More Potions

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 Harry acordou assustado. Ele temia que tudo fosse um sonho, e que ele estivesse de volta em seu armário. A criança contou até dez mentalmente, tentando tomar coragem para abrir os olhos. Harry não sabia como iria reagir se ainda estivesse em seu armário. Conhecendo sua sorte como ele conhecia, talvez ele realmente estivessem nos Dursleys.

Ao abrir os olhos, Harry notou que não foi um sonho. Ele realmente estava na casa do homem de olhos vermelhos. Ele não teria que voltar para os Dursleys! Harry se sentou na cama e olhou ao redor. O quarto era exatamente como ele se lembrava. Harry ainda não conseguia acreditar que alguém se daria ao trabalho de lhe deixar dormir um quarto tão grande e confortável como esse.

Harry percebeu que estava com vontade de usar o banheiro, mas não tinha certeza se podia. Então ele se lembrou que o homem de olhos vermelhos havia dito que o quarto era dele. Ele nunca teve um quarto antes. Mas se o quarto era dele, talvez o banheiro fosse também. Ele lentamente se levantou da cama, e foi em direção ao banheiro, esperando que o homem de olhos vermelhos não ficasse bravo.

A criança voltou o mais rápido possível para a cama, sem saber ao certo se tinha permissão para sair do quarto ou não. Harry se perguntou por quanto tempo teria que esperar. Talvez o homem de olhos vermelhos esquecesse dele, ou talvez ele estivesse muito ocupado para ver Harry, talvez ele dormisse até tarde, ou talvez ...

Os pensamentos de Harry foram interrompidos quando ele ouviu uma batida na porta, e logo em seguida a mesma foi aberta, e olhos vermelhos encontraram os verdes. Tom entrou no quarto e sorriu para Harry. O Lorde das Trevas havia acabado de perceber que passou a noite toda acordado, fazendo poções.

Voldemort havia colocado um feitiço no quarto, para que ele soubesse quando Harry estivesse acordado. Tom tinha certeza de que a criança não sairia do quarto por conta própria tão cedo. Ele esperava que Harry dormisse até tarde, mas ele sabia que isso nunca iria acontecer.

- você já fez sua higiene matinal, Harry? - a criança concordou, com medo de ser repreendida, mas Tom apenas sorriu para si, e foi em direção ao guarda roupas gigante que tomava conta de uma das paredes. O Lorde havia mandado Barty comprar roupas para Harry, e os elfos já as haviam guardado - você quer escolher suas roupas? - o Lorde perguntou.

- eu não quero ser um incomodo, senhor - Harry automaticamente respondeu - eu posso usar qualquer coisa - ele continuou - e eu tomei cuidado para não sujar as roupas que o senhor meu deu ontem.

- eu sei que você pode usar qualquer coisa - Tom respondeu - mas eu quero que você se vista bem - o Lorde tentou fazer com que sua resposta soasse como uma brincadeira, mas era a mais pura verdade. Ele chamou Harry com a mão, e quando a criança se aproximou, Tom lhe entregou as roupas que havia escolhido. Voldemort havia aprovado as escolhas de Barty, o comensal viveria mais um pouco.

Depois de devidamente vestido, Tom estendeu a mão para Harry e o levou para fora do quarto. Eles fizeram o mesmo caminho do dia anterior, mas ao contrário. Apenas Três comensais passaram por eles, sendo um deles Barty, e todos se curvaram para seu senhor, e fingiram que Harry não estava lá, com exessão de Barty, que deu um pequeno sorriso para a criança. Harry já estava acostumado a ser ignorado, e não se importou, mas Voldemort notou.

Os dois entraram na sala de poções, e Tom estendeu dois frascos brilhantes para Harry, e pediu que ele bebesse tudo. Voldemort havia passado a noite toda fazendo poções de cura para Harry, já que ele não tinha nenhuma pronta. As duas poções que ele entregou para a criança deveriam ser tomadas antes do café da manhã, mas ele tinha pelo menos mais três que deveriam ser ingeridas de estomago cheio.

Harry tomou tudo, mas deixou escapar uma expressão de nojo sem querer. As poções tinham um gosto pior do que a poção da noite anterior, e ele não conseguiu se segurar. Para sua surpresa, o homem de olhos vermelhos não brigou, ele apenas sorriu e esperou que Harry terminasse.

Ao terminar as duas poções, Harry se viu sendo levado para uma parte da casa que ainda não conhecia. Eles andaram por mais alguns corredores, e acabaram em uma sala com uma mesa gigante, cheia de comida. Antes que Harry pudesse entender o que estava acontecendo, Tom o colocou sentado em uma das cadeiras, e se sentou ao seu lado.

- você pode comer o que quiser, Harry - Tom explicou, sabendo que a criança não faria nada se ele não explicasse.

- qualquer coisa? - Harry perguntou, apenas para ter certeza. Havia tanta coisa naquela mesa, que ele nem saberia por onde começar.

- sim, qualquer coisa. 

Bad IdeiaOnde histórias criam vida. Descubra agora