Lucius Malfoy

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 Harry sabia que o homem de olhos vermelhos já teria ido embora quando ele acordasse, Voldemort disse que ficaria até ele dormir, não até ele acordar, e a criança não conseguia entender porquê sentia um braço ao redor de si. Harry lentamente abriu os olhos, mentalmente se preparando para encontrar a cama vazia, mas acabou por ver os olhos vermelhos.


- Bom dia - o Lorde das Trevas falou, se preparando para levantar.


- Bom dia - Harry sussurrou, ainda sem conseguir acreditar que o homem de olhos vermelhos não o havia abandonado.


Depois de devidamente arrumados e alimentados, Tom levou Harry para a sala de poções. Eles não demoraram muito, porque só precisavam adicionar uns poucos ingredientes e mexer por um minuto. Harry esperou ser entregue para Barty, mas Tom o levou com ele para seu escritório.


O Lorde das Trevas não estava acostumado a se sentir preocupado, e não sabia como lidar com isso. Tudo o que ele sabia, era que não queria deixar Harry fora de seu campo de visão. Ele queria proteger a criança, e como ninguém, com exessão talvez de Dumbledore, era mais forte do que Voldemort, o lugar mais seguro para Harry era ao seu lado.


Tom chamou Nagini, e pediu que a cobra brincasse com Harry até que ele terminasse o que quer que ele estivesse fazendo. Nagini amava Harry, e não viu problema em o fazer companhia, até porque, era o que ela pretendia fazer antes mesmo de Tom pedir.


Nagini aproveitava seu tempo com Harry para fofocar sobre Tom. No começo, ela fez isso por birra. Ela queria matar um comensal que havia falado merda sobre ela, mas Tom não deixou, então ela decidiu contar seus segredos para Harry Potter versão chibi, mas ela logo descobriu que Tom confiava em Harry, e a criança genuinamente se preocupava com o Lorde das Trevas.


Ainda assim, ela contaria tudo para Harry. Era divertido ter alguém para conversar. Tom estava muito ocupado ultimamente, e raramente tinha tempo para ela. A serpente descobriu que não sentia ciumes de Harry como sentia dos comensais que tomavam o tempo de seu mestre, e o via como seu filhote.


Voldemort estava prestes a se levantar e achar algo mais divertido para fazer com Harry, quando ouviu uma batida na porta. Se não fosse importante, ele mataria o inutil que havia decidido que agora era uma boa hora para incomodá-lo.


Lucius Malfoy entrou. Tom sabia que não mataria Lucius, o comensal só o interrompia quando era de extrema importância. Ele, assim como Barty, era um dos poucos que não eram considerados inúteis aos  olhos do Lorde.


- meu Senhor - Lucius se curvou. Quando recebeu permissão para continuar, ele sorriu para Harry e fez uma pequena reverencia para a criança, sabendo que seu Lorde ficaria feliz com isso.


- eu espero que seja importante, Lucius - Tom ameaçou, mesmo sabendo que Lucius não era burro a ponto de o incomodar com coisas triviais.


- sim, Meu Senhor - o comensal olhou para Harry, que o encarava, e se perguntou se seu senhor brigaria consigo pela pergunta que iria fazer - o assunto que me traz aqui envolve Harry Potter, meu Senhor. É seguro discutir isso em frente à criança?


Harry ficou curioso, já que eles estariam falando sobre ele, mas ele entendia que teria que ir embora. Talvez Barty estivesse por perto, ou ele apenas tivesse que esperar do lado de fora até que o homem loiro fosse embora. Ele estava acostumado a ser enxotado para longe quando visitas apareciam.


- continue Lucius.


- Dumbledore, e alguns membros da ordem, acreditam que Harry ainda está vivo. Ele conseguiu convencer os Aurores a investigar todas as pessoas que ele acredita que podem ser comensais. Minha casa foi invadida por Aurores há algumas horas. Ninguém encontrou nada que pudesse me incriminar, mas eles não estava procurando por objetos das trevas, nem por provas de que eu trabalho para o Senhor. Eles estavam atrás de Harry.


- por que alguém estaria procurando por mim? - Harry perguntou baixinho, com medo de ser repreendido.


- você é importante para meus inimigos, Harry - Tom respondeu, surpreendendo Lucius. Malfoy não esperava que seu senhor respondesse, muito mentos em uma forma tão calma, como se a criança não tivesse interrompido sua conversa. Harry Potter era mais importante para seu Senhor do que Lucius havia deduzido.


- por que?


- porque eles acreditam que você tem o poder para me derrotar.


- eu tenho?


- talvez. Eu acredito que quando você ficar mais velho, sua magia fique tão forte quanto a minha, mas até lá, você não precisa se preocupar com isso - Harry concordou.


- por que o senhor está me ensinado magia se eu posso usar isso para te machucar? - Tom achou a preocupação de Harry fofa. Lucius, por outro lado, estava assistindo a interação dos dois admirado. Ele faria de tudo para que Harry Potter não o odiasse.


- não seria uma luta justa se você não tivesse chance de me derrotar - Voldemort respondeu. Havia muita verdade em suas palavras. Ele não queira machucar Harry, mas sabia que talvez a criança crescesse e decidisse o matar.


- eu não quero derrotar o Senhor - Harry sussurrou, detestando a sensação que tomou conta de si ao imaginar isso acontecendo. 

Bad IdeiaOnde histórias criam vida. Descubra agora