Voldemort voltou para a sala de poções, e como era de se esperar, encontrou Harry exatamente aonde o havia deixado. Crianças normalmente não ficavam paradas por muito tempo. Harry pareceu se assustar ao ouvir alguém entrando na sala, mas se acalmou ao ver o Lorde das Trevas.
- Harry – Tom chamou, sem perceber que estava usando o primeiro nome da criança - venha comigo – o Lorde estendeu a mão para Harry, e a criança o tocou com relutância. Voldemort chegou à conclusão de que Harry ainda estava com um pouco de medo, o que era compreensível depois da história que ouvira, mas esse não era o único motivo.
Tom levou Harry para fora da sala de poções, e mesmo que a criança tentasse prestar atenção, ele sabia de que nunca lembraria do caminho de volta, aquele lugar parecia um labirinto. Harry começou a pensar em quão difícil seria limpar aquela casa. Se o homem de olhos vermelhos não o devolvesse, ele descobriria, mas isso não importava muito porque o homem de olhos vermelhos era legal, e Harry não se importaria em limpar aquele lugar infinito, se ele pudesse continuar perto dele.
Harry tinha certeza de que seria devolvido.
O Lorde das Trevas estava alheio ao que se passava na cabeça de Harry, e só conseguia pensar em quanto tempo demoraria para Barty voltar com a poção. Ele já havia desistido de tentar entender suas ações, ele genuinamente se preocupava com o bem estar de alguém que ele considerava seu pior inimigo (com exceção da cabra velha).
Ao se aproximarem de uma escada, que levava para os quartos, Tom não pensou duas vezes antes de pegar Harry no colo. A criança provavelmente se cansaria, mas não diria nada. Harry se assustou ao ser erguido, mas prontamente se acalmou ao perceber que o homem de olhos vermelhos não o machucaria.
O Lorde só soltou a criança quando eles entraram no quarto que agora pertenceria à Harry. Como mencionado antes, o quarto ficava ao lado do quarto do Lorde. Nenhum comensal poderia entrar sem permissão, então Harry ficaria seguro até ele explicar... Lordes das Trevas não devem explicações a ninguém! até ele ordenar que eles não tocassem em Harry.
Harry se sentiu ser colocado em uma cama confortável, e estranhou. Ele não estava acostumado a ter permissão de chegar perto de uma cama de verdade, a não ser que ele tenha que arrumar a cama. O homem de olhos vermelhos não parecia esperar isso dele, então ele apenas ficou parado aonde havia sido colocado, esperando por instruções.
Tom encarou a criança por alguns segundos, e notou que ele definitivamente precisava de um banho e roupas novas. A camisa gigante que ele estava usando como um vestido estava toda suja, não apenas com alguns respingos da poção, mas também com os vestígios da batalha do ministério.
- Harry, quantos anos você tem? - Tom chegou à conclusão de que ele não sabia dar banho em uma criança, e essa era uma habilidade que ele não pretendia aprender. Ele nem mesmo se lembrava de com que idade era considerado aceitável para uma criança fazer isso sozinha. Na verdade, ele tinha certeza de que Harry era mais independente do que as outras crianças de sua idade, mas dependendo da idade de Harry, ele teria que se obrigar a perguntar se ele precisava de ajuda.
- eu tenho sete anos, senhor – Harry respondeu baixinho. Tom o encarou sem acreditar. Se ele não fosse um Lorde das Trevas, ele provavelmente estaria de boca aberta. Ele jurava que Harry tinha quatro, talvez cinco, mas nunca lhe passou pela cabeça que ele pudesse ter sete, ele era definitivamente muito pequeno para ter sete anos, porra, ele era pequeno para cinco.
O Lorde concordou com a cabeça, e se perguntou como sugerir um banho sem ofender Harry. No fim, Tom decidiu apenas perguntar se Harry gostaria de tomar banho, e ele concordou, já que entendia a pergunta como uma ordem.
Tom levou Harry para o banheiro, que ficava no quarto, e se sentiu na obrigação de explicar que Harry podia demorar quanto tempo quisesse. Ele odiou essa sensação. Enquanto Harry tomava banho, Tom transfigurou algumas roupas para ele, e não resistiu à vontade de o colocar em uma blusa verde Sonserina com pequenas cobras que se moviam por conta própria.
Quando Harry saiu do banheiro, mais rápido do que Tom gostaria, os olhos Avada brilharam ao ver a blusa verde. Harry nunca teria imaginado que algo assim seria possível. Ele olhou para o homem de olhos vermelhos em uma pergunta muda, como se pedisse permissão para usar a roupa que parecia muito mais confortável do que qualquer coisa que ele já havia usado. Tom obviamente concordou.
Harry sabia cuidar de si mesmo desde cedo, já que sua tia odiava o ajudar, mas ele estava acostumado a usar as roupas velhas de seu primo, que era muito maior do que ele, então, quando ele tentou colocar uma blusa que realmente era feita para seu tamanho, ele teve um pouquinho de dificuldade. Tom acharia fofo, se ele não tivesse assustado com o que havia visto na costas de Harry.
Não foram os machucados que o assustaram, O Lorde já esperava por eles. Harry disse que seu tio o bateu até que ele apagasse. Tom tinha poções para isso. O que o assustou foi a cicatriz gigante que tomava conta das costas de Harry. Em diagonal, começando de baixo para cima, a palavra "Freak (aberração)" havia sido escrita.
Tom perdeu o controle de sua magia, e Barty cometeu o erro de entrar exatamente nesse momento.
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Bad Ideia
FanfictionVoldemort não podia matar Harry Potter, pelo menos, não até que ele descobrisse a profecia que apenas Harry sabia. Harry preferia a morte. Ao ser sequestrado por Voldemort, Harry tenta fugir e acaba em uma sala de poções, onde ele tem a brilhante...