Bad Ideia

Sleepy Harry

 Harry não precisou olhar para os olhos vermelhos para descobrir que ele estava com raiva. Ele podia sentir a raiva tomando conta do quarto, e isso o assustou. Harry ficou com medo de ter feito algo erado, e começou a pensar no que quer que tenha feito que poderia ter irritado o homem de olhos vermelhos. 

Barty se curvou, e se segurou para não sair correndo. Ele poderia ter entrando a qualquer momento, mas decidiu fazer isso no exato momento em que seu Lorde perdeu o controle de sua magia.

-eu sinto muito – Harry sussurrou, tremendo. Ele abaixou a cabeça, e esperou pela punição que obviamente iria receber. Ele ainda não sabia o que havia feito de errado, mas tinha certeza de que era sua culpa. Tom usou todo o autocontrole que não tinha, para controlar sua magia.

-você não fez nada de errado, Harry – Tom se aproximou da criança, tentando o acalmar. Quando ele se abaixou para ficar da altura da criança, o Lorde notou que Harry estava chorando. Ele secou as lágrimas que começaram a cair – eu não estou bravo, Harry – Voldemort tentou novamente – a culpa não é sua.

-não? - ele perguntou, ainda com medo.

-não. Eu estou bravo com Barty – Tom mentiu, alheio a reação de seu comensal, que definitivamente não esperava por isso - ele fez algo errado, não você - Harry concordou com a cabeça, e se acalmou um pouco. Ele ainda achava que havia feito algo errado, mas o homem de olhos vermelhos não tinha motivos para mentir.

-meu Senhor? - Barty chamou – devo me retirar? - ele não tinha certeza se seu Senhor estava realmente bravo com ele ou não, mas o comensal não ficaria por perto se pudesse fugir.

-não, eu ainda preciso de você - Tom estendeu a mão, pedindo a poção. Barty se obrigou a se aproximar de seu Senhor. Ele entregou a poção, e se afastou o mais rápido possível - beba isso, Harry.

Harry pegou o frasco, e Tom não conseguiu deixar de notar que o mesmo parecia gigante nas mãos pequenas de Harry. A criança bebeu tudo, sabendo que não teria escolha. Ele nunca tinha. O gosto era horrível, mas Harry não reclamou.

Tom notou que Harry estava começando a ficar com sono, e lembrou que já era tarde. Harry não queria ser um incomodo, mas ele não conseguiu segurar o bocejo. Ele esperava que o homem de olhos vermelhos não ficasse bravo.

-eu acho que já está na hora de você dormir, Harry - Tom tentou soar calmo, ele definitivamente não queria assustar a criança. Harry concordou com a cabeça.

-onde devo dormir, senhor?

-aqui – Tom achou que fosse obvio, mas aparentemente, não era. Harry olhou ao redor, se perguntando se teria que dormir no chão, ou o homem de olhos vermelhos o colocaria em outro armário. Voldemort seguiu o olhar de Harry, que saiu do chão, e começou a olhar ao redor, e ele finalmente entendeu o que se passava na cabeça da criança.

-esse quarto será seu enquanto você estiver aqui, Harry – o Lorde explicou – tudo aqui é seu, especialmente a cama- sabendo que a criança pretendia protestar, Tom o pegou no colo, e o colocou deitado na cama – tente dormir um pouco – Harry concordou, ainda achando que não merecia uma cama tão confortável.

Voldemort ordenou que Barty o seguisse, e os dois foram para o escritório do Lorde. Como Lorde das Trevas não davam explicações, ele ordenou que Barty esquecesse o que havia acontecido no quarto de Harry. O Lorde também chegou à conclusão de que não estava com vontade de lidar com seus seguidores.

-Diga para os outros o que aconteceu com Harry, e que eu os proíbo de o incomodarem – Voldemort ordenou – eu tenho planos para com a criança, e não vou admitir que esses incompetentes os estraguem mais uma vez. ninguém tem permissão de chegar perto de Harry Potter sem a minha autorização. Se vocês não tivessem passado dos limites, eu já teria conseguido a informação que precisava.

Barty se curvou, e se retirou. Ele sabia que a forma como seu Lorde havia tratado a criança deveria ser mantida em segredo, ele nem mesmo sabia se seu Senhor notava o quão diferente ficava quando estava perto da criança.