Harry estava se divertindo com as poções. O homem vestido de preto o ensinou a cortar e esmagar vários ingredientes diferentes, e ele pode até mesmo colocar um deles dentro do caldeirão. Fazer poções era parecido com cozinhar, e ele gostava de cozinhar porque sempre que Harry cozinhava para seus tios, eles o deixavam em paz, porque não queriam que Harry estragasse a comida.
Os dois perderam a noção do tempo, e quando Severus notou, já estava tarde. Ele olhou para Harry, que estava tentado descobrir a diferença entre dois ingredientes quase iguais. A criança teve uma pequena epifania ao notar que era o formato das folhas que era levemente diferente.
Severus se perguntou se ele deveria mandar Harry embora ou esperar até que alguém viesse buscá-lo. Sua pergunta foi respondida quando a porta se abriu. O Lorde das Trevas entrou na sala, e agiu como se Snape não existisse, indo diretamente em direção à Harry.
- Harry? - Tom chamou, já que a criança ainda não havia notado sua presença. Harry ergueu a cabeça, olhado para a pessoa que o chamou. O brilho nos olhos Avada pareceu aumentar ao ver os olhos vermelhos - você pulou o jantar - Tom continuou. Ele tentou não soar bravo, mas percebeu que não havia conseguido, quando o brilho nos olhos de Harry diminuíram, e a criança baixou a cabeça.
- eu... Eu sinto muito, Senhor - Harry sabia que estava esquecendo alguma coisa, mas não fazia ideia do que era. Ele se distraiu com as poções, e esqueceu que deveria comer. O homem de olhos vermelhos havia deixado bem claro que ele devia fazer pelo menos três refeições por dia, e ele se dava ao trabalho de fazer poções que ajudavam Harry quando sua barriga doía, e como Harry retribuiu? Ele foi egoísta, e só pensou em si mesmo!
- eu não estou bravo, Harry - Tom já havia perdido a conta de quantas vezes disse essa frase - apenas preocupado - O Lorde estendeu a mão para a criança, que automaticamente a pegou. Harry acenou com a outra mão, se despedindo de Severus, e se deixou ser levado pelo labirinto de corredores.
eles chegaram na sala de jantar, onde a mesa ainda estava posta. Tom colocou Harry sentado em sua cadeira, e começou a servir o prato da criança. Harry achava que não merecia comer, depois de tudo o que fez, mas ele não contestaria as escolhas de Voldemort.
- Severus te tratou bem? - Tom perguntou, assim que a criança terminou de comer. Harry demorou um pouco para entender que Severus era o nome do homem que estava na sala de poções.
- sim, Senhor.
- você se divertiu? - Tom sabia que Severus não gostava muito de Harry, e ele não deixaria a criança perto do mestre de poções se ele não tratasse Harry como deveria.
- sim, Senhor.
- se você quiser, eu posso pedir para Severus continuar te ensinando poções - Harry o encarou, esperançoso - mas você tem que prometer que vai continuar comendo nas horas certas.
- eu prometo, Senhor.
Nos dias que se seguiram Harry continuou a se perder, em uma tentativa falha de aprender a andar sozinho pela mansão. Sempre que ele se perdia, Nagini aparecia e o ajudava a encontrar um lugar que lhe parecesse familiar, mas a cobra não ficava por muito tempo.
Harry continuou tendo aulas com Barty e Voldemort, mas agora também tinha aulas com Severus. Suas aulas preferidas ainda eram com o Lorde das Trevas, mas Severus estava chegando perto. Poções eram divertidas. Ele ainda amava as aulas que tinha com Barty, mas desde que machucou a mulher assustadora, Harry começou a temer machucar Barty acidentalmente.
Tom havia acabado de explicar transfiguração para Harry, e achava que a criança merecia um descanso, mas da ultima vez que disse algo parecido para Harry, ele achou que estava sendo um incomodo, e que essa era a forma educada do Lorde pedir que ele se retirasse. Tom não cometeria o mesmo erro duas vezes.
- Harry, por que você não escolhe o próximo livro que quer ler? - Harry concordou com a cabeça, e começou a andar entre as muitas prateleiras de livros que tomavam conta da biblioteca. Ele se perguntou se isso era algum tipo de teste. Talvez Voldemort quisesse que Harry escolhesse um livro dificil, ou algo que continuasse o assunto que eles estavam aprendendo antes.
Harry pensou em pegar um livro parecido com o ultimo que lera, mas quando estava prestes a tirar o livro da estante, ele viu um livro pequeno, que parecia nunca ter sido aberto. Ao olhar mais de perto, Harry notou que estava certo. A criança nunca havia ouvido falar de Quadribol, mas a palavra era divertida, e ele não resistiu, e acabou por escolher o livro. Todos os livros mereciam ser lidos pelo menos uma vez.
Ao mostrar o livro para o Lorde das Trevas, Harry esperou ser repreendido, mas o homem de olhos vermelhos apenas sorriu para si, e explicou que antes de Harry beber a poção, ele amava Quadribol, então era apenas uma questão de tempo até Harry descobrir o esporte mais uma vez.
Voldemort estava certo, Harry amou o livro, e esperava um dia ter a cahnce de jogar. Quem iria adivinhar que vassouras pudessem ser usadas para voar. Harry odiava vassouras, ele passou incontáveis horas de sua vida varrendo a casa de seus tios, e essas mesmas vassouras eram usadas para o punir quando ele não fazia um bom trabalho. Seria bom substituir essas memórias por memórias melhores.
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Bad Ideia
FanfictionVoldemort não podia matar Harry Potter, pelo menos, não até que ele descobrisse a profecia que apenas Harry sabia. Harry preferia a morte. Ao ser sequestrado por Voldemort, Harry tenta fugir e acaba em uma sala de poções, onde ele tem a brilhante...