Remus arrastou Sirius e Barty consigo, deixando Harry e Tom sozinhos. Remus tinha certeza de que Harry ainda não entendia seus próprios sentimentos, e talvez a companhia do Lorde das Trevas o ajudasse a perceber. Remus esperava que Harry também notasse os sentimentos de Tom, mas ele conhecia seu filhote, e sabia que Harry não perceberia sozinho.
- Harry... - Tom começou. Ele não tinha certeza do que queria dizer, mas sabia que precisava falar alguma coisa - você gostaria de me acompanhar em uma caminhada pelos jardins?
- eu adoraria - Harry respondeu. O sorriso fofo em seus lábios derreteria o mais congelado dos corações.
- Barty me contou que você está indo muito bem em suas aulas - Tom falou, tentado puxar assunto. Fazia muito tempo desde a ultima vez que ele ficou sozinho com Harry - ele está orgulhoso, e nada o faz calar a boca. Acho que todos os meus comensais já sabem de suas proezas acadêmicas - Harry riu.
- obrigado... eu acho. Barty é um ótimo professor, mas eu sinto que ele está assustando alguns primeiros anos sem querer. Mas não é nada preocupante - Harry adicionou, vendo o olhar de Tom - ninguém suspeita de seu disfarce. Falando nisso, de quem foi a ideia de fazer Barty se passar por mulher?
- a ideia foi de Lucius - Tom admitiu - mas algo me diz que foi Narcissa quem realmente pensou nisso, não que Lucius saiba, é claro.
Os dois caminharam em silêncio por alguns minutos, mas não chegou a ser um silêncio desconfortável. Harry percebeu que ele estava nervoso, mesmo que não tivesse nenhum motivo para isso. Uma parte de si queria apenas ignorar o nervosismo, mas ele sabia que se ignorasse, ele não iria embora, e Harry não gostava de ficar nervoso perto de Tom.
Harry decidiu que a única forma de mandar o nervosismo embora era descobrir o que o deixava nervoso e lidar com isso. Hermione e Draco ficariam orgulhosos de sua decisão. Harry riu com esse pensamento. Ele pensou por longos minutos, mas sua mente o distraía.
Não demorou muito para os dois finalmente chegarem aos jardins. Tom voltou a conversar com Harry, e Harry esqueceu o nervosismo estranho que estava sentindo, focando apenas em Tom. aqueles olhos vermelhos ainda chamavam sua atenção.
Harry achava que sua atração pelos olhos de Tom fosse algum tipo de fixação infantil. Tom foi a primeira pessoa que o tratou bem, e seus olhos, assim como sua falta de nariz, foram as primeiras coisas que Harry viu quando virou uma criança. Ele achava que era por isso que gostava tanto de olhar para eles, porque eles o lembravam da sensação de segurança que Tom lhe dava, mas Harry não era mais uma criança, e ele não precisava mais de Tom para o defender. Então porque ele ainda se perdia na imensidão dos olhos do Lorde das Trevas?
- eu ouvi falar que o por do sol era lindo visto daqui - Tom falou, trazendo Harry de volta para a realidade - mas nunca me dei ao trabalho de descobrir se era verdade.
Harry olhou para o sol, enquanto ele lentamente sumia - é lindo, Tom - Harry comentou, maravilhado. Ele também nunca havia se dado ao trabalho de observar o por do sol.
- sim, Lindo - Tom concordou. O Lorde das Trevas não estava olhando para o sol. Seu olhar caia em algo muito mais deslumbrante.
Horas depois, sozinho em seu quarto, Harry teve uma epifania. Ele corou, rolou de um lado para o outro em sua cama, e gritou em seu travesseiro. Harry estava errado! Descobrir o porquê de seu nervosismo não o ajudou. Ele morreria de vergonha na proxima vez que visse Tom, e isso seria na manhã seguinte.
Ele nunca mais poderia olhar nos olhos vermelhos sem que suas bochechas adquirissem a mesma tonalidade!
Harry queria se esconder de tudo e todos. O que Tom pensaria de si?
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Bad Ideia
FanfictionVoldemort não podia matar Harry Potter, pelo menos, não até que ele descobrisse a profecia que apenas Harry sabia. Harry preferia a morte. Ao ser sequestrado por Voldemort, Harry tenta fugir e acaba em uma sala de poções, onde ele tem a brilhante...