparramada em cima do balcão, e vários ingredientes aleatórios estava espalhados ao redor. Ele teria que começar tudo de novo.


- você fez uma bela bagunça, Potter - Tom falou, automaticamente. Secretamente esperando uma resposta irônica. Por alguns segundos, ele esqueceu que em sua frente não estava o Harry Potter irritante que amava o irritar e usar seu nome trouxa, mas sim uma criança assustada.


- S-sinto M-muito, Senhor - Harry sentiu um arrepio passar por todo seu corpo. Ele seguiu o olhar de Tom, e viu a bagunça que ele havia mencionado. Harry não se lembrava de ter feito aquela bagunça, mas se o homem dizia que era culpa dele, então era culpa dele. Harry já estava acostumado com isso. Tudo era culpa dele.


Harry se virou e foi correndo em direção ao balcão, ignorando a dor em seu corpo. Ele não viu nada que pudesse ser usado como pano, e pensou se deveria ou não limpar com a mão. O Homem de olhos vermelhos não era Vernon, mas ele não queria arriscar o deixar com raiva. Harry ergueu a mão, pestes a limpar a bagunça, ou pelo menos tentar, mas Tom segurou o braço, que era mais fino do que seria considerado saudável, antes que a pequena mão entrasse em contato com os restos da poção.


A criança se perguntou se havia feito algo errado. 


Com um movimento de varinha, Tom fez toda a bagunça desaparecer, e como um bônus, os olhos Avada brilharam mais uma vez. Ele se segurou para não dizer nada que pudesse assustar Potter ainda mais. Voldemort não era uma pessoa boa, ele certamente não tinha uma gota de paciência com os incompetentes que o cercavam, mas por algum motivo (ele gostava de acreditar que era porque ainda tinha esperança de conseguir a profecia), ele parecia ter toda a paciencia do mundo quando olhava para os olhos verdes de Harry Potter.


- você poderia ter se machucado - Tom explicou. Ignorando sua voz interior que lhe dizia que Lorde das Trevas não deviam dar explicações.


- sinto muito, Senhor - Harry abaixou a cabeça, esperando ser repreendido, mas o homem de olhos vermelhos não disse mais nada sobre o assunto. 

Bad IdeiaOnde histórias criam vida. Descubra agora