Pain

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 Quando Harry acabou de tomar o suco, o Lorde das Trevas fez com que o copo desaparecesse. Os olhos Avada sempre brilhavam quando ele fazia magia, e isso só fazia com que Tom quisesse os ver brilhar mais vezes.

- Potter? - Voldemort chamou. Ele tinha algumas perguntas para fazer, e sentia que odiaria as respostas.

- sim, Senhor?

- qual é a ultima coisa que você se lembra antes de acordar aqui? - Harry corou e desviou o olhar. Ele não queria responder. Ele temia que o homem de olhos vermelhos ficasse com nojo de si quando descobrisse que ele era uma aberração. Ele não queria que o homem o odiasse. Mas não é como se ele tivesse uma escolha.

- eu... Eu estava trancado em meu armário, Senhor - Harry respondeu baixinho, mas ele estava com tanto medo, que não conseguia parar de tremer e gaguejar.

- armário? - Voldemort perguntou. Harry concordou com a cabeça - por que você estava em um armário?

- eu mereci, senhor - Harry automaticamente respondeu, se lembrando de todas as vezes que seu tio o obrigou a dizer isso - eu me comportei mal - ele continuou, sem coragem de encarar os olhos vermelhos, que provavelmente o odiavam agora. Harry sentiu um arrepio passar por todo o seu corpo ao perceber que se o homem de olhos vermelhos não o quisesse mais, ele teria que voltar para os Dursleys.

O Lorde das Trevas estava prestes a assassinar alguns trouxas.

- por que você não me conta o que aconteceu? - ele pediu, tentando soar calmo para não assustar a criança ainda mais. Enquanto Harry falava, ele pesava no que fazer.

- eu estava limpando a cozinha - Harry começou, ainda tremendo - quando minha tia apareceu. Ela brigou comigo por estar demorando muito, e disse que quando meu tio voltasse do trabalho, ele ficaria bravo se tudo não estivesse pronto - Harry respirou fundo antes de continuar - eu não queira que meu tio fiasse bravo, mas faltava pouco para ele chegar e eu ainda tinha muito a fazer. Eu... Eu desejei que as coisas se limpassem sozinhas, e aconteceu... Quando minha tia entrou na cozinha, ela gritou e me arrastou para meu armário, dizendo que meu tio lidaria comigo quando chegasse. Ele... Ele estava furioso. Eu não lembro o que aconteceu, eu só lembro de ser arrastado para fora do armário, enquanto minha tia me chamava de aberração. Meu tio começou a me bater, e tudo ficou escuro. Eu acordei horas depois, dento do armário, e voltei a dormir. Quando acordei de novo, estava aqui.

Harry disse tudo encarando o chão, com medo da reação do homem de olhos vermelhos. Ele tinha certeza de que seria levado de volta para seus tios. Ninguém gostaria de ter uma aberração como ele por perto.

Voldemort estava quase perdendo o controle de sua magia, tamanha era sua raiva. Nenhuma criança magica merecia passar por isso, Porra, nem mesmo crianças trouxas mereciam passar por isso. Ele sabia que se perdesse o controle, Harry ficaria ainda mais assustado.

- Harry, você está com dor? - Voldemort perguntou, tendo certeza de que já sabia a resposta.

- sim, Senhor.

- por que você não me contou antes?

- eu não queria ser um incomodo, Senhor. Sinto muito - Harry sabia que ele sempre fazia tudo errado, mas agora, ele tinha certeza de que o homem de olhos vermelhos não iria o querer por perto. Além de ser uma aberração, ele estava escondendo coisas. Ninguém em sã consciência o manteria por perto.

Quando o Lorde das Trevas se levantou, Harry tinha certeza de que seria mandado de volta, mas o homem apenas o mandou que esperasse ali, enquanto ele fazia algo importante. Voldemort mandou que todos os seus comensais se retirassem com excessão de Barty. O comensal era o que Voldemort chamava de não tão inútil, o que para seus padrões, era mais do que qualquer um deles podia desejar.

O Lorde ordenou que Barty fosse atrás de Severus e pegasse uma poção para dor, e levasse para o quarto ao lado do seu. Barty, que sabia que não devia questionar seu senhor, fez uma fez uma reverencia e foi embora.    

Bad IdeiaOnde histórias criam vida. Descubra agora